Lembranças da meia noite.
À tarde e a chuva fina e os sonhos.
A tarde caiu
um pequeno chuvisco. Eu na varanda apreciei o entardecer e a noite chegar com
aqueles pingos molhando o asfalto. Não estava frio. Fechei os olhos e com o
barulho da chuva nas telhas da varanda deixei minha mente vagar sem destino.
Gosto disto. Ela me levou ao passado e me trouxe ao presente. Lembrei-me do
relógio que nunca para de marcar as horas. Lembro-me de quantas e quantas
coisas sonhei acontecerem e aconteceram. Minha promessa. Meu primeiro
acampamento. Minha Insígnia, meu casamento, meus filhos e tantas e tantas
atividades escoteiras e profissionais. O relógio nunca parou no tempo. Cada
acontecimento veio e se foi. Até hoje olho o relógio. Até quando? Tenho receio
e muito. De ficar só. Não sei se conseguirei ficar sozinho sem ela. Peço sempre
a Deus que me leve primeiro. Lá na minha varanda de olhos fechados rezei a
linda oração de São Francisco:
Senhor fazei-me instrumento de vossa
paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o
perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a
união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a
verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a
esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a
alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a
luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida
eterna.
Boa noite meus amigos. Quantas e quantas boas noites eu darei a você só
Deus sabe. O relógio continua marcando. Mas estamos no carnaval. Alegria,
alegria. Durmam bem. Lindos sonhos. Desejo mesmo que sejam felizes como eu
ainda sou. Mesmo que dia sim dia não a tristeza aparece. Mas afasto-a para
longe! Ah! Relógio! Tic, tac, tic, tac, tic, tac...
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