Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. O sonho de um poeta.

Lembranças da meia noite.
 O sonho de um poeta.


Chegou minha hora. Não dá mais para continuar. Olhos fechando, corpo cansado. O melhor é Ir para a cama, hoje contente. Escrevi um conto/poema e uma lembrança da minha vida. Emocionei-me. Infelizmente sou emotivo. Não sou poeta, mas se fosse não sei se me poderia ser minhas as palavras de Jack Kerouac quando ele assim se expressou:

”Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que veem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para frente. E, enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam”.


Durmam bem meus amigos e minhas amigas. Boa noite. Que Deus esteja com vocês!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Não volte no tempo. Não sei se vale a pena.

Lembranças da meia noite.
 Não volte no tempo. Não sei se vale a pena.



Onde iremos parar? Tudo que o jovem faz hoje sempre tem os pedagogos, psicólogos altos membros da área da educação para explicar e em alguns casos aceitar. O passado? Nada disto, hoje o mundo é outro. Ops! Não estou falando de escotismo. Estou falando de jovens de uma maneira geral. Se você tem mais de trinta anos ou quem sabe vinte, sabe que a disciplina era questão de honra na escola e no lar. Professor ou Professora entrando na sala todos de pé. Oração obrigatória. Engraçadinhos eram levados para o diretor. Só voltava na classe com a presença dos pais. Quando os professores se dirigiam ao aluno ele abaixava a cabeça e dizia sim senhor sim senhora. A limpeza questão de honra. Não se via pichações e sujeira nos banheiros. A fila de entrada era perfeita e disciplinada. A gente aprendia. Eu mesmo fiquei na sala do diretor com o livrinho de tabuada na mão por duas horas. O que disse minha mãe? Ótimo. Vamos repetir a dose. A tarde toda estudando. E hoje? Tente fazer isto e quando o jovem chegar à casa a mãe ou o pai vem armado querendo tirar satisfações.

E as pichações? Os quebra. quebra? Os roubos? Alunos que batem nos professores, vão armados, e não respeitam ninguém. Professores que tem medo de enfrentar e deixa as aulas rolarem a bel prazer. Eles não tem culpa. Quem sabe a culpa é da sociedade e os novos tempos. Se ele não tomar cuidado pode ser morto. Para que? Tem seguro? Bom salário? Não sou um expert no tema. Só faço comparações do passado com o presente. Será isto moderno? Vejam nas redes sociais paginas escoteiras onde o palavreado deixa a desejar. Jovens meninos Escoteiros sem camisa exibindo uma magreza, e o uniforme Escoteiro?  Se isto é próprio de Escoteiros e escoteiras desculpem. Estou fora da modernidade. Soube sem confirmação que no último Jamboree e outros encontros regionais os palavrões eram falados em qualquer lugar. Se for verdade, está certo isto? Nunca vi nada parecido. Tempos modernos? Outra educação? Outro escotismo? Palmas ao vandalismo?

Mas será que os adultos não tem parte da culpa? Afinal o exemplo é fundamental. Será que os pais hoje são mais defensores dos erros dos filhos? Não sei. Vejo uma violência gratuita e na minha cidade tenho receio de sair à noite. Não sei se estarei seguro. Próximo a minha casa tem duas escolas. Uma estadual e outra municipal. Na saída e na entrada evito passar em frente. Se você se considera rígido na apresentação do jovem não vá lá. Meninos e meninas acima de doze anos namorando de um maneira tal que assusta. Moderno isto? Deve ser. Hoje tudo é moderno. O jovem de dezessete anos e onze meses é menor. O de dezoito é maior. Tratados de maneira diferente. No escotismo já vi fora da sede jovens seniores e guias namorando de maneira impropria e fumando. Errado? Não. Isto é liberdade. Liberdade para tudo. Para ateus, para funks, punks, skinheads e seja o que Deus quiser. Mas sou um leigo. Nada sei sobre isto. Comparar quando meu avô entrava na sala e beijávamos sua mão será hoje considerado um absurdo. Não sei. Quem sabe uma forma de disciplina que serviu para me marcar por toda a vida?


Boa noite meus amigos. Que o amanhã seja repleto de felicidade. 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um pouco de Baden Powell.

Lembranças da Meia Noite.

Um pouco de Baden Powell.



                    Em 1909, mais de 10.000 jovens realizaram uma exibição de suas perícias escoteiras no famoso Palácio de Cristal, em Londres. Nem mesmo a chuva e o frio, naquela manhã do dia quatro de setembro, puderam arrefecer o entusiasmo deles. Nesta reunião histórica, os rapazes formavam a maioria.

                    Temendo a degeneração das suas ideias, e verificando a necessidade de integrar todos dentro de um movimento que crescia rapidamente, Baden-Powell passou a dedicar-se à organização do Movimento Escoteiro, que não era sua proposta original. Desliga-se do Exército, em 1910, e ingressa no que chamou de sua "segunda vida", dedicada ao crescimento e fortalecimento do Escotismo.

