Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. O Orvalho Vem Caindo (Noel Rosa)



Lembranças da meia noite.
O Orvalho Vem Caindo (Noel Rosa)

¶O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu,
E também vão sumindo, As estrelas lá do céu!
Tenho passado tão mal a minha cama é uma folha de jornal¶.

A noite chegou. O sono aparece. Hora de dormir. Mas antes lembrar. Grande Noel Rosa. Cantava muito suas canções no passado. Esta é minha preferida. Cantei hoje no chuveiro. Hoje voz rouca, acompanhada de uma boa tosse não dá mais. Cheguei mesmo a aprender algumas posições no violão. Comprei um. Só para acompanhar. Tinha uma gaita simples. Gostava dela. Uma época eu achei que era bom gaiteiro. Acampei com um Escoteiro da Paraíba. Deu-me a maior lição. Mas valeu. Aprendi muito com ele. Quando menino fiquei conhecido pela gaita. Como toquei neste mundo de Deus. Depois cresci. Afinal todos crescem. Quando pegava o violão todos corriam. Risos. Mas aos poucos enrolava aqui e ali. Mas a não ser com minha mana Dircéia, hoje lá no céu, com os escoteiros só musica Escoteira.

Não sei como estão hoje as sessões escoteiras. Cantam-se muito. Se estiverem bem afiados. Vozes bem sincronizadas. Conheci muitas alcateias e tropas que dava gosto ouvi-los cantar. Em muitas destas seções tinha sempre alguém com algum instrumento. Em Caratinga um Sênior tocava uma clarineta que todos ficaram boquiaberto. Em Tombos um com um saxofone. Incrível como tocava.

É bom cantar. Bom mesmo. Trás uma paz inigualável. As noites mais bonitas da minha vida Escoteira foram após os fogos de conselhos. Chama apagando, algumas faíscas se arriscando a subir aos céus preguiçosamente, um bule com café saindo fumaça, a turma deitada em volta do fogo que se esvai e sai aqui e ali uma canção. Todos cantam de olhos fechados e abrindo-os para que as estrelas no firmamento fossem trazidas para dentro de cada um. A mente passeia pela terra e pelo espaço. O vento dá a vez a uma brisa suave. Não demora e o orvalho vai chegar. A noite se foi e:

¶O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu,
E também vão sumindo, As estrelas lá do céu!
Tenho passado tão mal a minha cama é uma folha de jornal¶.

Nenhum comentário: