Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Assim escreveu Baden-Powell:


Assim escreveu Baden-Powell:

A chave que abre o nosso espírito é o romance da vida na natureza. Onde é que existe um jovem (ou até mesmo uma pessoa adulta) sobre quem não exerçam atração, nestes tempos materialistas, o apelo da selva e os caminhos abertos da terra? Isso, talvez, seja um instinto primitivo, mas, de qualquer forma, existe e é real. O Escotismo oferece ao jovem a oportunidade de tomar sua mochila, seu equipamento, e lançar-se a aventura. O ar livre é, por excelência a escola da observação e compreensão das maravilhas deste grandioso universo. Ele revela aos jovens das cidades esse mundo de estrelas que se escondem atrás dos arranha-céus e que as luzes da cidade e a fumaça das fábricas não permitem admirar.

A escola da vida. (de vários autores no livro de B-P. O Caminho para o Sucesso).
_ A vida é bela quando não é complicada. - - Este mundo é duro para conquistar: Cada rosa tem seus espinhos, mas cada rosa tem sua beleza. - Ninguém passa pela vida sem deixar suas pistas, assim como quem passa pela roça. - Somos bobos quando somos jovens! Porque pensamos sermos mais sábios dos que passaram pela escola da vida, esquecendo que deveríamos aprender deles algo todos os dias.


Nos momentos difíceis, um sorriso nos 99% das dificuldades. Sedes constantes: - Muitos fracassam pôr falta de vontade, paciência e perseverança. Não me distingui em nada, mas provei muitas coisas que me permitiram gostar das alegrias que o mundo oferece. - Nunca pensaram que a vida de um homem adulto de 70 anos é feita de 291 mil horas de vigília? A maioria das pessoas dorme 8 horas quanto bastam 7 horas. Quem dorme 7 horas, ganha na vida três anos!

Baden-Powell um homem que ficou na história de milhões de jovens em mais de 170 países onde se pratica o escotismo. Foi e é considerado o nosso Escoteiro Chefe Mundial e cidadão do mundo!

domingo, 21 de agosto de 2016

A árvore das folhas rosa.


Vale a pena ler de novo.
A árvore das folhas rosa.

                   Era uma visão incrível. Apareceu assim do nada. Fez-se presente para sempre em nossas vidas. Dizem por aí que só os escoteiros têm o privilegio de ver e ouvir coisas, pois eles têm o dom de enxergar de outra maneira a natureza hoje perseguida de maneira implacável pelos homens. Acredito piamente que isto é real. Estava eu em uma pequena trilha, mais quatro amigos escoteiros, todos em fila indiana, tentando cortar caminho para chegar ao Tanque dos Afogados. Desculpem, não morreu ninguém lá e nem é um tanque. Uma represa pequena, dócil, rasa, de águas cristalinas que por duas vezes ali estivemos acampando. Sempre passamos pelo caminho do Marquês mais de doze quilômetros. Não lembro quem deu a ideia de cortar caminho em um vale entre duas montanhas. Nem sempre as boas ideias prevalecem. Passava da uma da tarde. Um sol a pico e queimando. Quase quatro horas de caminhada. O suor escorrendo pelo rosto, os olhos vermelhos e o chapelão de três bicos faziam às vezes de um protetor carinhoso, mas que pouco ajudava.

                  Um local descampado, sem árvores, quem sabe usado como pastagem já que ao longe o gado pastava calmamente. Pensei em parar, mas sempre um animando dizia: - Vamos chegar! Vamos chegar! É só encontrar o vale das Vertentes. E esse não chegava nunca. Uma fome brava. Nem um biscoitinho a solta. Já respirava com dificuldade quando avistei o paraíso. Uma árvore. Não uma árvore qualquer. Era enorme. Incrivelmente linda! Nunca tinha visto uma cerejeira igual. Florida, folhas e flores rosa destoando da natureza ao seu redor. Só ela, ali, imponente e ao seu lado um pequeno riacho de águas claras. Visão maravilhosa. Um oásis dos deuses do paraíso naquele campo seco. Incrivelmente maravilhosa. Molhei o rosto calmamente. A sombra da cerejeira nos dava uma sensação de calma silenciosa e gostosa. Uma brisa fresca soprava de este para oeste. Sentamos embaixo próximo ao tronco. Pés levantados. Dizem ser bom para a circulação. Dez minutos, quinze, vinte. Uma hora. Ninguém animava em partir. Estavam todos no mundo dos sonhos coloridos que só os escoteiros possuem.

