Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Obrigado por me dar a honra de ser meu amigo e minha amiga!



O ANO FINDA, OUTRO COMEÇA, E COMO BOM MINEIRO DIREI AO ENTRAR EM 2014 - “A NÓS AQUI TRAVEIS”!

Obrigado por me dar a honra de ser meu amigo e minha amiga!

Hoje não vou escrever uma história. O dia foi para analisar o ano que passou. Um ano proveitoso para muitos e principalmente para mim que adquiri centenas de amigos. Os amigos chegaram e os recebi de braços abertos. Na minha página do Facebook, no Grupo Escotismo e suas Histórias, em meus sete blogs sem contar um Clube de leitura via e-mail onde os comentários do que escrevo são vários. Nem todos concordaram com tudo que escrevi, mas não dizem que toda unanimidade é burra? Bem vindos os que deram sugestões, os que fizeram críticas simpáticas, os que por falta de tempo nada disseram. Todos a sua maneira enriqueceram as minhas publicações.
Nunca em minha vida me senti tão feliz ou quem sabe, mais feliz do que se estivesse na ativa com os jovens. Publiquei milhares de fotos quase todas de jovens enaltecendo o escotismo, respondi centenas de e-mails de membros do escotismo todos com suas dúvidas. Em quase todas as minhas escritas fiz questão de falar em um escotismo autêntico, de uma Lei de uma Promessa, comentei sobre a honra, a palavra, a lealdade, a ética e tudo que nossos jovens precisavam conhecer e saber. Se não ajudei mais foi porque minha saúde não ajudou.
Não agradei a todos. Sabia que não. Usei da minha liberdade de pensamento para discordar com nossos dirigentes com os destinos do escotismo no Brasil. Não bati palmas como alguns queriam. Poucos formadores entraram em contato e por isto não dei um sorriso e um abraço, mas aos demais chefes eu fiz tudo para motivá-los. Sai duas vezes da minha caverna para visitar atividades escoteiras a convite. Senti-me honrado onde fui. Por falta de outros convites não houve mais visitas.
Não sei o que me reserva em 2014. Espero que repita 2013 um ano muito frutífero para mim. Entretanto o que vier aceitarei sem reclamar. Seguirei sempre nesta trilha de falar o que penso, de passar o que aprendi, de ajudar quando posso e estar sempre com um sorriso, claro quando não for chorar. Obrigado amigos e amigas por me aceitarem como sou. Estou orgulho de ser amigo de todos vocês.

Gostaria de estar presente e apertar a mão individualmente de todos. Não sendo possível o faço mentalmente com orgulho de ter você como meu amigo. Que 2014 seja o ano do escotismo. Não importa qual nação. Que a felicidade more no coração de todos vocês para sempre!

FELIZ ANO NOVO!

Chefe Osvaldo Ferraz.

sábado, 28 de dezembro de 2013

O mundo enlouqueceu!


Lembranças da meia noite.
O mundo enlouqueceu!
(só para divertir, sem crise, sem crise, que loucura meu!).

                    Não sabia o que dizer. Era incrível a notícia. De novo não. Não podia ficar tendo pesadelos assim. Pelo amor de Deus! Já estou "Velho" demais para isto. A continuar deste jeito, terei que buscar meu velho bastão escoteiro no fundo do baú ir para minha varanda e ficar fazendo continência para os transeuntes. Assim ficaria sem dormir por muitas noites. Melhor ficar de sentinela na minha varanda velando os borrachudos infernais que ter estes pesadelos absurdos! – Mas estava lá, em letras garrafais nos principais jornais do país. As televisões não sessavam de propagar aos quatros ventos: - José Maria Marin, presidente da CBF demite Luiz Felipe Scolari e toda a Comissão Técnica. Não sobrou ninguém. Ele quer tudo novo então convidou a cúpula da UEB para assumir! Pode! Meu Deus! Onde estamos?

                    Perguntado Marin respondeu – Temos que mudar. Se for para melhor não sei. Mas os diretores e presidentes da UEB tem muita experiência. Já mudaram tudo lá na organização deles. Agora precisamos de um choque de gestão aqui. Quem me aconselhou foi o Pelé. Até o Ronaldo também foi a favor. O Newmar foi contra. Pediu para ser vendido para o Cazaquistão. Claro, sei que haverá uma grita geral. O Juca Kifouri e o Tostão estão batendo palmas! Na coluna do José Simão ele escreveu – Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente! O esculhambador-geral da Republica! Direto do planeta da piada pronta: Escoteiros vão ganhar a taça do marreco! Vem aí um novo técnico da seleção Brasileira. Vão escolher entre os diretores e dirigentes das regiões escoteiras!

                    A repercussão era enorme. Eliane Cantanhede da Folha de São Paulo escreveu dizendo que era o fim do mundo. Clovis Rossi disse – Danou-se! E Josias de Souza colocou uma tarja preta na sua coluna diária. O Estado de São Paulo e o Globo montaram barraca em frente à sede da UEB em Curitiba. O DEN e o CAN se reuniam em portas fechadas. Em todas as regiões os Diretores Regionais queriam participar. Perder esta boquinha? E-mails eram enviados a cada cinco minutos. Em Belo Horizonte um time de várzea botou todos seus jogadores de uniforme de escoteiros e desfilaram em carro aberto dos bombeiros pela Avenida Afonso Pena. Em Porto Alegre o Grêmio e o Internacional se revoltaram. No Rio de Janeiro só o Fluminense concordou. Ele tinha histórias escoteiras de tapetão para contar. A Portuguesa chorou por anos a fio e até aconselharam ela a ler os estatutos da UEB para não fazerem bobagem.

