Lembranças
da meia noite.
Eu tenho
um “montão” de amigos!
Bom saber que temos amigos. Amigos que nunca vimos e
dificilmente vamos ver. Amigos que estão em nosso coração. Nunca tive tantos
assim. No meu cérebro vou dando vida a eles.
Ouço suas vozes, seu andar, seu sorrir e nunca os vejo chorar. Na minha
imaginação são amigos perfeitos. Até esqueço que eles têm família, tem
trabalho, tem rotinas nem sempre divertidas, mas aqui nesta telinha vale tudo.
Eles são perfeitos! Vale a nossa imaginação. É aqui que as palavras escritas
por eles se transformam na realidade que criamos.
Quem diria. Quem diria que o mundo seria assim. Hoje tive uma
lembrança. Boa lembrança. Um dia estava chegando a minha casa. Vindo de um
acampamento. Ao descer o morro da Pastoril avistei minhas duas irmãs, meu pai e
minha mãe na porta do nosso barraco. Eles acenavam. Não entendi o porquê.
Quanto mais chegava mais entendia a alegria deles. E a minha também. O Trio
Irakitan cantava há plenos pulmões na nossa vitrola antiga. Meu Deus! Era
demais! Eles conseguiram comprar o LP e me presentar. Acho que foi o natal mais
lindo que tive naqueles idos de 1954. Eram duas da manhã e toda minha Patrulha
e outros das demais patrulhas, sentados na varanda ouviam sem piscar e cantando
junto. Rataplã, guingaguli, Bela polenta, a árvore da montanha, coisa linda!
Para mim marcou profundamente. Nunca esqueci. Nem mesmo quando me deram meu
chapéu de três bicos.
Mas voltando aos amigos
acho que valeu. É bom saber que temos muitos se preocupando.
Chega por hoje. Muito esforço. Bem cansado. Ainda preciso
recuperar. Amanhã tem mais. Boa noite e durmam bem. Um ótimo sábado e comecem a
contar. Ainda faltam três dias para o maior ano de todos os tempos. Maior? Bem
depende de cada um. Para mim vai ser!
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