                 A tarde chegou mansamente. O sol estava se despedindo e prometendo voltar amanhã. Vermelho atrás das montanhas verdejantes. Ainda de olhos fechados lembrei que tinha lido não sei onde – “A flor de cerejeira cai da árvore na primeira brisa mais forte, mas não dizemos que ela nunca viveu. Uma flor que só dura um dia, não é menos bonita por isso”. Não queria abrir os olhos. Não queria partir. Eu tinha encontrado o paraíso. Não disseram que o tempo é relativo? Que a flor da cerejeira, por exemplo, dura apenas uma semana e mesmo se durasse mil anos ainda seria efêmera? Flor tão bela como ela não merecia durar eternamente? E o que é eterno se não o que dura com tamanha intensidade? Dormi. Não queira acordar. Agora a cerejeira não dava mais sombra. Não precisava, a noite chegou escura, mas logo o clarão das estrelas no céu dava o seu espetáculo a parte.


                Reunião de Patrulha. Partir? Cinco a zero para ficar. Um foguinho. Uma sopa, um café na brasa. Cantando baixinho a Árvore da Montanha. O céu estrelado ainda dando seu espetáculo maravilhoso. Um cometa passou correndo deixando um rastro brilhante. Fiz um pedido. Que a cerejeira em flor durasse para sempre! Aos poucos alguns dormiam. A cerejeira das folhas rosa era nossa barraca. O tempo passou. Ao lado algum anjo velava o sono dos escoteiros. Abri os olhos mansamente, uma réstia de luz aportava lá por trás das montanhas distantes. Era a madrugada chegando. O novo dia chegava sem fazer alarde. O orvalho caia de mansinho. A brisa eterna amiga não nos deixou. Um acalanto para nos dar um novo vigor no dia que chegava sem fazer ruído. O riacho ao lado parecia cantar canções de ninar. Pequenos peixinhos nadavam como a nos dizer bom dia!  Mochila as costas. Olhares e sorrisos entre nós. Escoteiros avante! Pé na estrada, pois o sol agora já estava firme no horizonte. Nosso destino? O Tanque dos Afogados. E lá fomos nós, em marcha de estrada sorrindo, mas saibam que nunca mais, em tempo algum, nós nos esquecemos da árvore das folhas rosa. Cerejeira em flor. Um amor, uma lembrança que ficou marcada para sempre!

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Lembranças de cursos escoteiros.


Lembranças de cursos escoteiros.

Chefe, não tenho o direito de errar? - Era uma palestra em um curso. O tema era o Chefe e sua responsabilidade no contexto educacional do método escoteiro. Falar muito iria polemizar e fugir do tema central que estava sendo desenvolvido. Preferi em um momento de folga dar a ele a resposta que me pediu. Após o almoço regado a suco de maracujá, conversamos:
- Meu amigo chefe, quando analisamos uma trilha percorrida, nela sempre encontraremos o ponto onde erramos. Se corrigirmos os planos, podemos iniciar uma nova jornada. Tentar outra vez é como se fosse aprender a fazer fazendo. Assim também quando cairmos. Levantar porque só não caí quem não aprendeu a cair. Disso sabe o bebê que aprendeu a andar. O filhote de pássaro que aprendeu a voar. Não podemos desistir de continuar nossa luta. Pode não ter acontecido, pode ter falhado, mas quando tentamos realizar algum de bom sempre conseguimos.  O maior fracasso sempre foi o de não tentar.  Devemos nos orgulhar em dizer – “Pelo menos tentei”.
- Ele me olhou espantado, não esperava aquela resposta...

Bons tempos junto a quem realmente queria aprender a ser Escoteiro. 

domingo, 14 de agosto de 2016

Histórias de Fogo de Conselho. A Morada do Fantasma.


Histórias de Fogo de Conselho.
A Morada do Fantasma.

        Todos nós temos uma história de fogo de conselho para contar. Uns contam como se fosse real outros buscam na memória um conto qualquer lido em algum momento de sua vida. Esta história aconteceu em um acampamento de Tropa no sitio da Viúva. Quatro patrulhas vibrantes e com uma ótima programação feita por eles. No último dia o Fogo de Conselho. Os monitores escolheram um local próximo a uma pequena mata, onde existia uma casa abandonada e todos concordaram. Distante do campo uns 400 metros. A Patrulha de serviço não perdeu tempo. Fez um ótimo fogo preparado dentro dos padrões técnicos para evitar incêndios. Pretendiam que fosse acesa com o máximo dois palitos de fósforos. Se não conseguissem, outra patrulha assumiria o que dificilmente acontecia. Era uma tradição na Tropa.

       Em nossos fogos de conselho não havia um “Animador de Fogo”. Experientes sabíamos que no desenrolar da noite muita coisa seria lembrada e preparada na hora. Qualquer programa escrito estava fora de cogitação. Não iriam se prender a um roteiro, pois sabiam que como os outros fogos a participação era completa. Sabiam o que queriam e iriam fazer conforme aprenderam com esta tradição. Se havia uma coisa que detestavam era o tal Lampião do Conselho. Dava até vontade de rir do tal Lampião. Diziam que um bom mateiro ascende o fogo em qualquer tempo e em qualquer lugar! Eu acreditava, pois o adestramento da tropa sempre foi um dos melhores.  Enquanto isto os demais não se afastavam muito, pois a escuridão da noite e o lugar davam calafrios. Uma noite de céu estrelado, sem luar. Assentaram a bel prazer, enquanto um Escoteiro ascendia o fogo. No primeiro sinal da chama ficaram de pé, e como tradição antiga  invocaram os Espíritos dos Ventos e a viva voz, cantaram a Canção do Fogo de Conselho. Cantavam com gosto. Às chamas já se esticavam aos céus quando terminaram. Ouviram alguém bater palmas. Não eram eles. Se havia alguém escondido para amedrontar não seria com aquela Tropa. Um dos chefes deu uma busca em volta da casa e dentro dela. Nada.

Continuaram. Logo uma Patrulha imitava outra quando da enchente (no primeiro dia uma forte chuva encheu as barracas de lama). Surgiram palmas escoteiras inventadas na hora. Uma parada para conversa, um chocolate quente, uma mordida num biscoito. Conversas paralelas. Alguém alimenta o fogo, um dedilha o violão e outro começa a cantar. Alguns acompanham dois se encaminham para o centro da arena e começam a representar um Chefe e um Monitor. Risadas, palmas. Pedem um jogo, um Monitor se oferece para fazer um novo, aprendido em outra atividade. Um grito. Não muito alto. A tropa se cala. É brincadeira de alguém. Eles aceitam a participação do “Fantasma”. Irão quebrar a cara pensam. Não foi a primeira vez. Ouvem outras em outros acampamentos. Agora não seriam surpreendidos. Continuam às canções, improvisações, batem papos, jogos e até o Velho e conhecido Serafim voltou para jogar uma boa turma de novos ao chão. Não faltou o Contador de Histórias, e nessa o monitor mais antigo  se destacava.  Era assim o fogo da Tropa.

Às brasas começaram a aparecer. A lenha foi terminando e o sono chegando. Uma boca abre aqui, outra ali. A noite avançou sem ninguém perceber. Um Chefe convida a todos para a cerimonia de encerramento com a Cadeia da Fraternidade. Começam a cantar e param. Todos olham para dentro da casa e vêem uma luz azul brilhante. Ficam estáticos. Alguns vão até lá e dentro da casa não há luz! - Já existem tremedeiras. Sem falar voltam para o acampamento. Ninguém quer ir à frente nem ficar atrás. Dormiram encostados uns nos outros mesmo com a chefia alegrando e encorajando todos. 

No dia seguinte, após o desarme do campo, na cerimônia da Bandeira, um morador das proximidades estava presente assistindo de longe. Um Chefe o convidou para participar na ferradura. Ele veio sem jeito e ali permaneceu até o final. Uma rodinha se formou em redor dele. Queriam saber se ele sabia da historia da “Morada do Fantasma”:


- A casa foi construída pôr um jovem meeiro (usa terra da fazenda para plantar e um terço é do fazendeiro) da Fazenda do Quincas - disse – Conheceu Ana Luzia e se apaixonou. Casaram-se no outono de 1979. Ele mesmo construiu sozinho esta casa e viviam como um conto de fadas. Quatro meses depois ele matou a mulher porque achou que ela o traia. Não era verdade. Foi preso e condenado há vários anos de prisão. Ninguém sabe onde está e quando vai sair da cadeia. O que todos sabem é que o espírito ou “fantasma” da mulher não abandonou a casa e até hoje e a mantém limpa e arrumada, mesmo sem móveis sem nada. Um padre já benzeu a casa, mas ela não sai de lá. Ah! Histórias. Quantas delas tem um pouco de verdade?

domingo, 7 de agosto de 2016

Não é escoteiro? Não? então é meu convidado.

Não é Escoteiro? Não? Então é meu convidado.



- Olá! Venha brincar conosco. Brincamos de fazer emoções, caráter e honra. Somos um punhado de milhões espalhados pelo mundo do Senhor. Somos escoteiros do Brasil, mas se mora em outro país não existe distinção. Fraternidade não tem fronteiras. Guardei um lugar para você. Seja homem ou mulher, aceitamos todos sem distinção.  Mas lembre-se do que disse nosso Mestre Fundador: - Todos podem entrar nos escoteiros, mas ser Escoteiro não é para qualquer um!



Você pode escolher onde ficar tem lugar prá todo mundo, dos sete aos cento e setenta! Pode ser um lobo de Seeonee, dançar na pedra do Conselho e ali ter Akelá e Balu para ajudar. Tem também a Kaa serpente amiga, tem a Bagueera pantera negra que sempre grita nos montes: - Somos irmãos eu e tu! Tem o lobo Gris nossa! Você vai ter amigos demais. Venha, boa caçada e se divirta, pois aqui somos todos amigos nesta floresta de Mowgly.



Vou contar o segredo. Só entre você e eu. Se tiver na idade ser Escoteiro é demais. Amigos de prontidão, na patrulha do leão ou em outra qualquer, vais aprender sobre a pátria, sobre a honra e a palavra. Vais para o campo como foram nossos bandeirantes. Vais aprender a fazer sua própria refeição, vais nadar no remanso junto aos peixes do lugar. Vais dormir na barraca ou sob a luz do luar. Seja você menino ou menina, aqui somos todos irmãos.  Vivendo em grupo que chamamos patrulha, onde sempre dizemos um por todos, todos por um! Sempre Alerta é nosso lema, flor de lis nosso emblema, Escoteiro é bom demais. Telefone guardei um lugar para você!



Tem lugar prá todo mundo, seja Sênior ou Pioneiro. Vai divertir o ano inteiro, na vida de aventureiro explorando serras tão altas que dá para tocar nas nuvens. Irás conhecer as matas e campinas e construindo... Dormindo no chão de estrelas, fogo brando, seja lá na caverna ou na gruta do Urso amigo. Moço ou mocinha, aqui são sempre bem vindos. Apareça, venha viver nossa vida, aceite nossa guarida, pois aqui não tem raça credo país. Aqui dizemos que fraternidade é nosso lema, entre em nosso esquema e seja como um nós. Bem vindo seja você um Sênior, guia ou pioneira.




Olá! Já é maior de idade? Ainda sente saudade dos tempos que já passou? Venha sonhar com a gente, torne-se de repente um voluntário valente que chamamos de Chefe nome pomposo demais. Chefe? Putz! Você nem sabe como é bom, viver com a escoteirada, ensinar a eles o caminho a seguir, a saltar um obstáculo, um caminho a evitar, beber a água da fonte, água da nascente, ver o sol poente e o alegre despertar no acampamento ou acantonamento. Aceite um aperto de mão, esquerda, por favor! Pois além de ser do lado do coração, o Zulu nos garantiu que só os valentes entre os valentes se saúdam com a mão esquerda! Bem vindo a nossa casa. Ela é simples, mas é formosa.  

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O lenço Escoteiro.


Curiosidades.
O lenço Escoteiro.