                  Alguém da UEB saiu à porta, todo pomposo com a vestimenta nova – Primeiro ato ele disse – Vamos mudar o uniforme da CBF. Já temos uma nova vestimenta no escotismo com grande sucesso e para isto foi feito urgente pesquisas virtuais com muitos brasileiros. Segundo ato, continuou – Não queremos mais nenhuma taça do passado. Passado e tradição para nós não vale agora só o presente. Terceiro ato não nos peça prestação de contas do Jamboree. Se alguém interessar compre o burrico de São José e venha à sede nacional montado nele. Depois de identificado vamos pensar. E assim foi anunciando as mudanças. De norte a sul os chefes se dividiam. Em são Paulo a escoteirada foi às ruas gritando Curintians! Um pandemônio. Os Grupos Escoteiros fizeram reuniões as pressas. Queriam saber quem era bom de bola entre seus associados. Meu Deus!
                   Acordei gritando! Celia chegou correndo e me trouxe um copo d’água. Melhor veneno mulher. Melhor veneno. Não posso ficar sonhando assim! Não dormi mais. Peguei meu velho bastão de guerra e fiquei no portão da minha casa em posição de sentido e dando Sempre Alerta a todos que passavam!


Boa noite a todos e bons sonhos. Um lindo e excelente domingo na paz de Deus.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O fogo que aqueceu o menino


Lembranças da meia noite.
O fogo que aqueceu o menino

Conta-se...
Que o fogo que aqueceu o menino ao lado da manjedoura, naquela noite inesquecível,
Sentiu-se profundamente honrado em servir, de forma tão especial... Mesmo que por tão pouco tempo.
Conta-se...
Que nem mesmo o fogo foi o mesmo, depois da chegada daquele menino.

Talvez a palavra servir ande desgastada. Ou ainda, vague por aí nas brumas da incompreensão ou do preconceito, como tantas outras. Falar em servir, falar em servo remete-nos a sofrimento, a subserviência, a subjugação. E, disso tudo estamos enfadados realmente. Porém, a palavra servir é uma das mais belas que existe, uma vez que descobrimos seu verdadeiro sentido. E, nada como o Natal para descobrir significados novos, ampliar horizontes, refazer caminhos e compreensões da vida.

Servir é devotar-se a algo, a alguém. Servir é entregar-se a uma causa, a um amor, a um ideal. Assim, ser servo é ter sentido na vida, é ter noção clara para onde se quer seguir todos os dias. Servir à família, servir ao casamento, servir à profissão, servir à comunidade...

Não se trata de se colocar abaixo, no sentido de se ter menos valor do que... Trata-se de doar-se inteiramente a algo em que se acredita. Se percebermos bem, em a natureza tudo serve. E mais, serve feliz. Notemos isso com atenção: na natureza tudo serve com alegria. Quando encontrarmos, finalmente, nossa vocação maior de servir, servir por completo, descobriremos um caminho seguro para nossa própria felicidade.
Neste Natal, quando recordamos o nascimento do Mestre entre nós, e refletimos sobre tantas coisas, pensemos sobre isso.

Ele, o maior de todos, Espírito puro, foi capaz de dizer: Estou entre vós como quem serve. Sim, Ele se comportou como grande servidor. Suas lições, Seus exemplos, Sua doação completa foram sua forma sublime de nos servir, para que conhecêssemos o amor de uma forma nunca antes ensinada. O espírito do Natal, então, é o espírito de servir, de dar, de dar-se, e não de receber.

Olhe para os lados e pergunte: De que forma posso servir melhor minha família? De que forma posso servir minha comunidade? Como posso ser um bom servidor de meu país? Cada um de nós pode servir de muitas formas! Não é necessário ter posses para servir. Servimos com palavras, com habilidades, com nosso tempo, com nosso sorriso, com nossa amizade.

Façamos algo diferente neste Natal, perguntando: De que forma posso servir? De que forma posso servir melhor? A vida vai nos responder prontamente, pois o trabalho sempre aparece para aqueles que se predispõem a laborar pelo bem. Dessa forma, estaremos figurando nas fileiras luminosas daqueles que trabalham pelo bem na Terra, daqueles que, incansáveis, vêm sendo os agentes transformadores do planeta.
Juntemo-nos a esses tantos servidores humildes, anônimos, do bem. Juntemo-nos aos servidores do Cristo, prestando-lhe a mais bela homenagem que se pode prestar em Seu aniversário.

Conta-se...
Que nem mesmo o fogo foi o mesmo,
Depois da chegada daquele menino.
 Andrey Cechelero.


Boa noite amigos e amigas. Que a noite de natal tenha sido bela e proveitosa. Aceite meu abraço fraterno e uma excelente semana pela frente.

domingo, 22 de dezembro de 2013

A Coruja e a Águia


Lembranças da meia noite.
A Coruja e a Águia

Era uma vez... Uma coruja e uma águia. Depois de muita briga, resolveram fazer as pazes. Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e existe tolice maior no mundo que andarmos a comer os filhotes uma da outra? - Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.

- Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes? - Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.

- Está feito! - concluiu a águia. Dias depois, andando a caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre foi justar contas com a rainha das aves.

- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
MORAL:
Quem o feio ama, bonito lhe parece.


Boa noite queridos amigos e amigas. Durmam alegres e acordem felizes e assim a segunda feira será espetacular!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A promessa.


Lembranças da meia noite.
A promessa.

                A promessa é uma força, uma direção que você dá ao seu esforço. E o esforço lhe conduzirá de esforço em esforço, através da vida até a meta que você se propôs.

A promessa é uma força.

                Quando você a tiver apresentada, você não será melhor, mas mais forte. E se em algum dia lhe acontecer de não saber bem se uma coisa pode ou não ser feita, você se lembrará de que, em uma noite, perante um fogo tranquilo, na hora nas quais as luzes se atenuam e os barulhos diminuem, no meio de companheiros que tinham o seu mesmo ideal, você prometeu de servir a Deus, e então não mais hesitará. Saberá se aquela coisa poderá ou não ser feita.

A promessa é uma força.

              Nem sempre você estará tão bem disposto quanto hoje. Você nem sempre terá esta alegria transbordante e esta calma serenidade, porque na vida há tempestade, grande cansaço, desprazeres dos jovens e tristezas provenientes dos adultos, improvisadas incertezas. Então, talvez, uma triste manhã de um triste dia você se dirá: “Mas porque tudo isso?”.

              E, você se lembrará de que, em uma noite, perante um fogo tranquilo, na hora nas quais as luzes se atenuam e os barulhos diminuem, no meio de companheiros que tinham o seu mesmo ideal, você prometeu de servir a Deus. Não mais dirá “Mas porque tudo isso?”, mas visto que você só tem uma palavra, porque a sua alma é simples e reta, porque você não pode servir a dois senhores, nem obedecer a duas leis que se opõem você se manterá fiel a sua Promessa, servirá a Deus, ajudará ao próximo e obedecerá a Lei.

A promessa é uma força.

Outros a mencionaram antes de você. Mas é sempre a mesma coisa, a mesma disciplina a qual você se impõe voluntariamente, a mesma obediência, e o mesmo serviço que se escolhe livremente.
Livremente você chegou até nós. Assim como livremente caminhou nas nossas fileiras. Conhece os escoteiros assim como lhes conhece a deles a Lei, o ideal: você então sabe que deve ser um jovem simples e forte, ativo e alegre. Você sabe que deverá ser um homem simples e forte, ativo e sereno.
Você sabe tudo quanto acima e deseja que assim seja. Então, perante este fogo tranquilo venha pronunciar a sua Promessa.
(Retirado do livro de Lezard) - Cortesia Masciit.


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Um sono reparador, um sonho feliz e um amanhecer cheio de esperanças.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Não é bom fazer os outros felizes?



Lembranças da meia noite.
Não é bom fazer os outros felizes?

Pense um pouquinho, não é gostoso fazer a felicidade de alguém? Por um ato seu, uma palavra sua, um breve sinal no ombro, um piscar de olhos uma palavra amiga e um sorriso sincero. Pense, não vale a pena mesmo fazer alguém feliz? Acho que você pensa como eu. Talvez até mais que eu, pois ainda me falta um pouco de humildade para com o ser humano. Muitas vezes quero fazer deles o que sou. Mas será que sou exemplo para eles? Não sou. Cada um de nós tem uma maneira de ver, de pensar e achar qual o melhor caminho que deve seguir. Meu defeito principal é não ser subserviente. Não sou mesmo. É difícil aceitar alguém que se acha o chefão, que se acha o dirigente máximo e todos lhe devem respeito. Eu não coaduno com isto. Não mesmo. Gosto de olhar para todos do movimento e pensar que somos todos iguais. Ninguém é melhor que ninguém. Se em vez de ficar preso em unidades didáticas, em palestras cada um de nós velhos Escoteiros fossemos mais além acho que iriamos conseguir que nossa felicidade escoteira nos colocasse como iguais e isto traria uma bem enorme a nação escoteira.

Mas um dia, muito além dos dias de hoje não haverá mais discordâncias, não haverá alguém que se julga o dono da verdade. Em todos os grupos em todas as regiões e até na nossa Direção Nacional seremos regidos pelo sorriso, pela compreensão pelo espírito Escoteiro espírito este de marca indelével. Então cada um de nós saberá com certeza o que significa a palavra Servir! Servir é devotar-se a algo, a alguém. Servir é entregar-se a uma causa, a um amor, a um ideal. Assim, ser servo é ter sentido na vida, é ter noção clara para onde se quer seguir todos os dias. Servir à família, a pátria, a Deus, servir ao casamento, servir à profissão, servir à comunidade... E servir ao escotismo considerando todos irmãos.


Boa noite meus amigos e minhas amigas sorriem mais, não deixem de cantar debaixo do chuveiro. Sorria para as pessoas e como já dizia nosso mestre BP a verdadeira felicidade é sempre fazendo a felicidade do próximo! Eu daria tudo para ver todos vocês felizes!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O estranho amor entre dois irmãos.



Lembranças da meia noite.
O estranho amor entre dois irmãos.

Joel tinha seis anos quando nasceu Noal. Joel era um menino alegre, que vivia a brincar e correr pelo bairro junto a vários amigos. Mas desde o nascimento de Noal que Joel mudou. Passava horas e horas em ao lado do berço e não deixava faltar nada. Sua mãe e seu pai ficaram preocupados e fizeram tudo para Joel ter uma vida de criança normal. Anormal? Não isto não. Joel não era anormal só que passou a viver em função do seu irmão. Na Pré-escola ele corria até lá para tomar conta de seu irmão. Quando entrou na escola ele ficou no mesmo colégio só para não ficar longe de Noal. Todos sabiam que se alguém tocasse em Noal teria o troco de Joel. Noel fez sete anos e não era um bom aluno. Joel passava o dia a tentar ensiná-lo com as matérias simples do primeiro ano. Tudo aconteceu sem Joel Esperar. Noal pediu a sua mãe para ser lobinho. Joel não teve saída a não ser entrar nos escoteiros.