                  Ainda em 1910, é criado o Escotismo do Mar, bem como surgem dentro do Movimento as "Girls Guides", ou seja, as Guias Escoteiras (Bandeirantes). A partir de 1912Baden-Powell passa a viajar pelo mundo divulgando e unindo o Escotismo, que se desenvolve agora como uma "Fraternidade Mundial". Também em 1912, foi publicado o primeiro Manual das Guias, "Como as Moças podem ajudar o Império…" escrito por Agnes Baden-Powell.

                Foi em 1916 que, a pedido das crianças menores que queriam fazer parte do Movimento Escoteiro, Baden-Powell criou o Ramo Lobinho, baseado no Livro do Jângal, de Rudyard Kipling, com auxílio de sua irmã, Agnes. Em 1917, é constituído informalmente o primeiro Conselho Internacional da Associação de Guias da Inglaterra, e, no ano seguinte, é publicado o texto base do Guidismo, escrito por Baden-Powell, especialmente para as guias.

               O Escotismo recebe de William F. de Bois Mclaren uma área de terra, na floresta de Epping, arredores de Londres, onde se instala Gilwell Park o centro de formação de chefes escoteiros (o curso passa a ser chamado de curso para Insígnia da Madeira}. (Os que completam o curso recebem um colar de contas e um lenço com um pedaço de tecido atrás com a trama característica do clã dos McLaren). Em 1930, Lady Olave Baden-Powell é aclamada Chefe Guia Mundial, função que exerceu até 1976, quando veio a falecer.

               A última presença pública de Baden-Powell para os escoteiros foi em 1937, no Quinto Jamboree Mundial em Vogelezang, Holanda, depois do que viajou para o Quênia, onde fixou residência a partir de 1938 juntamente com Lady Olave. Morre nesse local.


Boa noite, durmam bem e tenham um bom sono e um bom feriado.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. Servir é o melhor remédio.

Lembranças da meia noite.

Servir é o melhor remédio.  

 
  Um Grupo Escoteiro é uma família. Unida. Fraterna. Onde o respeito mostra o grau de crescimento de cada um. Você faz parte da família. Veja onde é seu lugar e trabalhe para que todos sintam felizes no desenvolvimento de suas tarefas. Não existe tarefa fácil. Formar caráter não é fácil. Mas o Movimento Escoteiro através do seu método simples facilita sobremaneira a atingir esse objetivo. E é um orgulho quando podemos ver homens e mulheres que um dia conheceram a maravilhosa Lei Escoteira. E melhor ainda quando sabemos que atingimos nosso objetivo. Ética, honra e caráter e porque não dizer – Cidadania, patriotismo e altruísmo!

        Tudo que é bom hoje pode não ser bom amanhã. Dizem que uma mente que foi esticada por novas ideias, nunca poderá recuperar sua forma original. Não sei. Nossa força depende de nos mesmos assim dizia um sábio e um filósofo completava – As pessoas tomam caminhos diferentes quando buscam a felicidade e o contentamento. O fato desta rota não corresponder à realidade não significa que você perdeu. Portanto mudanças são boas, desde que analisadas e verificadas se estão dando certo. Baden Powell dizia sempre que tudo é válido desde que os resultados fossem os esperados. Portanto se eles não aconteceram ou não existe nem sempre as mudanças foram válidas.

Palavras de Baden Powell
Diante de cada Homem, abrem-se dois caminhos:
O do egoísmo ou o do Serviço.
Cada um terá que escolher por si próprio qual será o verdadeiro lema. O egoísmo é mais cômodo; o Serviço envolve sacrifício.
Se um indivíduo não é capaz de se sacrificar, Não tem direito de se chamar Homem.
Mas se se sacrifica para servir, exprimindo da melhor maneira possível o seu amor, pode estar certo de que a vida será para ele um bem muito real, “Cheia de Felicidade”.


Boa noite meus amigos, durmam bem.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ninguém é insubstituível.

Lembranças da meia noite.

Ninguém é insubstituível.



A sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostram gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível”. A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? – o CEO encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Gandhi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato?Faria Lima? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E, portanto são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar “seus gaps”.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico.
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.
E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.
Será que no escotismo não acontece isso? Você decide e comenta
Escrito por *Célia Spangher”.

E ai eu me pergunto. O no escotismo, ninguém é insubstituível?


Boa noite meus amigos e minhas amigas durmam bem.

domingo, 26 de maio de 2013

Como é difícil dizer Adeus.

Lembranças da meia noite.

Como é difícil dizer Adeus.


Como é difícil dizer adeus. Pode ser um adeus simples, sem abraço, ou com as mãos entrelaçadas a dizer que não é mais que um até logo ou um breve adeus. Pode ser um adeus de pouco tempo, mas pode ser um adeus para sempre. Um adeus sem volta. Quantas e quantas vezes em volta de um fogo cantamos que não seria mais que um até logo? Mas sabemos que não foi. Foi um adeus para nunca mais. Sabemos que do destino ninguém foge e mesmo querendo que fosse um breve adeus, sempre teremos aqueles que em volta do fogo nunca mais nos tornaremos a nos ver.

