Lembranças
da meia noite
E os
velhos o que serão deles?
Dizem que as pessoas velhas, ou melhor, as idosas têm direitos
que as outras não têm. Será? Bem se ficarem ouvindo que não deve sair na chuva,
que não devem esquecer-se dos remédios do meio dia, que água gelada não pode
que no frio deve ficar sempre agasalhado, que não devem andar sozinho, pois
pode não saber voltar. Não pode ficar viciado no facebook e nem ficar só
falando em escotismo. E dizem que os velhinhos tem privilégios.
Risos. Eu tenho. E muito. Foi seu Chico que encontrei hoje nas
minhas andanças por este mundão de Deus. Resolvi sair para minha gostosa grande
jornada diária. Preparei-me com esmero. Calcei minha “precata de trinta anos
atrás”. Coloquei um short azul, camiseta branca, na cabeça um boné e no bolso o
RG e uma latinha para inalar e duas moedas de cinquenta centavos. Isso se a
“barra pesar”. Bussola? Machadinha? Faca Escoteira? Bornal? Cabo trançado?
Chapéu de três bicos? Bah! “Necas de catibiriba”!
Lá fui eu, como nos tempos antigos das grandes jornadas. Foram
850 metros percorridos no “passo duplo”. O Passo Escoteiro não dá mais. A boca
abre, o ar se expande o coração bate e valha-me Deus! É pegar a latinha colocar
na boca, prender a respiração e seja o que Deus quiser! Percorrido uns 500
metros, uma parada e lá estava ele a reclamar da vida. Seu Chico. Sou bom
ouvinte. Fiquei ali com ele uma meia hora. Só ele falava. Aí pensei comigo. Sou
um "Velho" de sorte. Minha Celinha linda não faz isto comigo.
Bem chega de “cacengas” por hoje e vamos aos entretantos. Hora
de dormir. Eu mesmo decido. Risos. Boa noite a todos os meus amigos e amigas.
Durmam bem e a sexta vem aí! Até amanhã!
Nenhum comentário:
Postar um comentário