Joel era estranho na patrulha. Participava pouco, pois sempre a vigiar o seu irmão na Alcatéia. No primeiro acantonamento não se sabe como Joel apareceu lá de bicicleta. Foi alertado que não poderia ficar. Escondeu atrás de uns arvoredos e ficou lá os dois dias sempre de olho em Noel. Chegou em casa cansado, com fome e com sono. Seus pais não sabiam mais o que fazer. O Padre Totonho tentou e nada. Doutor Laércio o psicólogo desistiu. Na tropa foi chamado diversas vezes na Corte de Honra. Não queria acampar, não saia da sede e isto prejudicava enormemente sua patrulha. Até o Conselho de Chefes discutiu o assunto, mas nada resolveu. Seu Chefe foi à casa de Joel e conversou com os pais. Eles também não tinham a mínima ideia do que fazer. Noel cresceu e aos quinze anos começou a namorar Cecília. Mas Joel com seus vinte e um anos não dava paz ao casal. Sempre a vigiá-los onde quer que fossem. Noel nos seus quinze anos não suportava mais a vigilância do irmão.

Aos dezenove anos Noel ainda namorava Cecilia. Diversas vezes discutiu com seu irmão e chegou a ameaçá-lo se ele continuasse com aquela vigilância incomoda. Mas Joel não discutia. Ouvia calado e passou a se esconder de longe quando seguia seu irmão. O escotismo ficou para trás. Não ajudou no crescimento deles tudo por culpa de Joel. Um dia Noel combinou com Cecilia em fugir. De madrugada pegaram o ônibus para o Rio de Janeiro. Joel não sabia. Correu cedo ao quarto do irmão para abraçá-lo como fazia todos os dias. A cama vazia. Joel ficou desesperado e na casa de Cecilia disseram que ela desapareceu também. Joel moveu céus e terra para encontrá-los e nunca mais os viu vivos. Vivos, pois dez anos depois eles foram encontrados mortos dentro de um fusca próximo a Parati. Uma batida com um ônibus tirou a vida dos dois.

Joel quando ficou sabendo e entrou em parafuso. Em casa durante estes dez anos Joel só vivia a chorar pelos cantos. Um homem de vinte e dois anos e nem trabalhar mais ele ia. Só sabia reclamar da vida e culpava sua mãe e seu pai dos seus infortúnios. A vida deles se tornou um inferno. Joel tinha comprado um carrinho. Uma velha Brasília branca. Saiu em disparada rumo a Parati. Na descida da serra próximo a Caraguatatuba o carro desgovernou. Caiu em um despenhadeiro matando de maneira dolorosa seu ocupante. O espírito de Joel sentiu que não havia mais corpo. Se estava morto ele precisava encontrar Noel. Rodou céus e terra e nada. Dois monstros o levaram para o Umbral. Ficou lá trinta anos até que de tanto chorar e pedir perdão a Deus ele foi socorrido por Joel e Cecília. Quarenta anos depois reencarnaram em uma mesma família. O que aconteceu fica para ser contado em outra oportunidade.


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Durmam com Deus e procurem ajudar aos outros, pois só assim alcançaremos a nossa felicidade.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Lembranças da meia noite. Hora de dormir.



Lembranças da meia noite.
Hora de dormir.

Uau! Que sono! Hoje cansei. Um dia corrido. A turma do jaleco branco me recebeu de braços abertos. Ainda bem que sou aposentado e dizem por aí que os aposentados só sabem dormir, comer “coçar” e reclamar. Risos. Será que sou assim? Acho que não. Dormir eu durmo. Comer eu como. Reclamar? Não adianta mais. Reclamar para quem? Para a minha adorada Célia? Coçar? Não dá. Escrever dá trabalho e não sobra tempo para uma coçadinha. E muito. Ainda bem que sou katilografo. Escrevo de olhos fechados. Risos.  Hoje “trabalhei” muito. Dois contos e um artigo. Quando escrevo assim me sinto bem. Só tenho uma preocupação é há de um dia atender ao chamado do Mestre e ficar arquivado em “Meus Documentos” dezenas de contos não publicados. Vão se perder até um dia que tudo for deletado. Pergunto-me porque deletado e não apagado? Um calor enorme, dizem que amanhã vai chover. Que chova, eu gosto da chuva.

Alguém me mandou um e-mail dizendo que sou um escritor meio “fajuto”. Como é que ele sabe? Porque meio e não fajuto por inteiro? Risos. Tem gente para tudo. Acho que ele é um Mandrake isto sim. Ele não sabe, mas sou “fajuto” mesmo. Mas ele que me desculpe, pois adoro escrever meus contos “fajutos”. Dou boas risadas com o que escrevo ou então choro de “montão”. Adoro o que os amigos escrevem no Facebook. Tem cada coisa! Só fico pensando porque os dirigentes da UEB não postam nada. Quem quiser que vá a site oficial. Ainda bem que eles têm quem falam por eles! Que beleza eim?


Boa noite. Desejo que cada um em particular tenha um excelente sono e uma noite danada de alegrias. Sonhem muitos. Sonhos com pés no chão. Que Deus acompanhe a todos vocês!  

sábado, 7 de dezembro de 2013

O grande susto.


Lembranças da meia noite.
O grande susto.

                Hoje ao sair do chuveiro e vestindo o pijama para dormir, sem perceber me olhei no espelho. Não que não faça isso sempre. Mas para dizer a verdade não presto muita atenção em mim. Já me conheço. Sei onde estão às rugas, os pés de galinha, onde a pele está enrugando. Ficar olhando para que? Portanto me olho pouco. É melhor pensar que sou bonito. Lindo, porte de halterofilista, andar de ator de filme de aventuras, quem sabe imitar o John Wayne e pensar que me pareço com o Mel Gibson ou Brad Pitt?

                Mas hoje não vi nada disto. Olhei detidamente no espelho. Confesso que fiquei em dúvida do que vi. Assustei-me. Era eu mesmo? Bem no espelho não tinha dúvidas, no entanto olhei para o outro eu. Éramos dois. Não precisam rir. Ainda não estou louco. Um deles me disse – Chefe (eu me chamo de Chefe, desculpe) - Continuando – Chefe, eu não entendo você. Uma hora você escreve elogiando a disciplina, a nossa querida direção nacional, diz maravilhas. Observe que muitos deles estão lendo você. Até gostam de suas historias. Porque não continua assim? Procure ser amigo. Tente compreender. Eles são humanos. Sacrificam suas famílias pelo escotismo. Fazem viagens longas e mesmo que alguns paguem do seu bolso não condene aqueles que recebem colaboração. Não ligue para suas idiossincrasias, seus rompantes de donos da verdade, de se acharem únicos a ter a fórmula do sucesso para o bom escotismo. Você sabe que muitos estão do seu lado se continuar assim, sendo amigo, irmão, compreendendo, dando sempre um lado do rosto para quem quiser bater tudo vai chegar a bom termo. Mostre que conhece a lei Escoteira. Não foi você quem disse e que escreveu que o escotismo é como um jogo, para continuar acreditando, pois é ele é como pedra de moinho, se bem aplicado terás alegria e não tristezas? Torço por você Chefe!

                Apareceu a outra face no espelho. Um sujeito duro, feio até. Claro, essa era a real. Eu sou feio mesmo. Risos. – Rindo feito uma “Besta” falou: - Chefe, ele dizia: - Que tal fazer amanhã um artigo de rachar? Mostrar que não estamos aqui para brincadeira. Ou vai ou racha? – Você não escreveu artigos sobre tradição, sobre a imposição do novo uniforme que eles chamam de vestimenta, sobre a casta Escoteira, e sobre patrulhamento no escotismo? Não escreveu que a responsabilidade de não crescermos e eles alegam que estamos crescendo e você sabe que não, de não sermos reconhecidos e isto é única e exclusivamente culpa dos dirigentes? Vai defendê-los agora? Veja eles sempre procuram um bode expiatório. Agora jogam a culpa nos pobres chefes. Eles não dizem abertamente, mas nós dois sabemos que escotismo é para ricos? Portanto seja duro, escreva firme. Mostre o que você pensa.  Não enrole. Escreva um artigo de arrasar quarteirão! Publique logo e deixe o circo pegar fogo! Mostre o que você pensa disso tudo. Não vá nesta conversa mole de alguns que somos todos irmãos, devemos ver os jovens, o Escoteiro é puro nos seus pensamentos nas suas palavras e ações. Isto é conversa para boi dormir. Ninguém culpa a Corte suprema do escotismo e os dirigentes, portanto só você para dizer isto. Seja “macho” Chefe.

               E agora? Ambos, as duas caras ali no espelho uma olhando para a outra. Uma sorrindo a outra raivosa. Lembrei quando era jovem, nas brigas alguém dizia – quem for mais homem cospe aqui. A mão estava entre o rosto dos dois. Quando iam cuspir tirava-se a mão. Bem era briga na certa. Pensei em fazer isso com os dois. Dei uma bela risada e coloquei a mão dizendo: - Quem for mais homem cospe aqui. Levei um grande susto. A torneira da pia arrebentou. Recebi uma chuvarada de água na cara. Temperatura a quatro graus, Um frio de rachar. Molhei-me todo! Bem feito, bem feito. Quem mandou provocar?


Boa noite meus amigos e amigas. Depois desta sonhem com os anjos. Como sei que está escrito que da vida nada se leva, prefiro não levar rancores. Meu abraço e durmam bem!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O Vagalume que não sabia voar


Lembranças da meia noite.
O Vagalume que não sabia voar

O que você está fazendo Naldinho? Olhando esse vagalume chefe. Veja, não é interessante? Parece que é. Mas e sua patrulha? Onde foi? Disseram que iam cortar madeira para fazer uma mesa. Foram todos, achei que não precisava ir. Mas veja, aproveitei bem o tempo. O senhor sabia que o vagalume só voa nas primeiras horas da noite? Não sabia. – Pois é ele é reconhecido pelo brilho esverdeado, continuo, e vive mais entre vegetação das regiões tropicais e temperadas. Em alguns lugares o chamam de pirilampo.

 Olhe chefe, pode não acreditar, mas esse vagalume me disse que ele mora muito longe daqui. Pensou que eu poderia ajudar. Está tentando falar com seus irmãos e não consegue – Pensei com meus botões - Esses jovens e seus sonhos impossíveis. Vivem criando histórias e mais histórias muitas vezes para não fazer nada. – Naldinho abaixou a cabeça, fingiu que ouvia o vagalume e me disse – Ele está dizendo que eu não tenho sonhos. E ele disse também que não estou criando histórias chefe!

 Arregalei os olhos! O que? Repita que não entendi. Ora chefe, ele diz que é verdadeiro, que eu sou verdadeiro e só não fui com a patrulha porque o Lídio monitor disse que não precisava. Estava ali olhando para Naldinho e pensando o que dizer e fazer com ele. Essas invencionices já estavam passando da conta. Naldinho riu. Sabe o que ele está dizendo chefe? Que o senhor acha que eu estou inventando. Ora Naldinho deixa disso. Não vai querer que eu acreditasse que você conversa com um vagalume.

 Quer uma prova chefe? Olhe – Pimaisdois, dê um pulo – O vagalume deu. Você soprou nele, eu disse. Está bem chefe – Pimaisdois, agora cinco pulos. O vagalume deu cinco pulos. Porque Pimaisdois? É o nome dele chefe. O menino estava me fazendo de bobo. Estou perdendo o meu tempo aqui. Olhe vou lhe mostrar o que faço com um vagalume falador – Peguei meu sapato e ia esmagá-lo quando Naldinho pediu. Não chefe, não. Não faça isso. Ele se comunica com os outros. Poderiam vir milhares aqui e nos carregar para a cratera negra.

 Já estava cheio daquilo. Deu uma pancada com o sapato no tal Pimaisdois. Ele pulou. Corri atrás. Ele pulou. O danado só me escapava. Ouvi um grande zumbido. Olhei para trás, centenas de milhares de vagalumes voavam em minha direção. Corri mas não tinha onde esconder. Corri mais e sem olhar para frente caí na cratera negra. Fui caindo e lá em baixo tudo vermelho. Ia morrer queimado. Comecei a gritar, a chorar e pedir perdão. Tremia como vara verde.

 Chefe, chefe, calma, não grite. Era Naldinho. Abri os olhos. Estava dormindo debaixo de uma castanheira. – Chefe não é hora da atividade do jogo noturno? Caramba. Dormi mais de quatros horas. Já escurecia. Que sono. Ferrei no sono. Mas o pesadelo. Que susto. Vamos lá Naldinho. As patrulhas não podem esperar. Naldinho foi a minha frente, com minha lanterna olhava o chão para não tropeçar. Olhei as costas de Naldinho, um grande vagalume está lá em seu ombro. Olhando para mim e sorrindo com um olhar zombeteiro! Não acredito! Era o Pimaisdois!


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Durmam bem e que amanhã as reuniões de sessões sejam um sucesso.  

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A cidade Fantasma


Lembranças da meia noite.
A cidade Fantasma

Sempre me divirto quando me lembrando do passado deixo os pensamentos soltos a procurar “causos” dos bons. Dizem que faz bem. As saudades substituem os pensamentos que vagueiam com os problemas do dia a dia. Eu era sub monitor sênior. Patrulha Gavião. (só mais tarde sugeriram nomes históricos ou lugares históricos para nomes de patrulhas seniores.) Há tempos sabíamos da “Cidade fantasma“ próxima a um rio caudaloso que acompanhava a estrada de ferro. Bem perto onde morávamos. Duas horas de trem. A História era antiga. Quando da construção da Ferrovia, devido ao ataque frequente dos Índios Aimorés e da malária, que dizimava completamente a maioria dos trabalhadores, não havia peão que ficava muito tempo na Empreiteira encarregada da construção. De cada vinte contratados, pelo menos oito morriam uma taxa alta demais.

  - O Governo pressionado, pois queria a todo custo terminar a ferrovia, ofereceu liberdade condicional aos presos na Capital de algumas grandes cidades, em troca do trabalho forçado para a Estrada de Ferro. Pelo contrato, após três anos de serviço, estariam livres. - A lenda contava que em uma determinada cidade, como muitas que apareciam com a ferrovia à maioria dos criminosos ali residiam. O padre local sempre fora contra este tipo de coisa e era frequentemente jurado de morte pelos bandidos. Durante uma procissão da Semana Santa junto a milhares de fieis, agarraram o “dito cujo“ e o enterraram em frente à Igreja Matriz só com o pescoço para fora. Dizem que suas últimas palavras foram que não ficaria pedra sobre pedra naquela cidade. A maldição parece que “emplacou“. Dai há alguns anos a cidade foi ficando deserta e praticamente não ficou uma viva alma. (a Estrada de Ferro mudou de itinerário e a população acompanhou, fundando outra cidade). 

  Pegamos o trem rápido das nove da manhã. Onze horas e chegamos a Barra do Cuieté. Mais oito quilômetros e chegamos à antiga Cuieté. Passava das duas da tarde quando avistamos a tal cidade. Havia uma rua com calçamento de pedra e pequenas paredes caídas. Era o que restavam das casas que ali existiram.  Montamos barraca bem próximo onde devia ser a antiga praça. Queríamos ouvir o famoso grito do Padre que todos juravam ouvir após a meia noite. Era um desafio a nossa coragem. Se existia uma lenda, nós seniores iríamos verificar se era verdade ou não. Não perguntamos e não pedimos orientação a ninguém. Ali eram os quatro mais experientes do Grupo. Não havia nada que não enfrentávamos de frente. - A tarde corria solta. O sol se pôs no horizonte e se foi. A noite chegou brava e eu estava fazendo o meu “Celebre e histórico“ sopão. Ainda não eram nove horas da noite. O Grito foi ensurdecedor! - Gelei! - Os “valentes mosqueteiros“ correram para a cozinha. Nosso lampião a querosene dava uma iluminação bruxuleante.

 Ficamos ali grudados uns aos outros. Era uma tremedeira geral. O Grito aumentava mais ainda quando o vento soprava mais forte. Não havia outro jeito. Caminhamos em direção ao Grito. Não preciso explicar como estávamos. Para dizer a verdade, minha calça curta estava toda molhada na frente. O bravo escoteiro agora era um “escoteiro mijão”. Risos. O grito vinha da praça onde enterraram o padre, pensei. - O medo aflorava a pele! - Mas éramos persistentes e insistentes. Caminhávamos no rumo da pedra onde pensávamos vinha o grito. Grito? Uma grande piada.  O grito  do padre nada mais era que uma fenda que ia de um lado a outro de uma grande pedra bem no meio da antiga praça.


 O vento forte vindo do rio próximo entrava pôr um lado e saia pôr outro e uma espécie de apito davam impressão de um grito. Todos na cidade sabiam da historia. Não nos contaram. Diziam que sempre vinham "otários” de todas as partes para ver. Nada mais a dizer, os “otários” voltaram para suas casas. Pelo menos a investigação chegou a bom termo. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O ESCOTEIRO É ALEGRE E SORRI NAS DIFICULDADES! O valor de um sorriso.


Lembranças da meia noite.
O ESCOTEIRO É ALEGRE E SORRI NAS DIFICULDADES!
O valor de um sorriso.

Não custa nada e rende muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá. Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre. Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos. Leva a felicidade a todos e a toda parte. É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados.

Não se compra nem se empresta. Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor. Você já sabe do que se trata?

Trata-se de um sorriso. E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir. Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível.
É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios há um sorriso.
Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero. Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos.

São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente. Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera. Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento. Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas. É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta.

Se for verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles.
Eles são tão pequeninos!
Se tiverem a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas. O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações. Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre.

Se, ao entrarmos no elevador, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares.
O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe. O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada.

Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes.
O cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso. Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços.
         Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e
 de repente você estará fazendo o impossível”.
São Francisco de Assis.


Boa noite e um sono reparador para sorrir muito na semana.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O maravilhoso e sensacional Fogo de Conselho.


Lembranças da meia noite.
O maravilhoso e sensacional Fogo de Conselho.

                 Não tem quem que não fale dele. Se alguém permaneceu por alguns meses ou por anos e anos no escotismo ele sempre será lembrado e comentado. Para uns um mito, para outros uma cerimônia que marca profundamente e para sempre. Uma coisa é certa. Deste o primeiro acampamento em Browsea até hoje ele se tornou uma tradição que ninguém e nunca será esquecido por parte de quem já participou. O lobinho adora. O Escoteiro e a Escoteira vibram. Os seniores e as guias se preparam com esmero quando vão participar e os chefes dão belos sorrisos pelas apresentações. E não são só eles, para os que não são escoteiros e foram convidados se sentirão reconfortados em estarem presentes.

                 Dizem secamente que o Fogo de Conselho é uma atividade recreativa e artística realizada por escoteiros. Dizem ainda que é umas das mais antigas tradições dentro do movimento Escoteiro.  Citam até que Baden Powell fez questão de falar sobre ele no seu primeiro livro Escotismo para Rapazes. Já li várias explicações do porque do Fogo de Conselho. Contam que Baden Powell muito viajado pelo mundo e principalmente na África e na América assistiu e viu várias cerimônias por parte dos indígenas destes países e foi assim que deu origem ao nosso Fogo de Conselho. A noite todos eles tinham uma tradição comum. A tribo inteira se reunia em volta de uma grande fogueira de um modo muito festivo e alegre, e as pessoas dançavam e cantavam assim como contavam e encenavam histórias da própria tribo. Sempre no final o ancião mais velho contava as tradições, e passava algum ensinamento aos mais jovens.

                Igual a estas tribos, os escoteiros também fazem o mesmo. De maneira geral esta tradição é passada de geração em geração. Não só no passado, mas até hoje é comum que cada um tenha uma manta especial, um chapéu, um boné, uma capa ou poncho, pois os índios faziam isto com seus troféus. Dentes de animais, escalpos (risos) colares e sempre com peles de animais sobre o corpo. Não vou aqui tentar ensinar sobre o Fogo de Conselho. Sei que existem até cursos para isto. Claro, pois eu sei que todos sabem que ele é o momento em que nos reunimos ao redor de uma fogueira, ao final do dia, para divertir através de apresentações e termina com um momento de reflexão e aprendizado feito elo Chefe. Alguns adoram histórias e os participantes vibram.

                Tenho o orgulho de dizer que participei de muitos. Quem sabe três ou quatro centenas deles. Alguns se aprimoram na montagem do fogo. Outros o fazem de maneira simples sem sofisticação. Já vi vários onde o Animador do Fogo de Conselho no inicio gritava alto: Que os ventos do norte, do sul, do este e do oeste, tragam a todos a alegria de uma noite inesquecível! Acende-te fogo! E fogo dava uma pequena explosão e as chamas apareciam lindas e formosas. Como? Um truque simples. Preparar com antecedência. Abrir uma valeta e com bambus colocar pólvora. Depois a valeta é fechada. Um parceiro coloca fogo na pólvora que ira queimar até o fogo. Mas olhe, assusta. Parece mágica. E só deve ser feito por especialistas.

                Vi também outros tantos aberto ao público e aos pais das mais diversas criatividades próprias dos escoteiros. Tochas vinda de varias partes, tocha voadora vindo de uma árvore presa a um sisal que corre até o fogo o acende. E as apresentações? Lindas. Do professor Raimundo eu ria a valer. Dos trapalhões cansei de rir. Do Rei da Macedônia vi dezenas de vezes. E quantas mais? E as palmas? Nossa! São tantas. Se fosse escrever daria uma dezena ou mais. Adorava a do peixinho, do trem, do sapo falante, da batida no corpo, da mexicana, e claro da nossa mais famosa a palma Escoteira.

                 Mas nada é mais lindo para o Escotista como olhar para os rostos dos jovens. Escuro ainda e a fogueira ir aumentando a luminosidade, eles com aquela ansiedade, a espera do contexto, olhar fixo no fogo e cada um sonhando ao seu modo o sonho de uma vida que só os escoteiros podem ter. A felicidade suprema e a alegria de poder estar ali. Não vou comentar sobre as canções, sobre os esquetes, sobre as histórias. E até deixo para outro dia o comentário da Canção da Despedida. Uma despedida que marca, mas que promete ser breve. Muito breve. Não vou comentar quantas chorei, lágrimas eu derramei desde a mais tenra idade até hoje. Um "Velho" chorão.

               Fogo do Conselho. Esquecer jamais! Lembrar sempre e sempre, pois assim como as estrelas no céu brilhando no escuro da noite ou da lua a brilhar no céu eu sei assim como aconteceu comigo aconteceu com todos. Não há como esquecer. Está firme e apegado dentro dos nossos corações. Acho que pode ser ele um dos motivos por estamos até hoje no escotismo. Ele o nosso amado, o querido, o sensacional, o espetacular FOGO DO CONSELHO!


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Que o Senhor esteja sempre com vocês.                          

sábado, 23 de novembro de 2013

Laninho escoteiro e a Festa no Céu.



Lembranças da meia noite.
Laninho escoteiro e a Festa no Céu.

                Nada como ser um Escoteiro sonhador. Deixar a mente voar e ser levada ao sabor dos ventos, sentir a brisa da manhã no rosto e sorrir existe coisa melhor? Participar de lindas histórias onde pode ser herói, onde pode voar conversar com os bichos as aves os peixes e sentir seu coração bater de alegria em todos os momentos? Pois assim era Laninho. Puro nos seus pensamentos nas suas palavras e nas suas ações. Na Patrulha o chamavam de “Voador”, estava sempre sorrindo e olhando o céu, os pássaros que voavam perto, os insetos e jurou que um dia fez amizade com um Quati cinzento. Quem duvidaria?

                 A tropa estava acampada no Sitio do Beija Flor. Um lindo local, uma cascata gostosa, muitas arvores frondosas, e bambus. Como tinha bambu. As Patrulhas adoravam. Laninho era dos Tigres Brancos. Um ano lá com eles. Promessado e tinha a simpatia de todo mundo. Ao seu modo colaborava com a Patrulha, mas era franzino e todos achavam que ele só vivia “Voando” e não contavam muito com ele. Naquela tarde após o banho todos foram ajudar o cozinheiro com a sopa do jantar. Laninho como sempre sentou embaixo de uma aroeira frondosa e olhava em seus galhos se tinha algum pássaro para conversar. Percebeu ao seu lado um Sapo Amarelo. Não o conhecia. O Sapo Amarelo o olhou e disse – Você pode me ajudar? – Ajudar como disse Laninho – simples, vai ter uma festa no céu. Convidaram todas as aves e eu não posso ir. Só quem pode voar. Como me disseram que você é um Escoteiro Voador, quem sabe me leva lá?

                  Laninho sorriu. Tinha lido um conto da Festa no Céu. Nele foi um urubu quem levou o sapo uma tartaruga e um esquilo que se esconderam em sua viola, pois o Urubu era um violeiro. Depois no céu ele os descobriu lá escondido em sua viola e jogou todos eles nuvem abaixo. Quem levou a pior foi à tartaruga. Espatifou-se no chão. Mas Laninho ficou pensando se não podia levar o Sapo. Afinal ele sempre sonhou com uma festa no céu. Porque não ir? – Feche os olhos meu amigo Sapo. Vamos para a festa você e eu! Só abra quando eu mandar. Mas o sapo não obedeceu. Abriu os olhos quando estavam sobre uma nuvem e ambos despencaram no espaço. Tiveram sorte. Caíram em um riacho de aguas límpidas. O sapo mergulhou e voltou à tona xingando Laninho. – Mas eu tentei te ajudar – falou. Nada disto. Você me soltou no espaço. Laninho chorou muito e o sapo ficou triste também. Nesta hora o Urubu Rei viu aquela choradeira e ficou com dó do sapo. – Deixa que eu vou levar você em minha viola.

                  Bem como o sapo foi não preciso contar. Todos conhecem a história da Festa no Céu. Laninho despencou de um galho e caiu com tudo no chão. Não machucou, mas quando abriu os olhos viu toda sua Patrulha rindo. – Ele também riu. Contou para eles que estava chegando ao céu e o sapo o jogou no espaço. Eles iam a uma festa no céu. – Todos riram a valer. - Esse Laninho, falou o Monitor. O Sub Monitor rindo falou – Mas Laninho, só você e o sapo? E a tartaruga? E o Esquilo? Eles não foram também? – Laninho riu e disse – Melhor perguntar a eles, estão aí atrás de vocês! – A Patrulha olhou espantada e viu um Esquilo e uma Tartaruga rolando pelo chão e dando enormes gargalhadas!

                 Se Laninho e os bichos foram a festa no céu eu não sei, mas sei que até hoje ele conta como o Urubu tocava sua viola e crocitava, fazendo coro com a Araponga e o Papagaio. Não faltando a Gralha o Cisne, a Pomba e o sabiá que gorjeava como nunca. E assim nunca mais a Patrulha de Laninho duvidou de suas histórias e todos os fogos de Conselho deixavam-no falar, cantar e contar seus contos fantásticos. E como digo sempre, toda a história tem um fundo de verdade, mas histórias são histórias. Quem quiser mudar que conte outra. Que Laninho viveu feliz para sempre eu sabia, pois o Escoteiro é Alegre e sempre sorri nas dificuldades!  


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Que o domingo seja repleto de felicidades!