Lembranças
da meia noite.
Ele era um
amigo do peito.
Eu tenho dias de nostalgias. Quem não as tem? Elas chegam
devagarinho. Sem fazer alarde. Pode ser uma música, pode ser uma garoa ou pode
ser o entardecer. Elas são boas, mas sufocam de saudades. A gente queria voltar
lá, sentir de novo a alegria do momento, mas sabe que é impossível. Nostalgias
são boas quando a gente foi feliz. E a felicidade pode renascer com as
lembranças.
Tive muitos amigos com que convivi. Acho que a maioria colocou
sua mochila as costas e partiu por aí em uma nuvem qualquer direto para ao céu.
Vamos envelhecendo e os amigos partindo. Nestas nostalgias vamos lembrando-se
deles e sempre tem alguém que deixou uma marca. Vendo o anoitecer me lembrei do
“Espírito da Coruja, mora neste acampamento” Só ele para cantar com amor, com
gestos, com seu sorriso franco. È meu amigo Pedestre, hoje me lembro de você.
Carlos Alberto Pedestre. Quantos cursos, quantas noites jogando conversa fora
no Campo Escola do Jaraguá. Não tinha hora difícil para você. Era só convidar e
você deixava sua família, seu trabalho e lá com seu uniforme caqui e chapelão,
cabelos já brancos, um belo de um sorriso e me dizia – Pronto chefão, aqui
estou. Digas e eu farei!
Pedestre. Não sei onde anda. Não sei se partiu. Hoje estou meio
só. São milhares de amigos perdidos neste mundão de Deus. Mas poucos muitos
poucos que resistiram o passado.
Vou dormir. Sonhar talvez. Sonhar com os campos verdejantes,
naquela selva gostosa do Jaraguá, dos alunos, milhares deles e lembrar-se de
você meu amigo. Onde quer que esteja rezarei para você. Na minha mente seu
rosto amigo e sempre sorridente. Boa noite. Nostalgia. Belas quando são
lembradas e nos trazem felicidade. Durmam bem!
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