Difícil é o adeus de quem se ama. Mesmo que os motivos sejam reais é sempre um adeus que dói, que machuca que fere profundamente o coração. Não importa o tipo de adeus, sorridente, choroso, breve ou longo com abraços sem saber se haverão outros no futuro. A quem dizemos adeus sabemos que estará sempre presente a nós em espirito, em nosso coração. Um dia cada um de nós dirá adeus. Um adeus dado por um olhar, ou por uma palavra, por uma lagrima furtiva, ou um adeus mudo. Pode ser mesmo um adeus sem nada dizer, um adeus que foi dado quando sentimos a falta de alguém que partiu. É um adeus sem volta. São adeus sem retorno. Ainda bem que em todo adeus sempre fica uma lembrança. Boa ou má, não importa. São adeus que deixam saudades e estas ficam para sempre.

Ops!  Ainda não chegou minha hora de dizer adeus. Chegou sim a hora de dizer boa noite. Corpo cansado. Não está fácil fazer estes contatos com vocês todos os dias. A cada dia mais e mais as forças diminuem. Melhor agora é deitar e rezar muito. Pedir por aqueles que nunca puderam dizer adeus e se foram para sempre. Um adeus silencioso. Ao seu modo eles deram um adeus dolorido, mas um adeus que mesmo na eternidade, bem cedo junto ao fogo tornaremos as nos ver!


Boa noite e durmam bem meus amigos. Uma ótima semana e um bom sono para todos!

sábado, 25 de maio de 2013

Minhas raízes são as de Baden Powell.

Lembranças da meia noite.

Minhas raízes são as de Baden Powell.


Alguém me perguntou: - Amigo quem é este velhinho magrinho e sorridente de uniforme igual ao de vocês? - Você está se referindo a este grande Chefe? Ele é conhecido como Lord Baden Powell. Foi ele quem criou o movimento escoteiro. – Nossa! Ele me parece ser um sujeito bom, pois está sempre sorrindo! - Imagine, ele foi um grande homem. Ele mesmo sendo o Escoteiro Chefe Mundial levantava de uma cadeira e ia apertar a mão de todos. Viajava pelas cidades, por países levando a boa nova do escotismo. Uma simplicidade enorme. Foi um herói inglês e graças a ele somos mais de vinte milhões de escoteiros no mundo. – Legal! E aqui no Brasil? – Aqui setenta e poucos mil. – Só? Bem muitos dizem que somos muitos.

Mas meus amigos, eu tenho receio que os poucos que ainda se lembram dele e fazem questão de manter viva sua chama, podem um dia o deixar no limbo do esquecimento. Quem sabe no futuro será apenas lembrando como o fundador do escotismo e mais nada? Hoje já discutem o seu método. Dizem que é ultrapassado. O seu programa está sendo alterado. Em pouco tempo haverá um novo escotismo e nós de um passado distante iremos deixar de existir e seremos substituídos pela nova geração. Então meus amigos o escotismo será outro. Será um novo escotismo, um novo programa e um novo método. E tenho certeza os jovens do futuro irão gostar.

Para nós os Velhos Escoteiros não restará mais nada que uma lembrança. Hoje eu pergunto a muitos amigos meus – Ei você! Quantos dos livros de Baden Powell você já leu? – O Manuel do Lobinho – O Guia do Chefe Escoteiro – Escotismo para Rapazes e o Caminho para o Sucesso. Não leu todos? Pena. Você ia conhecer a fundo quem foi Baden Powell. Mas serão estes livros lembrados? Tudo que ali está escrito terá validade para os jovens do futuro?

É meu bom velhinho. Juram hoje que os tempos são outros. São mesmos. Um ótimo escotismo para quem está na ativa, mas fique calmo aí no céu. Agora a sede de aventuras, a exploração da natureza não cabe mais seus ensinamentos. Enfim é a vida. Não existe volta. Tradições é uma volta ao passado e isto não mais se encaixa na nova metodologia. O correto é mudar para ficar dentro dos tempos modernos.  Certo? Errado? Acredito que haverá um novo escotismo. Falam dele aos quatro ventos. Exaltam seus feitos. Uma nova aparência veio para ficar. Muito bom para os novos participantes. Mas não é o meu escotismo. Do meu bom e amigo velhinho que nunca em tempo algum esquecerei.


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Meu abraço. Durmam bem e sem muita frescura, saibam que eu amo vocês!         

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A casinha pequenina branca como a lua.

Lembranças da meia noite.
A casinha pequenina branca como a lua.

Quando crescemos costumamos rir de nós mesmos dos tempos de criança. Quantas coisas nos fizemos, traquinagens mil e a cada ano vamos olhando o mundo de outra forma. Algumas marcam para sempre outras se perdem na memória do tempo. Hoje quando vemos a meninada fazendo das suas sempre preocupamos sem pensar que um dia fizemos assim também. E os sonhos juvenis? Eram lindos. O primeiro amor? Dizíamos ser único. Hoje me veio à lembrança de quando a vi pela primeira vez. Eu entrando nos meus dezesseis anos ela nos treze anos. Foi um namoro de mais de um ano sem um toque, sem uma fala sem sentir a respiração do outro. Incrível não? Outra época.

