Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Hora de dormir, ouvindo estrelas...



Hora de dormir, amanhã é outro dia...

Ouvir Estrelas
Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouvi-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo”!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas


Boa noite meus amigos e amigas. Quando eu me for estarei em uma estrela qualquer orando por vocês!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Conselhos de um Velho Escoteiro.



Conversa ao pé do fogo.
Conselhos de um Velho Escoteiro.

               Hoje levantei sorrindo. Atualmente nem sempre faço isto, mas hoje foi diferente. Pensei com meus botões (onde andam os botões? Minhas roupas não têm mais – risos), continuando, pensei com meus botões: Porque não passar um pouco do que aprendi para amigos chefes que podem se interessar? Logo me veio à mente aquela metáfora: “Se conselhos fosse bom seria vendido”, mas a outra apareceu logo em seguida: - “Quem não escuta conselho escuta coitado”! Sei que BP escreveu que os velhos passaram por muitas fases na vida, aprendendo e quando chegam a certa idade os mais novos não querem saber de ouvi-los. Ele tem razão, mas são teimoso. Aqui vai alguns e gratuito.

- O escotismo é uma filosofia de vida somente. Não é uma maneira de vida. Pensemos que nossa colaboração é espontânea, mas temos uma família, uma atividade profissional, amigos não Escoteiros e outros familiares que sempre contaram conosco. Lembrar-se sempre que ter o escotismo no coração é uma coisa, dedicar tempo demais é outra;

- Nosso movimento pretende colaborar na formação do jovem em sua família, na escola e se for necessário na sua religião. Nunca vamos substitui-los. Não somos pais, professores e nem religiosos para assumir tal função;

- Lembremos que somos para eles os jovens uma espécie de heróis. Tudo que fizermos eles farão também. Portanto nossos atos e ações devem ser medidos como exemplo e lembrarmos que nossa falha irá influir na formação deles;

- Devemos trabalhar com o todo mas pensar que cada um tem sua maneira de vida. Cada jovem tem seu estilo pessoal e devemos entender e nos aproximar dele sempre para podermos ajudar. Nosso trabalho é fazer com que todos permaneçam por muitos anos como escoteiros;

- Uma Alcateia e uma Tropa devem ter como objetivo conseguir pelo menos três patrulhas com seis cada uma ou três matilhas com seis também. Dificilmente conseguiremos desenvolver a Mística da Jângal ou o Sistema de Patrulhas com as tropas e alcateias em número reduzido;

- Na Tropa Escoteira se o Sistema de Patrulhas não for bem aplicado, se o Chefe não tiver uma noção de como ele é e como funciona dificilmente se conseguirá os resultados da formação e do desenvolvimento do jovem no método Escoteiro;

- Nenhum Chefe ou Akelá tem a função de faz tudo. Tem que aprender a trabalhar com os jovens, dividir tarefas e confiar. Só se aprende a fazer fazendo. Primos e Monitores não são apenas nomes ou jovens que vão à frente para dar ordens. Cada um deve ser bem formado nas suas responsabilidades e isto se faz frequentemente;

- O trabalho dividido com os monitores ou com as próprias patrulhas e matilhas, dão excelentes resultados. Quem se sente responsável fica mais tempo e valoriza mais o aprendizado;

- Os melhores programas de reuniões são aqueles que os jovens participaram com sugestões e ideias. Um tempo para a patrulha falar sobre isto, um tempo para a matilha sentir sua responsabilidade no programa, uma Corte de Honra funcionando, Patrulhas conversando e se adestrando são os melhores caminhos para uma ótima reunião;

- Uma vez por mês tirar alguns minutos para um Conselho de Tropa. Ouvir sempre é bom, deixe os jovens ficarem a vontade, não interrompa mesmo que se sinta ofendido. Lembre-se que não é só você quem vai decidir tudo. Tenha sua biblioteca Escoteira. Leia pelo menos um livro por mês. Não só os jovens mas você também pode aprender a fazer fazendo;

- Nosso Movimento é uma fraternidade livremente aceita, e  não tem caráter de obrigação,  o adulto só atua com supervisão. Ele (o Escotismo) pretende fazer com que o jovem participe de uma sequência de atividades, adaptadas a sua idade, exercitada principalmente ao ar livre, ajudando uns aos outros, confiando-lhes responsabilidade e assim acreditando que seu caráter se afirme. Só assim é possível que ele se torne um líder de sí próprio e pronto a assumir seu lugar na sociedade;

- Os jogos fazem parte das atividades Escoteiras. Não se preocupe com eles. Uns minutos para que a tropa entenda sua responsabilidade nas sugestões e confecções dos jogos. Uma lembrança para que cada Escoteiro pesquise sobre jogos durante a semana, e que cada um deve trazer por escrito o melhor que escolheu, o Chefe terá uma enormidade deles ao seu dispor, e o melhor, foram escolhas deles;

- O escotismo nos trouxe um método novo de educação, e que se apresenta de uma maneira simples e atrai os jovens pela sua própria simplicidade. Alguém disse que os bons chefes são os amadores. Os profissionais costumam com sua técnica não fazer um escotismo alegre e fraterno. Ele tem uma linguagem fácil, muito afastada dos termos técnicos utilizados no mundo pedagógico e sociológico de hoje. Não complique, faça tudo de maneira simples e vais ver que terás excelentes resultados.

- A prática da demonstração e a da descoberta, às atividades ao ar livre e a aprendizagem em pequenos grupos (patrulhas e matilhas) de fazer para aprender, são técnicas escoteiras que conhecemos e a base de formação pelo método Escoteiro;

- Somos ainda um movimento muito fechado. Sem perceber nos prendemos dentro de uma sede e isto nem sempre trás os resultados que os jovens esperam. Atividades de ajuda ao próximo são importantes, mas lembre-se sempre: - O Jovem entrou para o escotismo pensando que teria uma vida aventureira, uma vida ao ar livre, que iria aprender técnicas mateiras, construir sua própria barraca, fazer sua própria refeição, descobrir novos caminhos, passar a noite em uma floresta. Isto é possivel mesmo na época atual.

- Escotismo é movimento. Não é uma classe de aula. Ensinar dentro de sede, usar um quadro negro, escrever e tantas outras coisas que nos lembram da escola não trás os resultados esperados. Saia, ande use seus monitores. Costumo dizer que quem fala além de dez minutos perdeu tudo que disse aos seus escoteiros. Acampamentos são inesquecíveis. Aprenda o método de Giwell e acampe a vontade. Deixe-os andar com suas próprias pernas;

- E finalizando, às técnicas de aprender fazendo e tentar fazer sem saber, até descobrir o certo através do erro, sempre foram partes do método Escoteiro. Confiar no rapaz para que ele próprio seja responsável pela sua auto-educação e disciplina sempre fez parte do Escotismo. Faça sua parte, aprenda a ouvir e pensar. Os meninos dão grandes exemplos com isto.


Volto em uma continuação claro, se os leitores acharem que devo!

sábado, 25 de abril de 2015

O valor de um sorriso.



Conversa ao pé do fogo.
O valor de um sorriso.

                  Não custa nada e rende muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá. Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre. Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos. Leva a felicidade a todos e a toda parte. É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados. Não se compra nem se empresta. Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor. Você já sabe do que se trata?

                - Trata-se de um sorriso. E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir. Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível. É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios há um sorriso. Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero. Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos.

               - São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente. Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera. Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento. Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas. É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta.

               - Se for verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles. Eles são tão pequeninos! - Se tiverem a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas. O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações. Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre.

            - Se, quando chegamos ao Grupo Escoteiro, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares. O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe. O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada. Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes.

            - Tentem sorrir sempre. Se não sorriem para você, sorri para eles. Precisamos muito de sorrir no nosso escotismo maravilhoso. Esquecer os que não gostam de sorrir, esquecer os de mal com a vida, e se aquele que você ama, que você admira chegar olhar para você e dizer: Todos os dias eu só penso em uma coisa... Em seu sorriso. Do seu rosto poucas lembranças eu tenho. Mas o seu sorriso maroto, infantil não sai dos meus pensamentos... Não é bom demais?

           - O cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso. Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços. Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.

            - Ele traz felicidade em todos os lugares é um sinal de amizade e boa vontade é força para os desencorajados, um raio de sol para os tristes, esperança para os desesperados não se pode comprá-lo, não se pode emprestá-lo. Nenhum dinheiro tem o valor que possa pagar o seu valor, ninguém precisa mais de um sorriso, do que aquele que não sabe mais sorrir.


Sorria meu amigo, pois agora eu estou sorrindo também! Sempre Alerta!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lembrando as palavras do nosso mestre Baden-Powell.



Hora de dormir, amanhã é outro dia...
Lembrando as palavras do nosso mestre Baden-Powell.

                       “O estudo da natureza mostrará a vocês quão repleto de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para vocês aproveitarem. Alegrem-se com o que receberam e façam bom proveito disso. Olhem para o lado bom das coisas, ao invés do lado ruim delas. Contudo, a melhor maneira de obter felicidade é proporcionar felicidade à outras pessoas. Tentem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a vez de morrerem, possam morrer felizes com o sentimento de que, pelo menos, não desperdiçaram o tempo, mas fizeram o melhor que puderam. Estejam preparados, desta maneira, para viverem e morrerem felizes, sempre fiéis à Promessa Escuteira, até mesmo depois que deixarem de ser jovens - e que Deus os ajude a cumpri-la. Vosso amigo, Baden-Powell".

O Código de Cavaleiros
Assim como os cavaleiros, os escoteiros seguem alguns códigos de honra, lembrando que sua honra é sagrada; sua Pátria, seu Deus estão sempre presente em sua mente; cortesia para com mulheres, crianças, idosos e mais fracos, tem que ser presente todo o tempo; prestativos sem discriminação; poupar dinheiro e comida para doar para aqueles que não podem os ter; aprender o manejo de ferramentas que possam defender seus princípios; manter-se forte, saudável e ativo para cumprir o Código. O escoteiro também deve praticar boas ações diariamente, pequenas coisas, mas sempre e nunca esperar algo em troca.


Boa noite meus amigos e amigas e completando Baden-Powell: - A promessa escoteira sintetiza o embasamento moral do Movimento Escoteiro. No momento da Promessa, os membros do Movimento comprometem-se voluntariamente a conduzirem-se de acordo com a orientação moral do Movimento, reconhecendo a existência de deveres que têm de ser cumpridos. Durmam com Deus.

terça-feira, 21 de abril de 2015

De Volta para o Futuro II. (Back to the Future Part II) Uma divertida sátira Escoteira plagiando o filme.



Conversa ao pé do fogo.
De Volta para o Futuro II.
(Back to the Future Part II)
Uma divertida sátira Escoteira plagiando o filme.

                              Não teve jeito. Não queria conhecer o futuro, mas ao sentar na poltrona do DeLorean do Doutor Emmett Brown me deixei seduzir como se fosse Marty MacFly investigando sua vida futura. No meu caso não era a minha vida. Já tinha voltado ao passado em De Volta para o Futuro I em 1950. Mostrei para alguns como era o escotismo naquele tempo. Os modernistas de hoje não gostaram.  Agora pensei em ver como era o nosso escotismo no futuro, afinal os tais da UEB defendem tanto o moderno! Fui direto ao ano estelar de 2. 115. 2.115? Isto mesmo, cem anos depois. Meus caros, que susto! Fui parar logo em uma reunião de Corte de Honra! Sabem onde estava sendo realizada? Na casa do Chefe da tropa. Ele de roupão pressurizado e chinelo voador (quando andava plainava no ar), tomava um uísque contrabandeado do planeta Uebaibe e através de um sistema holográfico lia o noticioso esportivo de um jornal de outro planeta de nome Bidypower, através do seu superpotente Smartphone e na sua frente uma enorme tela panorâmica que ele com um simples gesto colocava do tamanho que quisesse e onde apareciam os Monitores e subs. Claro cada um em suas casas. Eles pediram para evitar a holografia, achavam que não se sentiam bem assim. Como só colocavam o lenço e se diziam uniformizados, muitos ficavam pelados no quarto. Discutiram o porquê as patrulhas estavam diminuindo a cada ano (Ora, ora, ainda? Pensei que agora tava tudo resolvido e combinado e isto não ia acontecer mais).

                  Chefe a Zeta Leonis está com dois somente. Eu e mais um. Outro logo emendou – Chefe a Epsilon Tauri tinha quatro e agora três.  E assim foi a Kapa Can a Alpha Den Capricomi. Todos reclamando que quase nenhum jovem queria participar mais das patrulhas. – Olha Chefe, falou o Monitor da Epsilon Tauri, o Senhor sabe desde que as meninas se sublevaram para ter suas próprias patrulhas (meu Deus! Que bom! – palmas para elas) os meninos estão desistindo. Quando elas participavam eles adoravam e o senhor sabe, podiam namorar vontade. O Senhor é testemunha, pois fez cursos institucionais e sabe que fora do escotismo a Lei é severa com quem fosse encontrado beijando. Já nos acampamentos tudo isto era normal, pois nós praticávamos o escotismo moderno. Agora estão com aquela conversa que acampamentos holográficos perderam a motivação. Sei que escolhemos bem, tentamos tudo na Galáxia de Andrômeda. E o da Grande Nuvem de Magalhães foi um fracasso. Eles querem acampamentos reais. Nada de holografias. O Monitor da Epsilon Tauri disse que eles adoraram a excursão na viagem feita pela nave Pioneer 2012 agora reformada na sede Nacional em Curitiba, até a magnetosfera de Galileu Gallilei. Cansaram é claro, pois os jogos de vídeo game espaciais na nave intergaláctica não eram lá estas coisas.

                    Estava embasbacado. Este era o futuro do escotismo? E olhe que sem esperar o Diretor Técnico entrou na conversa. Avisou que a partir do mês que vem a sede Escoteira estava de mudança. Compraram em Xangai um novo Site feito pelos chineses e montaram no espaço sideral um pequeno planeta que seria só do Grupo Escoteiro. Claro deram o nome de Avatar dos Anéis Azuis de Saturno o nome do grupo. O primeiro Grupo Escoteiro a montar no espaço uma sede Escoteira. Todos agora podem ir lá pelo sistema de Teletransporte do Computador CAN/DEN-88782343. É só ficar sócio através do ultrapassado SIGUE. Qualquer cartão de crédito espacial resolve. Eles aceitam. Só não dividem e nem aceitam boletos de escoteiros. Porque não sei. Assim vocês podem quando quiserem ir ao grupo, mas as atividades ainda serão feitas aqui na terra por meio de holografias. Voces escolhem onde. Mas devem programar. Tivemos casos de mais de duzentas patrulhas escolherem o Pico da Neblina no mesmo dia. A empresa Faxtorum quase explodiu. Não deixem de enviar pedidos de autorizações em modelo Super Espaço ao Distrital Capitão Pikard. Ou ao seu Assistente o Chefe Doutor Spock. Se for difícil encontrá-los procurem o Capitão James T. Kirk que assumiu como Comissário Espacial internacional Escoteiro. O cara é bom e viaja para todo lado.

                    No próximo sábado continuou o Diretor Técnico, estarei ausente. Vou assistir a uma Reunião da OCBGDEF (os catorze bons gerais do escotismo do futuro) que agora estão liderando o movimento da UBEB (União Brasileira dos Escoteiros Brasileiros). Não tem mais outras organizações. Montaram um exército próprio de androides que usam a nova vestimenta só para “caçar” os tais escoteiros tradicionais. Voces sabem que eles estão na clandestinidade. Vários Robôs escoteiros estão à procura deles. Irão ser deportados para Hidra, uma Lua de Plutão situada no Cinturão de Kuiper. Jogaram lá uma bomba Genesis e a lua virou planeta. Só tem florestas. Os tradicionais adoram árvores e riachos de águas límpidas e céu estrelado. Dizem que são bons em pioneirias. Que atraso de vida meu Deus! E deu boas risadas. Estava estarrecido. Sai dali correndo. Pedi ao Doutor Emmett Brown que me levasse em seu DeLorean de volta ao passado. Não me sentia bem. Isto não pode acontecer ou será que vai acontecer? Melhor parar por aqui. Estou pensando em Baden Powell. Esqueceram dele? Onde está pode ver o futuro? Se pode deve estar chamando todos seus oficiais de Mafeking. Uma nova guerra do Transvaal deverá ser iniciada. Ou eles acabam com a UBEB ou a UBEB acaba com eles! Mas eles tinham experiências. Os jovens do passado e agora os do futuro dariam um ótimo apoio como estafetas. Estafetas? No escotismo moderno?


                  Agradeci ao Doutor Brown pela carona. Pensei até em pedir a ele que me levasse ao passado como ele foi com o jovem Marty MacFly em 1954 e ao Velho Oeste. Mas fazer o que lá? Bem se fosse em 1954 seria mais maiô de bão, pois iria me encontrar lá. Eu adorava esta época que os Modernos não gostam. Mas em 1870 ainda não tinha escotismo. Eu não queria nunca me encontrar a mercê do famigerado bandido Biff Tannen e sua quadrilha. Ainda bem que não eram escoteiros. Melhor ficar por aqui. Que façam bom proveito do escotismo do futuro. Não estarei lá mesmo para criticar. Risos. Que a UBEB seja muito feliz!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Hora de dormir, amanhã é outro dia... O que eles disseram.


Hora de dormir, amanhã é outro dia...
O que eles disseram.

                     Perguntaram numa ocasião a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem o ser humano, ele respondeu assim: "A Política sem Princípios, o Prazer sem Responsabilidade, a Riqueza sem Trabalho, a Sabedoria sem Caráter, os Negócios sem Moral, a Ciência sem Humanidade e a Oração sem Caridade. A vida tem ensinado a mim, que as pessoas são amáveis, se eu sou amável; que as pessoas estão tristes se estou triste; que todos me querem bem, se eu quero bem a eles; que todos são maus, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu sorrio para eles; que há rostos amargurados, se estou amargurado; que o mundo é feliz, se eu sou feliz; que as pessoas têm nojo, se eu sinto nojo; que as pessoas são gratas, se eu tenho gratidão. A vida é como um espelho: Se sorrio, o espelho me devolve o sorriso. A atitude que tomo na vida, é a mesma que a vida tomará ante mim”.

Mas eu gosto também desta de Baden-Powell sobre o Pássaro Azul. Vejamos o que ele escreveu: - Vocês já leram por acaso o “Pássaro Azul” de Materlick? “É a história de uma menina chamada Myltyl e de seu irmão Tytyltyl, que resolveram achar o Pássaro Azul da Felicidade”, e andaram por todo o país, procurando-o sem jamais encontrá-lo, até no final descobrirem que jamais houvera a necessidade de andar tanto. – Felicidade, o Pássaro Azul, estava lá, onde resolveram fazer bem aos outros, em seu próprio lar. Se você meditar no profundo significado dessa lenda e aplicá-la, ela o ajudará a encontrar a felicidade, bem perto, ao seu alcance, quando estiver imaginando que ela esteja lá na Lua.


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Durmam bem e tenham um lindo sábado. Durmam com Deus.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Hora de dormir, amanhã é outro dia... Manias.



Hora de dormir, amanhã é outro dia...
Manias.

Dentre as manias que eu tenho uma é gostar de você
Mania é coisa que a gente tem, mas não sabe por que.
Mania de querer bem, às vezes de falar mal
Mania de não deitar sem antes ler o jornal
De só entrar no chuveiro cantando a mesma canção.

                                 Eu gosto desta canção. Linda. Claro Dolores Duran foi uma grande cantora. Não existem cantoras como ela hoje. Mas tirei o dia para falar de manias. Quem não as tem? Hoje resolvi mudar. Manias e rotinas eu vou deixar de lado. Esconder debaixo da cama. Comecei por ficar mais tarde na cama sem me levantar. Que dificuldade! Cinco seis sete horas e não aguentava mais. Levantei. Rosto, dente inalar e café. Sempre as seis hoje as oito. E agora? Pé na estrada. Meus oitocentos metros que faço em quase quarenta minutos. Devagar se vai ao longe. Retornei revigorado. Na varanda abri um livro. Já o li não sei quantas vezes. Seara Vermelha de Jorge Amado. Li e não prestei atenção. Hoje vinte folhas e não mais. Comecei a cochilar e parei. Olhei para a Rodovia Castelo Branco, carros parados. Sempre assim esta hora.

