Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. Se eu pudesse de novo voltar...



Lembranças da meia noite.
Se eu pudesse de novo voltar...  
             
Quem dera, se eu pudesse voltar a ser um Chefe de Lobinhos ou escoteiros, ou seniores/guias. Se amanhã fosse meu sábado... Estaria agora pensando nele, na tropa, nas patrulhas, no Noninho, na Liceia, no Tonico, na Amanda, são tantos! Mas que seria uma felicidade seria. Eu lá com eles. Eles sabem como eu sou. Um irmão mais velho. Nada mais que isto. Eles sabem como nos reunimos. Eles sabem que quase não ficamos na sede. Eles sabem. Eles sabem que as patrulhas decidem. Eles sabem. Eles sabem que além de amigos deles eu também sou dos seus pais. Conheço todos. Já conversei com cada um, já tomei café com Senhor Paulo, eu já almocei com Dona Nora, já visitei a Vovó do Nelsinho no hospital. Sou amigos deles e dos seus pais e eles sabem disto.
                Quem dera, se eu pudesse. Ia esquecer a burocracia. Que se danassem aqueles que fossem a favor dela. Nada de ficar só escrevendo. Hora para isso, hora para aquilo. Vendo onde eles iam chegar. Eles é que iriam ver, eles é quem dariam o passo certo. E eu? Alí ao lado se por acaso o passo não fosse perfeito. Quem dera! Que lindos acampamentos nós faríamos? Que lindas excursões nós faríamos? Eu ao lado deles, rindo de seus “causos”, de suas piadas do seu andar, vendo suas construções rústicas, suados, mas alegres, pois estavam realizando os seus sonhos! Acho ainda seria um bom Chefe. Quem dera quem dera.
               Quem dera se eu pudesse ouvi-los todas as horas, sem ser um religioso, sem ser um professor, sem ser seus pais. Somente um amigo que sabe ouvir. E quando um não fosse à reunião, eu ficaria alarmado. Correria a casa dele, porque não foi? E se ele dissesse que não ia mais, que não estava gostando eu lhe pediria não como Chefe, mas como seu amigo – Volte, vamos nós dois conversar, vamos ver o que todos pensam. Se precisamos mudar porque não? Ninguém, mas ninguém mesmo deixaria a tropa sem eu ir procurá-lo e saber por quê. E para mim seria fácil. Já conhecia sua família, conhecia seus professores, e eu, apenas um Chefe Escoteiro, amigo de todas as horas não teria a última palavra, mas teria dois ouvidos para ouvir e pensar.
                Quem dera! Quem dera! Já pensou meu caro, amanhã, sábado, com um belo programa que eles fizeram, com meus amigos assistentes, dando a eles o que eles pediram? Já pensou? Quem dera! Quem dera! Mas pelo menos eu sei que um dia eu fiz isto. Hoje não mais. Olhe, eu sempre sentia uma dor terrível no coração quando alguém saísse da tropa. Era como se estivesse perdendo parte de mim mesmo. Afinal para que serve o escotismo? Para mim? Seria egoísta se pensasse assim. O escotismo é deles. Eles são quem decidem. Eles somente eles sabem do que gostam. Eu? Sou um mero coadjuvante, amigo, ouvinte, e quando insistem conselheiro.
              Quem dera quem dera que amanhã eu estivesse lá. Mas vou dormir tranquilo. Dormir pensando que amanhã, sábado milhares estarão lá. Fazendo o que eu gostaria de fazer. Mas o tempo passou, não é mais minha vez. Sonhar é bom. É de graça. Não custa nada.
 Boa noite meus amigos, desejo para todos vocês, uma grande, espetacular, grandiosa e sublime reunião. Durmam bem!

Nenhum comentário: