Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Lembranças da meia noite. Onde anda você meu amor?


Lembranças da meia noite.

Onde anda você meu amor?

Faz tempo. Quanto tempo. Hoje eu me lembrei dela. Quando foi a última vez que a vi? Meses? Anos? Eu juro que nunca a esqueci. Estava sempre presente em minha mente sempre abraçada ao meu corpo. Não a busquei mais. Afinal enquanto o tempo passa, vamos lutando com a vida conforme ela é e outras não aparecendo em nossas vidas. Mas não dá para fugir da saudade. Mesmo quando a noite chega, quando uma garoa fria cai no asfalto estas eram as horas que as tristezas resolviam aparecer, são tantas coisas arvoradas no pensamento que não separamos as prioridades. Sempre foi assim. Mas ela não poderia ter ficando escondida num cantinho do meu cérebro. Não podia. Era demais para mim. Machucava. Doía. Acho que errei. Quem não soubesse do meu passado poderia me culpar. Se assim for, que o céu me condene!

Culpa? Será que tenho? Afinal não estivemos sempre juntos por anos e anos? Ela não foi minha companheira inseparável? Quem sabe a responsabilidade não é só minha pelo seu desaparecimento? Se for mereço ser castigado. E difícil ficar com esta saudade sufocante. Não sei se mereço isto. Não a culpo, ela é o que é. Não dá para mostrar outros erros se a gente não observa os seus. E o meu erro não tem perdão. Deixei-a assim a Deus dará! Agora as consequências são minhas. Não posso fugir. Vou por aí a procurar, vou perguntar e quem sabe eu a encontrarei? 

E procurando, procurando perguntei para o vento: - Onde ela foi meu amigo vento? O vento me olhou com cara de mau e me desprezando não me deu resposta, correndo para longe de mim. Parei e sentei na minha varanda e o orvalho chegou - Perguntei a ele se sabia onde ela estava. O orvalho sorriu e não disse nada. Um vagalume passou piscando e nem me deu bola. Sinal que não ia me contar. Duas borboletas douradas fizeram passeio nas flores da minha varanda. Que noite cruel. Fiquei ali pensando porque ela me abandonou. Vontade de chorar. A cigarra matreira pousou em uma planta e disse-me para não me preocupar. Não chore. Aceite. Ela está com seu novo amor!

Celia minha Célia. Sempre ela. Vendo meu desespero e sem me avisar saiu à procura dela. Aquela a quem amava. Doce Celia. Sabia do meu amor por ela. Sua busca foi frutífera. A encontrou no fundo do baú. Minha linda e adorada blusa de lã vermelha que eu amava. Quanto tempo. A peguei no colo. Abracei com carinho. Lágrimas de alegria surgiram nos meus olhos. E naquela friagem de uma tarde de inverno, eu a vesti alegre. Agora sim. Vivia a verdadeira felicidade. Enfim a busca terminou. Não havia mais passado. Só o presente. Os dois amantes estavam unidos de novo e agora para sempre!

Boa noite meus amigos, durmam bem. Uma espetacular sexta. Sim isto mesmo o último dia da semana. Sejam felizes como eu sou!
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