Morava em um barracão em forma de L. Na parte mais curta era meu quarto. Minhas duas irmãs e meus pais moravam na outra parte do barraco. Não tínhamos água encanada. Uma cisterna com uma bomba manual. Todos deveriam antes de tomar banho e quando sair de casa, dar duzentas “bombadas”. A caixa não enchia, mas se mantinha pela metade. Era um bairro afastado da cidade. Novo ainda. Em frente ao nosso barracão uma pequena construção. Acompanhei parte por parte como se fosse minha construção. Minha morada. Em meus sonhos nós tínhamos casado. Sonhava em ter minha casinha, pintada de branco, cercas de madeira também caiada de branco, um portãozinho simples que deveria ranger quando eu chegasse a casa. Era um aviso. Pensava em vê-la abrir a porta, dar aquele sorriso e dissesse – Oi meu amor correu tudo bem com você? Filhos? Muitos!

Tudo sonho. Meu trabalho era ajudar meu pai. Mas meu sonho me mostrava como um grande técnico em consertos de radio. Fazia um curso. Um sonho que durou por muito tempo. Quando um dia falei com ela quando senti seus lábios próximos aos meus, quando senti a maciez da sua mão mais e mais sonhava com a casinha caiada de branco com rosas vermelhas na janela. Quatro anos depois nos casamos. A casinha onde fomos morar não era caiada de branco. Era verde, dois cômodos, um quarto e uma cozinha que servia de sala. Banheiros no fundo do quintal. Ela com seus dezesseis anos e eu com meus vinte e dois. Acredito termos vividos os momentos mais felizes de nossas vidas. Nunca moramos em uma casinha com cercas e portão caiados de branco. Algumas tínhamos rosas, violetas e bromélias, mas nunca brancas.

O tempo passou. Moramos em muitas moradas. Em todas elas fomos felizes. Nunca pintei nenhuma delas de branco. O sonho de passado ficou só na lembrança. Quando parti da minha cidade, a que estava sendo construída e nos meus sonhos era minha, não foi terminada. Soube que os noivos terminaram. Um casamento que não deu certo. Se ela está lá hoje não sei. Mas ainda nos meus sonhos a vejo pintada de branco, com um belo jardim florido e os meus quatro queridos filhos brincando com seus velocípedes, com suas bolinhas de gude e eu e ela na varandinha, a olhar com amor a felicidade que permanece até hoje. Interessante, nestes sonhos ainda não crescemos. Ainda somos os saudosos adolescentes de outrora. Sonhos que aconteceram. De outra forma. Ainda bem que ela nunca me abandonou e se existir a frase – Foram felizes para sempre – Este sou eu e ela. Graças ao bom Deus!


Boa noite meus amigos e minhas amigas.   

sábado, 18 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. Um delicioso franguinho caipira.


Lembranças da meia noite.
Um delicioso franguinho caipira.

Dois dias sem poder sentar na minha varanda as tardes como faço todos os dias. Uma chuvinha fria, tempo frio e eu não tive como ficar no meu cantinho favorito e ver os vizinhos passarem. Alguns devagar outros nem tanto, uns a pé outros de carro. No céu uma bruma cinzenta. Melhor ficar na sala, bem agasalhado se não a tosse aumenta. Nenhum programa interessante na TV. Minha mente vasculha o passado e o presente. Percebi que um aroma de alguma coisa frita pairava no ar. O vizinho talvez estivesse fazendo um franguinho na brasa de sua churrasqueira. Agora sim fui buscar lá nos meus dezesseis anos quando eu e nossa Patrulha Sênior comemos um franguinho com este aroma que sentia.

As lembranças avivaram mais minha memória. Éramos cinco. Soubemos que uma cidadezinha atrás das montanhas da Lua existia uma companhia de bandeirantes. Surpresa. Nunca tínhamos visto nada igual. Fizemos um programa de três dias. Um e meio em Taumim, e o saldo viajando. Bicicletas é claro. Uma jornada e tanto. Mais de trezentos e cinquenta quilômetros. Chegamos à noite em Itaumim. De manhã soubemos que era dia da cidade e haveria desfile. Meu Deus! Mais de cem moças. Todas lindas com seu uniforme de brim azul e lencinho no pescoço. O desfile terminou e as bandeirantes sumiram. Procuramos e nada. Parecia que os pais esconderam as meninas a sete chaves. À noite resolvemos ir embora. Novo rumo. Tarumirim e Residência. Daí pela Rio Bahia retorno a nossa cidade. Bicicletas furando pneu, quebrando raios e duas da tarde sem chegar a Tarumirim. Quanto atraso.

