Lembranças
da meia noite.
Pensando
em mim e nos outros.
Pela manhã e a tarde faço caminhada. Pequenas. Vou sem rumo. Não
se aonde vou e como vou. Não tenho direitos de me queixar nestas caminhadas.
Quem foi que disse que meus direitos começam onde termina o seu? Isto existe
mesmo? Direitos? Que direito? Se andar a pé o passeio não é para mim. Cheio de
degraus. Foram feitos para entrada e saída de veículos. Não para os pedestres.
Os carros? Estacionados em cima do passeio. Andar onde? Na rua. Vem um carro,
encolho e o motorista grita: – Sai da rua velhão!
Uma rua calma. Mas os carros fazem dela uma pista de corrida.
Grito: Têm velhos e crianças! – Eles respondem: - Vai a PQP – Tento entrar no
ônibus. O motorista arranca. – Quase caio na rua novamente. E ele me olha com
cara feia. O errado sou eu. Entro no Banco. Uma placa diz que os idosos terão
preferencia. Esperei duas horas para ser atendido.
E os meus ouvidos? O vizinho acha que todos devem ouvir suas
melodias. Melodias? Sei não! – Abre as portas do seu carro e o som gritante
viaja até minha sala. Meu amigo, as músicas tocadas são demais. E dizem que
estamos evoluindo. Adeus Mantovani. - Reclamar para quem? Quais são os meus
direitos? Direitos? Eles não valem. Valem para os grandes, os políticos. Eles
sim têm todo o direito do mundo. – Vote bem dizem. Correto mas em quem votar e
dizer que votei bem? Alguns me aconselham, o fulano é bom, está lá há dez anos!
Umm! Dez anos? Melhor calar. Falar o que?
Como diz o Patropi – Sem crise irmão. – E sem crise. Daqui a cem
anos teremos nova mentalidade. Cem anos? Pode ser que esteja por aqui, mas será
que irei reclamar como hoje? Risos.
Boa noite meus amigos. Durmam bem. A vida é assim mesmo. Não
temos como fugir dela. Que o Senhor os abençoe. E como diz o mineiro – Inté!
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