                     Onze horas, laranjas ou mexericas? Que duvida cruel! Resolvido. Laranjas. Duas. Agora ligar o computador e ver os e-mails, entrar na internet. Rotina e rotina, todo dia isto. Afinal não ia mudar? Pensei um dia em ficar uma semana sem ligar a maquininha infernal. Facebook? Google? Que Mania! Vou ficar longe! Consegui! Aproveitei e escrevi duas lendas escoteiras. Não gostei. Deixei-as para melhorar no futuro. Um dia largo tudo isto, coloco minha mochila as costas e boto o pé na estrada. Quem sabe quando chegar ao fim da jornada não existirá esta rotina que hoje me dá ordens e não consigo ficar sem obedecer. Hora do almoço, hora da soneca, hora de escrever. Escrever o que? Agora sem idéias. Porque não falar de escotismo? Risos. Não é um bom tema? Mas falar o que?

                           Pensei em falar sobre o poder no Escotismo. O poder que tem uma atração incrível. Até hoje não entendi este desejo de muitos. Não temos salário e ainda recebemos ordens sem reclamar. Disseram-me que isto acontece com todos. Não existem inocentes. Todos almejam o poder. Será mesmo? Mas o duro é que quando entram não querem sair mais. E fazem tudo para manter de fora aqueles que querem entrar. Que rotina meu Deus! Preciso deixar de falar de escotismo. Em minha vida criei inúmeras inimizades por causa disto. Deveria ter sido submisso como muitos dos meus amigos foram. Hoje abarrotados de medalhas. Idi Amim Dada se ainda estivesse vivo que o diga. Ia morrer de inveja. Risos. Caramba! Mas não ia eu mudar hoje? Sair da rotina? Que manias eu tenho! Será que não tenho outro tema que não escotismo? Petrolão? Prenderam fulano e sicrano. Haja vaga nas cadeias do Parará. Quem sabe falar do Corinthians? Deus me livre. Sou um cruzeirense calmo. Não brigo. Afinal eles ganham muito e eu não ganho nada!

          A tarde se foi. Ainda um sol raquítico no horizonte. Pela minha varanda continuo vendo que na Castelo Branco o trânsito flui melhor. Outra inalação. A terceira hoje. Não sei se gosto disto. Mas fazer o que? Mania, rotina ou obrigação? Não importa. Ela me faz bem e não posso mudar. Um ar que não vem obriga a maquininha a jogar em minhas narinas remédios da vida. Eureka! Uma grande ideia! Quem sabe lá no céu não tem poder? Ou tem? Acho que não. Se aqui temos o livre arbítrio será que lá vamos ter também? Mas seria bom se os lá de cima procurassem entender os cá de baixo. Pelo menos ouvir. Como é bom ouvir o próximo. Ver o que ele tem a dizer. Em você! Isto mesmo você que não é da banda que manda e desmanda, ouça um pouco os humildes chefes que moram longe daqui. Ouça todos e não só uns poucos privilegiados.

         Preciso escrever uns artigos. Sem ideias. Preciso escrever uns contos. Sem ideias. Preciso escrever, preciso... Rotina, manias, até quando?

Eu tenho várias manias, delas não faço segredo.
Quem pode ver tinta fresca sem logo passar o dedo
De contar sempre aumentado tudo o que diz ou que fez
De guardar fósforo usado dentro da caixa outra vez
Mania é coisa que a gente tem, mas não saber por quê.
Dentre as manias que eu tenho uma é gostar de você.


Uma excelente noite e que uma estrela no céu a mais brilhante zele pelo seu sono por toda a vida.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Hora de dormir, amanhã é outro dia. Eu não entendo muito...



Hora de dormir, amanhã é outro dia.
Eu não entendo muito...

              Eu não entendo muito destes chefes que se dizem pertencer a uma casta Escoteira, que fazem parte de uma corte onde o Rei determina e diz que ouve seus ministros... Não entendo mesmo! Mas eu entendo muito de amor, de fraternidade, de sorrisos e reconheço longe o que tem o verdadeiro Espírito Escoteiro. Fácil de reconhecer, pois em sua volta existem luzes de amor e lealdade que piscam sem cessar!

             Eu não entendo muito da palavra chefão, de Velhos Escoteiros de Velhos Lobos, de muitos que se dizem conhecedores do escotismo e metem os pés pelas mãos! Mas eu entendo muito de gente simples, honesta na sua maneira de ser, de agir, de ir para uma reunião cheio das ideias que ouviu de seus jovens, e querendo dar a eles mais do que pode dar!

          Eu não entendo muito de normas, de estatutos, de diretrizes, de propaganda enganosa que prefiro virar a página só para não ler! Mas eu entendo muito de técnicas Escoteiras, de pioneirías, de fazer um belo acampamento de Giwell, de deixar saudades nas mentes dos que lá estiveram comigo!

              Eu não entendo muito de Jamborees, de camporees, de Ajuris, de Aventuras Seniores onde quase não se vê atividades Escoteiras. Mas eu entendo muito de patrulhas, de união, de valor entre eles, de amor ao seu totem, do seu grito, de se sentir mais um na equipe, com as suas patrulhas fazendo aventuras Escoteiras inesquecíveis!

              Eu não entendo muito de equipes de formação, de ver fotos com mais de duzentos deles reunidos e muitos participando de um ou dois cursos por ano. Não entendo mesmo o objetivo de se ter tantos apesar de que amigos me garantem que são ótimos. Mas eu entendo muito de chefes humildes, sem condições financeiras para fazer muitos cursos, que lutam para sobreviver e ainda correm a ajudar seus meninos e meninas em um sábado qualquer.

             Eu não entendo muito de Regiões, de Presidentes, De altas taxas cobradas para muitos eventos, De grupos perdendo sedes e sendo despejados, da falta de apoio de autoridades! Mas eu entendo muito de amizades, de confiar, de saber compreender e ajudar. Sou perito em dar um sorriso só para ajudar um amigo.

              Eu não entendo muito do palavreado difícil que costumam usar, de normas para julgar os irmãos Escoteiros, de ser rico para participar de tudo. Mas eu entendo muito da Lei, da Promessa e da minha Pátria que amo.

               Eu não entendo muito, mas faço de tudo para entender. Afinal para que serve o Escotismo se não sentir no peito a palavra Servir? Não sou tão obediente sou sim disciplinado, pois eu entendo muito de Baden-Powell, de suas ideias, de seus programas e do seu método. Nisto não abro mão. Sou disciplinado mesmo!


Boa noite a todos, vamos dormir sonhar, contar estrelas no céu e quem sabe apagar os rastros de sonhos que não foram realizados, pois amanhã quem sabe no novo dia iremos realizar o que não conseguimos hoje. Durmam com Deus!         

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Passagem para o Ramo Escoteiro.



Conversa ao pé do fogo.
Passagem para o Ramo Escoteiro.
Pelo Chefe Blair de Miranda Mendes.

                            Não raro encontramo-nos frente à situação de que excelentes Lobinhos, Cruzeiro do Sul, com várias especialidades, Primo ou Sub-Primo, quando passam para o Ramo Escoteiro, ficam alguns meses, começam a se desinteressar e faltar, e até abandonam o grupo. Por quê? - Talvez fosse mais cômodo, para nós, Chefes de Alcatéia encerrar a questão com afirmações tais como: “Esse Chefe de Ramo Escoteiro é ruim!”; Porém, as coisas não são bem assim, a responsabilidade da permanência do menino no Grupo Escoteiro é de todos os Chefes dos ramos que o jovem passa, em última analise é responsabilidade do Conselho de Chefes.

                           Baden Powell no livro Guia do Chefe Escoteiro menciona textualmente “os objetivos do Movimento (...) para serem sentidos em sua verdadeira grandeza, devem ser avaliados por seus efeitos no futuro e por um prazo nunca inferior a 10 anos. Esta é a real unidade de medida que deve ser usada no Movimento”. Assim, nossa responsabilidade como educador é garantir a permanência do jovem por um lapso de tempo suficiente para que possa extrair do Escotismo os efeitos benéficos. Portanto, a passagem de um ramo para outro merece muita atenção. É primordial que levemos em consideração, primeiramente, que é nessa idade que se desperta a faculdade emotiva e se desenvolve a sensibilidade de alma, ou seja, o jovem em uma fase de transição, carente de cuidados especiais.

                         Desperta-se a consciência de sua personalidade, começa a sentir e pesquisar mais as coisas sente o peso de suas responsabilidades, e nasce um pudor que esconde seus desejos, temores, dúvidas e desapontamentos. E a idéia de acabar com sua antiga vida de Lobinho e ressuscitar como escoteiro parece-lhe uma aventura extraordinária, ao lado desse estado emocional próprio da idade. Outros fatores influenciam a aceitação da vida na Tropa, quais sejam:
Perda de Status: O sistema de insígnias, ou seja, para cada avanço conquistado um símbolo (distintivo) que evidencie esta situação que tanto estimula os Lobinhos e escoteiros, pois influir negativamente na passagem, seja o Lobinho tão adestrado (e “enfeitado” no seu uniforme) vê-se de repente, sem nada, começando tudo outra vez; daí um motivo a mais para que trabalhemos para a conquista do Cruzeiro do Sul, pois o ex-Lobinho o ostentará no uniforme até 21 anos de idade, evidentemente é importante que o Chefe de Tropa faça seus escoteiros conhecer e valorizar este símbolo!

                             Outro dado importante é que o Chefe da Alcatéia evidencie na oportunidade da “trilha escoteira” que o adestramento obtido na Alcatéia é o início de um caminho e a base de conhecimento e aptidões que ele vai desenvolver paralelamente ao seu crescimento. Devemos mostrar ao Lobinho que os nós aprendidos na Alcatéia serão de valia em atividade de acampamento, jogos e grandes pioneirias como uma ponte, por exemplo; que cada especialidade tirada como Lobinho continuará valendo, e que surgirão novos desafios para aquela sua aptidão! 

                     Mudança de Ambiente: Qualquer um de nós já sentiu o quanto é desagradável adentrar (e se familiarizar) com um ambiente completamente novo e a Tropa, é algo muito novo para os Lobinhos, seja quanto à mística, como quanto à forma e organização, ou costumes e uniformes. É preciso por este ambiente o mais familiar possível antes da passagem. Por isso a “Trilha Escoteira” deve ser levada a sério. Façamos, portanto, a conversa com Chefe de Tropa, deixemos o Lobinho conhecer bem seu monitor, sua patrulha e seu canto de patrulha e façamos que participe de uma ou duas reuniões com a Tropa.

                    Esses contatos devem ser preparados meticulosamente pela Chefia de Tropa levando-se em consideração a presença do Lobinho. Provavelmente, é evidente, mas vale a pena lembrar que a acolhida da Tropa deverá ser familiar, sempre a de mostrar o júbilo em receber mais um elemento que contribuirá com crescimento quantitativo e qualitativo da patrulha e Tropa. Transformar a palavra Lobinho em adjetivo pejorativo ou usar expressões como “praga azul” poderá ser útil a Chefes que procuram uma identificação barata com seus escoteiros tampando sua incapacidade de manipular o verdadeiro método utilizando-se do mais fraco, mas certamente será humilhante e desestimulante para o Lobinho.


Melhor possível!

domingo, 12 de abril de 2015

Na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho.



Hora de dormir, amanhã é outro dia.
Na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho.

                             Era um sol do meio dia. Quente, fervendo o sangue do Escoteiro caminhante. Mal dava para olhar a frente de tão quente... O chapéu de abas largas tentava segurar os raios solares. A camisa ensopada. Ele pensou em tirar o lenço e a camisa. Ficar com a camiseta que estava por baixo. Mas esqueceu desta vontade. Aprendeu a andar uniformizado onde fosse. Não importa se tinha alguém a vê-lo ou não. Há horas esperava encontrar uma arvore frondosa, a beira do caminho. Nada. A estrada era de terra e quase não cabiam dois veículos passando um pelo outro. Ele sabia que ainda tinha chão para percorrer. Não fora com sua patrulha pela manhã. Prova de matemática. Um mais dois cinco mais oito e ele aprendeu a tabuada assim nas jornadas da vida. Agora não. Não calculava a soma divisão ou a multiplicação. Precisava parar para descansar, mas e a árvore frondosa que não aparecia?

                            Tirou seu cantil e bebeu dois goles. Não mais. Ele não sabia quanto tempo de caminhada ainda tinha para encontrar um riacho. Ali era impossível. Tudo estava seco, nem o verde do campo se via. O chão do caminho era terra pura e vermelha. Se chovesse valha-me Deus o barro que formaria. Um, dois, quatro seis quilômetros de pé no chão. Sua mochila pesava. Ele estava acostumado. Bastava encontrar uma árvore frondosa, apenas um cochilo e ele andaria outros seis se necessário. E os pássaros? Ele não via nenhum. Naquele sol escaldante nem pássaro se arriscaria a voar pelos céus. Ele passou por ela. Na beira do caminho. Nem reparou. O sol não deixava. O chapéu quebrando a testa para esconder o calor e a claridade escondia as belezas que não existiam na beira do caminho.

                           Andou alguns passos e parou. Sua mente tinha gravado a flor na beira do caminho. Pensou o que seria e a mente o obrigou a lembrar. Voltou-se calmamente e a viu... Linda, vermelha, quase do tamanho de uma rosa. Mas não era uma rosa. Somente ela com sua planta a segurar como se fosse cair com o peso. Não havia vento, ela não se mexia. Mas era linda. A mais linda flor que ele tinha visto. Deu meia volta até a flor na beira do caminho. Quem pensaria que na beira do caminho tinha uma flor? Verdade, mas na beira do caminho tinha uma flor. Ficou de frente a ela. Viu que ela sorria e não se importava com os raios de sol que não penetravam nas suas pétalas. Tirou sua mochila e se agachou em frente a ela. Um perfume suave percorreu suas narinas. Gostoso, delicioso. Agradável de cheirar. Era um balsamo para manter o corpo firme. Aquela sublime fragrância jogava todo seu perfume no Escoteiro que caminhava no sol do caminho.

                       Ficou ali estático por minutos que se transformaram em horas. Ela a flor na beira do caminho o hipnotizava. Ele precisar seguir precisava chegar ao acampamento antes do anoitecer. Seus amigos da patrulha o esperavam. Então o sol se escondeu. Uma nuvem branca com pássaros esvoaçantes chegaram. Um vento sul começou a soprar. A flor balançou na sua planta, mas não caiu. O Escoteiro procurou um galho e o fincou junto à flor. Do seu cantil molhou a linda flor da beira do caminho. Precisava seguir adiante. O tempo não espera, e ele olhou a flor pela ultima vez. Grande, Vermelha, quase do tamanho de uma rosa. O Escoteiro partiu olhando para trás. Uma enorme tristeza o invadiu. A flor da beira do caminho balançou de um lado a outro. Como se estivesse agradecendo o que o Escoteiro fez por ela.

                         Era só uma flor, uma flor vermelha linda a beira do caminho. E ele viu que na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho, tinha uma flor, no meio do caminho tinha uma flor...
Baseado no poema de Carlos Drummond de Andrade – No meio do caminho tinha uma pedra.


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Uma noite linda e sonhos maravilhosos. Durmam com Deus. 

sábado, 11 de abril de 2015

O maravilhoso e sensacional Fogo de Conselho.



Conversa ao pé do fogo.
O maravilhoso e sensacional Fogo de Conselho.