Lembrei que iriamos passar em frente na fazenda de um tio meu. Ele era americano. Tio Jerry. Casou com minha tia irmã de meu pai. Uma bela fazenda. Paramos lá por volta das três da tarde. Ele estava na varanda da fazenda. Recebeu-nos com uma alegria tremenda. Disse que fora Escoteiro em Minneapolis nos Estados Unidos. Chamou dona Ana sua empregada para providenciar um almoço para nós. Gente, que almoço. Quatro e meia da tarde e lá estava na mesa da cozinha, enorme, um franguinho frito com batatas fritas, rodelas de cebola crua, um tutu de feijão com torresmo, um arrozinho solto e linguiças de porco legítimas feitas lá na fazenda. Nos refastelamos. Só lá pelas nove da noite meu tio Jerry nos deixou ir embora. Ficou horas contando para nós sua vida de Boy  Scout. Fora uma viagem e tanto. Não nos deixou ir pedalando. Tinha um "Velho" caminhão GMC e lá colocamos as bicicletas e nos levou até residência. Às onze da manhã estávamos cruzando a ponte sobre o Rio Doce. Entrada da nossa cidade.

Até hoje me lembro do franguinho caipira. Hoje isto não existe mais. Só quem um dia saboreou sabe o que significa um almoço deste. Ainda acho que existem no interior fazendas como a do Tio Jerry. Um americano que sempre valorizou a boa mesa das nossas Minas Gerais.

Boa noite meus amigos e minhas amigas. Durmam bem, um ótimo domingo. São meus votos. Inté!   

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. O tempo não para.


 Lembranças da meia noite.
O tempo não para.

Mais um ano. Outro começa. Nada de novo no front. Para mim uma rotina. Agradável. Aprendi a viver a vida como ela é. Sinto-me realizado. Ei! Não sou rico. Nada de riqueza. Sou rico porque aprendi a respeitar os amigos, aprendi a amar a vida. Não importa quanto ela dure. Vivo a cada minuto a cada segundo como se fosse um ano, pois para mim o tempo é um mero passo para a eternidade. Vejo as postagens de muitos no facebook. Quanta solidão, quantas tristezas. Alguns decepcionados com amigos, com amores, com seus empregos com seus destinos. Gostaria se sorrir para eles e dizer, olhe meu amigo, a felicidade é você quem vai achar dentro de você mesmo!

Ah o tempo! Quanta coisa eles nos ensina. Cada um vai ter seu tempo, sua hora e então vai olhar o passado e ver quanta coisa aprendeu. Ainda não sabemos tocar na felicidade da vida. Senti-la através dos nossos dedos. Do olhar! Tão simples? Eu me pergunto precisamos ficar velhos para ver e sentir isto?

Chega por hoje. Hora de dormir. Chegando o natal. Mais um que vou passar sorrindo. Boa noite meus amigos e minhas amigas. A felicidade está tão perto, mas tão perto que se sentirmos uma brisa a nos acariciar o rosto saiba que é ela que chegou. Durmam bem. E amanhã domingo, muitas alegrias, muitos sorrisos, é meu desejo sincero.   

Lembranças da meia noite. Ele era um amigo do peito.


Lembranças da meia noite.
Ele era um amigo do peito.

Eu tenho dias de nostalgias. Quem não as tem? Elas chegam devagarinho. Sem fazer alarde. Pode ser uma música, pode ser uma garoa ou pode ser o entardecer. Elas são boas, mas sufocam de saudades. A gente queria voltar lá, sentir de novo a alegria do momento, mas sabe que é impossível. Nostalgias são boas quando a gente foi feliz. E a felicidade pode renascer com as lembranças.

Tive muitos amigos com que convivi. Acho que a maioria colocou sua mochila as costas e partiu por aí em uma nuvem qualquer direto para ao céu. Vamos envelhecendo e os amigos partindo. Nestas nostalgias vamos lembrando-se deles e sempre tem alguém que deixou uma marca. Vendo o anoitecer me lembrei do “Espírito da Coruja, mora neste acampamento” Só ele para cantar com amor, com gestos, com seu sorriso franco. È meu amigo Pedestre, hoje me lembro de você. Carlos Alberto Pedestre. Quantos cursos, quantas noites jogando conversa fora no Campo Escola do Jaraguá. Não tinha hora difícil para você. Era só convidar e você deixava sua família, seu trabalho e lá com seu uniforme caqui e chapelão, cabelos já brancos, um belo de um sorriso e me dizia – Pronto chefão, aqui estou. Digas e eu farei!

Pedestre. Não sei onde anda. Não sei se partiu. Hoje estou meio só. São milhares de amigos perdidos neste mundão de Deus. Mas poucos muitos poucos que resistiram o passado.

Vou dormir. Sonhar talvez. Sonhar com os campos verdejantes, naquela selva gostosa do Jaraguá, dos alunos, milhares deles e lembrar-se de você meu amigo. Onde quer que esteja rezarei para você. Na minha mente seu rosto amigo e sempre sorridente. Boa noite. Nostalgia. Belas quando são lembradas e nos trazem felicidade. Durmam bem!

Lembranças da meia noite. Era uma vez dois irmãos.


Lembranças da meia noite.
Era uma vez dois irmãos.

Dois jovens mesmo sendo irmãos não se entendiam. Com idade variando de nove e onze anos, cada um achava que ele devia ser quem teria mais direitos nos brinquedos, escolher o lugar de ficar no carro enfim, sempre discutindo e seus pais apesar de tentar tudo estavam preocupados. Um dia o pai deles os chamou. – Vamos passear para ver o trem de ferro entrar na estação. Eles não entenderam, mas como gostavam muito de seu pai lá foram eles.

Quando estavam na plataforma viram o trem de passageiros chegando à estação. Ao mesmo tempo em sentido contrário outro trem de carga a toda velocidade entrando na estação. Estarrecidos viram uma batida iminente. Quase na entrada da área da estação o trem de carga pega um desvio. Passa pelo trem de passageiros sem nada acontecer. Seu pai olhando para eles disse – Que sirva de lição. Nada é impossível de evitar. Sempre na nossa vida existe um desvio. Ele pode ser a compreensão, o amor, o entendimento.

Os dois jovens aprenderam a lição. Dizem eu não sei que praticamente acabou as brigas e discussões entre eles.  Hoje quarta é dia que eu e Celia fazemos nossa leitura do Evangelho. Juntos sempre. Ela achou este artigo escrito por um espirito que já se foi. O leu e eu achei muito interessantes. Acho que vou ler para os meus netos neste feriado.

Hora de dormir. Muitos irão acampar. Outros irão descansar. A todos meu Alerta e meu desejo de que tudo corra bem. Boa noite meus amigos e minhas amigas. Durmam bem.  

Lembranças da meia noite. O tempo não para o tempo.


 Lembranças da meia noite.
O tempo não para o tempo.

Já viram como passam os minutos, as horas, dias mês e ano? Que velocidade eim? Não sei se lembram, mas foi outro dia mesmo que comecei aqui, e foi aqui que comecei a conhecer gente que é amigo da gente, e são muitos. Como admiro todos. Quando vejo seus rostos (alguns não colocam) fico a imaginar como são. Não procuro beleza, sorrisos encantadores, falas macias, pois isto nunca eu poderia ver em uma foto. Mas imagino que são irmãos, amigos fraternos, que se dedicam a juventude Escoteira com esmero e com um coração aberto. São voces amigos e amigas que fiz aqui que me motivam. Hoje estou preso em quatro paredes. Quase não posso sair. Vejo o mundo através desta telinha, da TV, dos jornais que recebo dos livros que ainda gosto de ler. Mas a minha maneira sou feliz.

Já se passaram anos. Eram quarenta amigos no primeiro mês. Hoje são milhares. Obrigado. Vocês são responsáveis por boa parte da minha felicidade. Foram vocês que me motivaram a escrever e acreditar que desta forma estou ajudando a fazer um escotismo melhor. Desejo do fundo do coração que sejam mais felizes que eu. Desejo mesmo que a felicidade seja uma constante na vida de cada um e que na trilha percorrida e a percorrer, todos sem exceção encontrem o seu CAMINHO PARA O SUCESSO!

Boas noites durmam bem, sonhem muito, lindos sonhos e que tenham um sábado venturoso. Não esqueça se tiverem reunião amanhã, cumprimentem a todos por mim. Amanhã iremos de novo nos encontrar aqui, assim como será todos os dias que durar a minha existência. 

Lembranças da meia noite. Se a tristeza vier...


Lembranças da meia noite.
Se a tristeza vier...

Hora de dormir. Mas estava lendo se a tristeza vier... E pensei porque não publicar?
Se a tristeza vier...
... Por qualquer motivo, faça o seguinte: 
Evite as sombras que ficaram para trás, 
olhe o caminho a sua frente e siga sempre.
Assopre o pensamento triste, deixe escorrer a última lágrima,
vá até o final do poço, mas volte renovado.
Então respire fundo tirando da natureza,
a energia para elevar sua alma.
Abra então a janela, aquela que dá para o vôo dos pardais, 
procure a luz que pisca adiante.
Ao encontrá-la, coloque-a dentro do peito, 
de tal jeito que possa ser notada do lado de fora; 
Espalhe esta luz em torno de si... Dê amor a todas as criaturas vivas... 
A felicidade é o seu objetivo...
E a paz que você procura será encontrada dentro de você,
onde DEUS deixou um pedacinho de si.

Bom ir dormir. Corpo já não é mais o mesmo. Sei que altas madrugadas ele vai reclamar. Saia da cama dorminhoco! É sempre assim. Espero que o domingo de vocês foram excelentes. Sem tristezas é claro. Amigos e amigas durmam esplendidamente bem. Que a semana seja toda cheia de alegria e felicidade. Boa noite! Sonhos maravilhosos!

Lembranças da meia noite. Olá moço!


Lembranças da meia noite.
Olá moço!

