Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O contador de histórias


O contador de histórias.

                       Chamam-me de Contador de Histórias. Um elogio? Hosanas ao Senhor.  Nesta hora esqueço meus tempos de menino Escoteiro, brincando por aí uma aventura sem igual. Sei que contar histórias é uma arte, uma arte gostosa, palatável de agrado de todos que ouvem apreciam e vão vivendo a historia como se fosse real. Dizem que as histórias nos Fogo de Conselhos são as melhores. Outros garantem que em um dia chuvoso na sede elas tem seu lugar. Mas em volta da fogueira alta, o Contador de Histórias sorrindo, gesticulando a história surgindo, todos de olhos fixos tentando viver os personagens daquele narrador encanta. Os olhos da moçada não piscam. Até mesmo os grilos e pirilampos com suas luzes brilhantes e saltitantes parecem querer também participar da história. E o ar se perfuma de cheiro de rosas. Um vento gostoso passa para dar novo sabor ao narrador. É lindo estar ali com amigos, vendo um céu de estrelas, ouvindo o piar de uma coruja escondida com seus olhos grandes, negros sem piscar em um galho qualquer da floresta encantada. Quantas historias contei? Quantas eu escrevi? Milhares? São tantas que nem dá para comparar com as estrelas no céu nas noites sem luar.

                       Tem hora que esqueço dos meus tempos de Escoteiro. Das pioneirías fantástica que construímos, das minhas jornadas, das viagens por lugares desconhecidos. Quantas noites olhando o céu de estrelas? Quantas luas eu vi entre árvores frondosas de uma floresta encantada? Não adianta pensar que tudo se foi se esta preso na mente e não sai mais. Não dá para voltar no tempo e ele se foi para manter a esperança e a saudade dizendo que valeu a pena. Eu mudei minhas jornadas feitas com uma mochila um chapelão e deixei de atravessar montanhas e vales para me enveredar com as letras saltitantes aqui e ali, juntado uma as outras até formar uma história ou lenda que até então não tinha imaginado. Alguém um dia me disse que um Escoteiro é sempre um contador de histórias. Ele vê tudo que lhe acontece através delas. E ele tenta viver a sua vida, como se estivesse contando uma história... Ou a sua história...

                       É na força das palavras que eu coloco o que penso e escrevo o que quero: - Eu sei que existem mil motivos para não contar histórias. Mas existem um milhão de outros para espalhar o fato através de doces sementes que podem surgir na mente e ficar para sempre na memória. Dizem que os poços das fantasias sempre acabam por secar e o contador de histórias cansado tentou escapar como podia: - O resto... Ah! O resto só amanhã. E ele respondia: - Meu amigo já é o amanhã! E eu? Eu sou um contador de histórias. E quem sabe não estive em muitas delas?
Bela e linda tarde para todos vocês!






A Morada do Grande Acampamento no céu.


A Morada do Grande Acampamento no céu.

                         Passeando encontrei este artigo sobre a vida de Baden-Powell que pela sua simplicidade mereceu de minha parte toda atenção. Quem escreveu me parecer ser um leigo em escotismo, mas sua maneira de narrar o que conheceu sobre a vida de B-P torna-se para mim um grande artigo e que publico em minhas páginas e grupos.

A maior parte das pessoas que lerem este texto não terá conhecido o personagem desta história, mas também é quase certo que você pelo menos viu em desenho ou na tevê aquelas crianças com um pano enrolado no pescoço. A ideia para tudo isto surgiu de um homem que partiu há exatos 69 anos. Baden Powell (o militar inglês e não o músico brasileiro) foi uma das mentes mais influentes do século XX, e suas ideias já moldaram o pensamento de mais ou menos 400 milhões de pessoas até hoje.

Ainda assim, seu nome não é lá muito lembrado, ao lado de outros figurões, notadamente políticos. Robert Stephenson Smyth Baden-Powell (ou apenas BP, se preferir e se sentir íntimo dele), nasceu em 22 de fevereiro de 1857, tenente-general do Exército Britânico. Entre tantas habilidades, impossível não destacar que era um brilhante escritor, desenhista, naturalista, e (porque não) um revolucionário, entre outras ocupações, foi o fundador do Movimento Escoteiro.

História
Lutou na Guerra dos Bôeres, na África do Sul, quando delegou algumas tarefas para garotos como entregar mensagens, prestar os primeiros-socorros a feridos e cuidar das provisões durante a batalha. Diante das dificuldades, os garotos cumpriram seu dever com bravura, tão bem, ou melhor, do que os adultos. Depois disto, escreveu a revista “Aids To Scouting”, que se transformou no livro básico para o escotismo, “Scouting for Boys” (Escotismo para Rapazes). Pôs em prática seus pensamentos em um acampamento na Ilha de Brownsea, na Inglaterra, em 1º de agosto de 1907, considerada a data de fundação do Escotismo.

O livro é tido por alguns estudiosos como o mais vendido do século XX na língua inglesa, e está entre os dez mais vendidos de todos os tempos. No livro, ele escreve que passou os melhores momentos de sua vida como “escoteiro-do-mar, em aventuras de jangada em rios quando criança”.

Exemplo
Apesar de inglês, BP amava a África, e no começo da sua carreira militar realmente acreditava estar levando a “civilização” para a população nas colônias inglesas do continente. Porém, ele começou a criar contatos com tribos e a perceber que cada uma tinha sua própria cultura, digna de respeito e que não perdia em nada para um mundo civilizado que os colonizadores tentavam impor. O círculo com um ponto no meio significa “voltei para casa”.

Lápide de BP com o sinal de pista, clássico no escotismo, significa “voltei para casa”. Além disso, as guerras que lutou e os horrores que assistiu o fizeram crer que a paz entre os povos deveria ser alcançada, respeitando-se as diferenças. Desse afeto para com a África, foram absorvidos diversos costumes, em gestos e palavras, que os escoteiros carregam até hoje.


BP expressou em vida o desejo de ser enterrado na África. Seu túmulo está localizado em Nairóbi, no Quênia. Na lápide, está gravado um sinal de pista, símbolo utilizado por escoteiros em trilhas nas florestas, para orientação.