                 Não tem quem que não fale dele. Se alguém permaneceu por alguns meses ou por anos no escotismo ele sempre será lembrado e comentado. Para uns um mito, para outros uma cerimônia que marca profundamente e para sempre. Uma coisa é certa. Deste o primeiro acampamento em Brownsea até hoje ele se tornou uma tradição que ninguém nunca esqueceu e nem será esquecido por parte de quem já participou. O lobinho adora. O Escoteiro e a Escoteira vibram. Os seniores e as guias se preparam com esmero quando vão participar e os chefes dão belos sorrisos pelas apresentações. E não são só eles, para os que não são escoteiros e foram convidados se sentirão reconfortados em estarem presentes.

                 Dizem secamente que o Fogo de Conselho é uma atividade recreativa e artística realizada por escoteiros. Dizem ainda que é umas das mais antigas tradições dentro do movimento Escoteiro.  Citam até que Baden Powell fez questão de falar sobre ele no seu primeiro livro Escotismo para Rapazes. Já li várias explicações do porque do Fogo de Conselho. Contam que Baden Powell muito viajado pelo mundo e principalmente na África e na América assistiu e viu várias cerimônias por parte dos indígenas destes países e foi assim que deu origem ao nosso Fogo de Conselho. A noite todos eles tinham uma tradição comum. A tribo inteira se reunia em volta de uma grande fogueira de um modo muito festivo e alegre, e as pessoas dançavam e cantavam assim como contavam e encenavam histórias da própria tribo. Sempre no final o ancião mais velho contava as tradições, e passava algum ensinamento aos mais jovens.

                Igual a estas tribos, os escoteiros também fazem o mesmo. De maneira geral esta tradição é passada de geração em geração. Não só no passado, mas até hoje é comum que cada um tenha uma manta especial, um chapéu, um boné, uma capa ou poncho, pois os índios faziam isto com seus troféus. Dentes de animais, escalpos (risos) colares e sempre com peles de animais sobre o corpo. Não vou aqui tentar ensinar sobre o Fogo de Conselho. Sei que existem até cursos para isto, mas sinceramente? Não sou muito fã destes cursos. Prefiro que seja uma solenidade sem ser solene feita de improvisos e aprender a fazer fazendo. Voltando ao tema eu sei que todos sabem que ele é o momento em que nos reunimos ao redor de uma fogueira, ao final do dia, para divertir através de apresentações e termina com um momento de reflexão e aprendizado feito pelo Chefe. Alguns adoram histórias e os participantes vibram.

                Tenho o orgulho de dizer que participei de muitos. Quem sabe três ou quatro centenas deles. Alguns se aprimoram na montagem do fogo. Outros o fazem de maneira simples sem sofisticação. Já vi vários onde o Animador do Fogo de Conselho no inicio gritava alto: Que os ventos do norte, do sul, do este e do oeste, tragam a todos a alegria de uma noite inesquecível! Acende-te fogo! E fogo dava uma pequena explosão e as chamas apareciam lindas e formosas. Como? Um truque simples. Preparar com antecedência. Abrir uma valeta e com bambus colocar pólvora. Depois a valeta é fechada. Um parceiro coloca fogo na pólvora que ira queimar até o fogo. Mas olhe, assusta. Parece mágica. E só deve ser feito por especialistas.

                Vi também outros tantos aberto ao público e aos pais das mais diversas criatividades próprias dos escoteiros. Tochas vinda de varias partes, tocha voadora vindo de uma árvore presa a um sisal que corre até o fogo o acende. E as apresentações? Lindas. Do professor Raimundo eu ria a valer. Dos trapalhões cansei de rir. Do Rei da Macedônia vi dezenas de vezes. Do Serafim eu dava belas gargalhadas. Sempre como se fosse à primeira vez. E quantas mais? E as palmas? Nossa! São tantas. Se fosse escrever daria uma dezena ou mais. Adorava a do peixinho, do barrigudo, da chuva, do dedinho, do trem, do sapo falante, do tambor, da corrida dos bisões, da mexicana, e claro da nossa mais famosa a palma Escoteira.

                 Mas nada é mais lindo para o chefe que olhar para os rostos dos jovens. Escuro e a fogueira ir aumentando a luminosidade, eles com aquela ansiedade, a espera do contexto, olhar fixo no fogo e cada um sonhando ao seu modo o sonho de uma vida que só os escoteiros podem ter. A felicidade suprema e a alegria de poder estar ali. Não vou comentar sobre as canções, sobre os esquetes, sobre as historias. E até deixo para outro dia o comentário da Canção da Despedida. Uma despedida que marca que alguns choram, mas que promete ser breve. Muito breve. Nossa! Quantas vezes eu chorei, lágrimas eu derramei desde a mais tenra idade até hoje. Um "Velho" chorão.


               Fogo do Conselho. Esquecer jamais! Lembrar sempre e sempre, pois assim como as estrelas no céu brilhando no escuro da noite ou das noites de luar eu sei assim como aconteceu comigo aconteceu com todos. Não há como esquecer. Está firme e apegado dentro dos nossos corações. Acho que pode ser ele um dos motivos para estar até hoje no escotismo. Fim, falei muito e não falei nada, sei que quem ama o escotismo nunca em sua vida vai esquecer o amado, o querido, o sensacional, o espetacular FOGO DO CONSELHO!