Olá seu moço, me diga, quem é que manda no vento? Quem diz para onde vai e quem fala para onde vem? Moço será que o vento é um só? Mas não venta em todo lugar? Vou te dizer a verdade, o vento não sabe a resposta. O vento gosta de ir, de vir de onde ele veio ninguém sabe. O vento é brincalhão. Ele sopra na copa das árvores, gosta de ver as folhas que balançam e choram para não cair. Ela gosta de soprar nas campinas, nas verdes relvas floridas que balançam e dançam como se fossem ondas do mar. E a brisa moço? Tem alguma diferença? Tem a brisa da manhã, que sopra gostosa na face, tem a brisa da tarde que reconforta o frescor. Já me disseram uma vez, que o orvalho da madrugada, é filha da brisa da noite, que se esqueceu de dormir.

Eu ainda pergunto seu moço. E as estrelas no céu? Porque brilham tanto na noite? Não deviam brilhar no dia? Ou a noite foi feita de sonhos e as estrelas que brilham apagam a sua luz, para no dia descansar? Desculpe-me a insistência seu moço, de fazer tantas perguntas. Diga-me então porque as flores são lindas? Porque o aroma que fazem atraem os beija flores? Seu moço desculpe, mas hoje só sei perguntar. As respostas que eu não tenho eu já deixei de sonhar. Mas uma duvida eu tenho, e as chuvas que irão cair? Porque molhar o orvalho e não deixar o sol sair? Moço por favor, não me fale da madrugada, do cantar da passarada e do sol que vai nascer. Eu sei deveras seu moço, não vou falar do meu mel, pois para ti eu garanto, foi Deus quem lá do céu, construiu o tal do vento e o tal do firmamento, só pode ser para fazer sorrir nosso amanhã!

Boa noite meus queridos amigos e amigas. Como sempre o "Velho" Chefe de guerra precisa esticar as canelas na cama. Fechar os olhos, descansar. Quem sabe um sonho lindo? Para vocês eu desejo tudo de bom, que a felicidade faça parte desta terça que vem aí. “Durmam bem”.

Lembranças da meia noite Fim do dia.


 Lembranças da meia noite
Fim do dia.

Mais um dia. Assim eles vão passando. Cada um uma experiência nova. Novos amigos, novos contatos e saber que o mundo gira e não para. Dizem que estamos sempre aprendendo. Não importa se os anos estão passando, se eles são como as escunas que navegaram os setes mares no passado. O presente de hoje já é passado quando terminar de escrever. Planos? Muitos. Escrever o quanto puder. Meu legado? Não sei. Quem sabe minhas historias que aqui deixei poderão servir?

A cada dia descubro coisas novas. Um aqui que diz o que acha do escotismo, outro ali que já pensa de maneira diferente. Fico pelo menos contente em saber que ainda fazem a mesma saudação. Que o cerimonial existe que as patrulhas não acabaram. Isto é bom sinal.

Mas chega dos entretantos e vamos aos finalmentes. Hora de dormir. E quem não dorme? Bem eu hoje estou sem sono, mas o corpo pede cama.
Vamos atendê-lo. Ele merece. Que o sábado de todos vocês sejam maravilhosos. Que tenham lindos sonhos e que Deus esteja com vocês sempre.

Boa noite!  

Lembranças da meia noite. As tardes são para os velhos escoteiros.


Lembranças da meia noite.
As tardes são para os velhos escoteiros.
                    
  
Eu gosto de ver as tardes chegando. São belas. Algumas têm um lindo por do sol, outras uma garoa gostosa e tem aqueles de frio e chuva torrencial. Não importa. Ela sempre me encontrará sentado na minha varanda, para mim um local delicioso e para outros uma varanda comum. Sei que ela faz parte do meu lar. Eu chamo da Morada da Felicidade. Na maioria das vezes a Celia está do meu lado. Ela tricotando e eu pensando. Ficamos horas em silencio. Talvez nossos pensamentos se cruzam.

Minha morada é simples. Nada de palacete, nada de casarão. Uma casa pequena, em uma rua comum, em um bairro de periferia, mas que não o troco por nenhum outro. É uma morada humilde. Eu a tenho em alta conta. Não preciso de mais. Muitos fizeram de suas casas o sonho que tiveram em suas vidas. Eu nunca tive este sonho. Sei que quando me for só levarei o que fiz de bom e ruim. Serão somente as obras que irão prevalecer do outro lado da vida. 

                     Hoje estive pensando na chuva, na garoa fina que se espalhou por toda a manhã. Lembrei-me das garoas, das chuvas que um dia me maravilhou em muitos acampamentos espalhados pelo nosso país. Lembrei um dia de chuva fria e gelada no Pico da Bandeira, de uma densa neblina no Itatiaia, das chuvas torrenciais quando acampava no Rio do Peixe. Lembrei-me quando resolvemos explorar onde se deu o desastre que vitimou os escoteiros e Caio Martins na Serra da Mantiqueira.

 A chuva era incessante. Lembrei-me de trovões que marcaram uma época. Da árvore que caiu em cima de nossa barraca suspensa provocada por um raio delicioso. Risos. Quantas e quantas noites passamos debaixo de chuva, molhados, sorrindo e cantando o Rataplã. A descida perigosa da Serra Da Piedade, onde chovia há três dias sem parar. De quantas e quantas noites choveu na Serra do Cipó. Na travessia do Rio Doce em uma jangada de piteiras, com o rio cheio, e a chuva não parava. Foram centenas de lembranças. Para cada uma delas um sorriso de um tempo que não volta mais.