Hoje fiquei sabendo que é o dia do Lenço Escoteiro. São tantos os dias dedicados a alguém ou mesmo um objeto que me perco em todos eles. Ainda bem que tem grandes pesquisadores para lembrar. Não poderia deixar a data passar em branco. Tive meu primeiro lenço, verde e amarelo quando participei do Grupo Escoteiro São Jorge em Governador Valadares, faz tempo. Eu tinha sete anos, 1947 por aí. Depois usei um vermelho e preto no Grupo Escoteiro Walt Disney em Belo Horizonte. Trabalhando na Usiminas lá pelos idos de 1961 quando eu e o Carlos organizamos o Grupo Escoteiro Tapajós depois de noites sem dormir pensando qual lenço seria decidimos pelo vermelho e branco. Em São Paulo usei por dois anos o lenço do Grupo Escoteiro Paineiras com muitas cores e encerrei minha carreira em grupos no Águia Branca de Osasco. Nunca esqueci meu primeiro lenço. Eramos tão amigos que ele conversa comigo. Acordava-me de madrugada só para reclamar que não estava bem passado. São coisas de lenços escoteiros. Mas hoje é outra história. É o dia dele e vamos homenagear.

O lenço Escoteiro.
Mais do que uma simples peça do uniforme? Claro que sim! O lenço escoteiro é um pedaço de tecido de forma triangular, parte fundamental do uniforme de todas as organizações escoteiras ao redor do mundo. A peça foi adotada pelo fundador do movimento escoteiro Robert Baden-Powell por ter dimensões muito próximas as de ataduras triangulares muito usadas em primeiros socorros. Usado geralmente em cerimônias, o lenço é enrolado, colocado ao redor do pescoço e então preso com um anel. Cada Grupo Escoteiro tem liberdade para definir as cores e o emblema de seu lenço. É uma tradição em acampamentos e eventos ao redor do mundo trocar lenços com outros escoteiros, sendo que alguns chegam a formar verdadeiras coleções.

Todas as unidades estaduais e a unidade nacional da UEB possuem lenços próprios. O lenço nacional, usado em cerimônias e eventos internacionais, era azul e tem por emblema o cruzeiro do sul bordado em branco. (me parece que foi alterado). O Lenço de Giwell é um dos mais antigos lenços escoteiros do mundo, adquirido ao se completar as etapas da insígnia de madeira (curso treinamento de chefes escoteiros).

PENSAMENTOS DE BP:
O lenço Escoteiro
Eu tive uma questão proposta a mim sobre a relação entre a boa ação e o nó do lenço escoteiro. Minha idéia era que o Escoteiro, pela manhã, deveria fazer um nó extra em seu lenço ou deixá-lo por fora de seu colete até que tenha feito à boa ação do dia, quando então poderia voltar ao uso ordinário do lenço por dentro do colete ou com um nó simples nele. Por essas estúpidas palavras da minha parte algumas impressões confusas surgiram no estrangeiro, mas penso que não importou muito – as boas ações eram realizadas todas do mesmo jeito.

Com o passar do tempo vimos que o lenço tinha muitas utilidades e era questão de honra cada um aprender a usá-lo e conhecer suas diversas utilidades. Todos aprendem a usá-lo como tipoia, como fabricar uma maca, amarras diversas principalmente em talas feitas para estancar hemorragia, transportar pesos na cabeça, servindo de almofada. Numa situação temporária, fazer de cinto. Tapar, por exemplo, massa a levedar, ou alimentos frescos. Para filtrar água com sujidades naturais (poeira, folhas, erva) Para proteger o pescoço do sol, usando-o normalmente.

Final.
Durante muitos anos, os lenços dos escoteiros eram quadrados, dobrados em triângulo e depois enrolados. Na lista de material individual pedido aos rapazes de Brownsea, constava um lenço, preferencialmente de cor verde escuro. Nas pontas, é tradição dar-se um nó simples para lembrar a Boa Ação diária. O termo em inglês para o nosso lenço é “neckerchief” ou “scarf”. Só por volta de 1923 é que se tornou hábito usar uma anilha nos lenços, pois, até aí, era simplesmente usado um nó tipo gravata. Os escoteiros americanos só começaram a usar o lenço no uniforme a partir de 1920.
No Brasil o lenço escoteiro deve ter catetos medindo de 60 a 90 cm, sendo os grupos escoteiros responsáveis por suas cores e emblema.
Feliz dia do lenço. Um orgulho para cada um dos oitenta e tantos mil escoteiros do Brasil e dos mais de 25 milhões de escoteiros no mundo.