                    Olhei para a Celia. Ela parecia dormitar ali na varanda com seus apetrechos de agulhas, linhas e afins. A noite chegava calma e gostosa. Uma brisa fresca no ar. O céu carregado de nuvens brancas e cinzas. Lá ao longe a cidade de pedra piscava radiantes suas luzes aos nossos olhos. Hora de dormir. De descansar. De orar e pedir a Deus por aqueles que precisam. De agradecer a ele a vida que nos deu. Sem ostentação sem riqueza, mas cheia de felicidade.

Durmam bem meus amigos. Durmam bem. Que a terça seja linda e que as esperanças continue com cada um de vocês! Boa noite! 

Lembranças da meia noite. As belas terras de São Lourenço. Saudades


Lembranças da meia noite.
As belas terras de São Lourenço. Saudades

Um dia fiz uma letra homenageando um local onde acampávamos, e que eu chamava de Belas Terras de São Lourenço. A música retirei do filme Rio Bravo dirigido por Howard Hawks e estrelado por John WayneDean Martin e Ricky Nelson. Menos de sessenta quilômetros do centro de São Paulo.

 Era realmente um local maravilhoso. Uma lagoa cujas cores seriam como o céu, ou o sol dependo as cores do dia. À noite os sapos cantantes, mais perto uma mata fenomenal que nos trazia uma brisa gostosa de sentir a qualquer hora, e uma bica de águas cristalinas que nos matavam a sede quando precisávamos. Bem afastado da rodovia e da estrada carroçável. Bem lá no fundo era onde os seniores ficavam. Quase dentro da mata. Era gostoso acampar ali. Foi lá que fiz amizade com uma Coruja buraqueira que as noites sempre estava conosco.

Foi lá que conhecemos o gavião malvado que não deixavam os pássaros quietos, e foi lá que tínhamos um espetáculo maravilhoso da linda floresta de borboletas de todas as cores. Não havia bambus, mas o "Assa-Peixe" um arvoredo que quando você cortava nascia mais três pés nos servia perfeitamente para pioneirias. Faz quase 30 anos que não volto lá. Estou ouvindo a musica e sonhando com São Lourenço.  Será que ainda é o que deixei? Não sei. Hoje discutem muito locais de acampamentos. Lembro que a cada três meses saíamos por aí a "vaguear" e sempre encontrávamos lindos locais.

Eu ainda acredito que não faltam bons locais de acampamento, quem sabe falta descobrir estes locais.

E para voces que já possuem estes belos locais, aproveitem e não deixem de fazer lindos acampamentos.

Mas enfim, saudades como dizem não tem idade. E meu Deus! Que saudades das belas terras de São Lourenço! Boa noite a todos.

Lembranças da meia noite. O entardecer é uma hora sublime.


 Lembranças da meia noite.
O entardecer é uma hora sublime.

Mais um dia vendo o entardecer, sem ver o sol se pondo e só muitas nuvens cinzentas no céu. As luzes dos postes começam a acender. Uma brasinha e aos poucos vai aumentando a luminosidade. Sinto um vento frio soprando de sueste para nordeste. Acho que vem do mar. Minha face está fria. Estou longe do mar e assim fecho os olhos e me sinto como se estivesse lá. Adoro o mar! Ali olhando o bater das ondas, quem sabe posso ver uma gaivota com suas asas abertas a voar gostosamente por sobre as ondas A noite vai engolindo mansamente minha visão e agora só ouço o barulho delicioso do mar.

Vizinhos acorrem às portas de suas varandas sem coragem de ficar ali. O frio agora machuca. Eu insisto. Todos os dias lá estou eu em minha varanda mágica. Que faça frio, que chova que o sol me queime. Acredito que nestas horas estou mais próximo de Deus. Penso nele. Penso neste universo imenso, sem começo e sem fim. Sinto-me pequeno. Um menininho que ainda tem muito para aprender e entender a força desta imensidão do espaço sideral. A um caminho longo a percorrer. Muito longo. Não somos privilegiados de agora. Quantos bilhões ou mais de anos se fizeram para estas estrelas que aos poucos vão aparecendo no céu nascer? Uma incógnita. Somos pequenos demais para entender as maravilhas do universo e da força do nosso criador.

Melhor pensar que a noite já chegou firme. Daqui a pouco hora de recolher. Fechar os olhos... Ver que o tempo passou e agradecer ao Senhor por mais um dia. O amanhã irá chegar e vai passar. Tudo passa só não passa o amor de Deus por nós.

Boa noite meus amigos escoteiros e escoteiras. Confirmo de novo o que digo sempre. Sinto-me feliz e honrado em ter vocês como amigos. Mesmo nesta telinha pequena aceitem meu abraço e um beijo na face. O sono chega. Fecho os olhos e agora é hora de sonhar. Que vocês também tenham lindos sonhos. Durmam bem!