Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

domingo, 28 de julho de 2013

Os bons tempos voltaram

Lembranças da meia noite.
 Os bons tempos voltaram


Recebi um comunicado de um amigo escoteiro. Por sinal do GE Águia Branca de Osasco. Fiquei muito feliz com o que li – dizia – Hoje em nossa Assembleia Geral Extraordinária, após longa conversa como os pais e os jovens, decidimos: - O Águia Branca volta a usar o uniforme escoteiro. Gostei do final. Usar o UNIFORME ESCOTEIRO. Claro para eles seria o caqui e nenhum outro. Sorri de orelha a orelha. O Águia Branca não é um filho meu. Mas eu o adotei em São Paulo um ano após chegar à cidade. Durante um ano logo ao chegar fui adotado pelo Grupo Escoteiro Paineiras que tinha sede na USP. Fiz lá grandes amigos. Alguns deles hoje no grande acampamento (sempre digo que vou dar uma passada lá quando for. Acho que lá tem uma velharia que me vai fazer sentir velho também – risos).

Um dia ao sair de casa para ir ao Paineiras passei em frente a sede do Grupo Escoteiro Águia Branca. Um escoteiro sentado no degrau da sede com a mão no queixo. Parei o carro me apresentei e o saudei com o Sempre Alerta, nada de SAPS que não diz nada. - Meu jovem, perguntei, hoje não tem reunião? – Chefe, ele falou, estamos sem chefes, só uma senhora ajuda, mas ela nada entende. Agora só eu e outro e outro amigo viemos ao grupo. Todos sumiram. – Caramba! Eu não ia abandonar o grupo, era próximo a minha residência. No paineiras naquele mesmo dia dei adeus a todos. Ficaram chateados, mas eu disse que eles agora estavam com uma boa chefia e o grupo andaria tranquilamente com suas próprias pernas.

Corria o ano de 1979, no mesmo dia voltei ao grupo. Ninguém lá. Procurei o pároco responsável. Ele me conhecia. Disse que ia ajudar. Não disse se ele queria ajuda. Não sou de deixar ninguém na mão principalmente um Grupo Escoteiro fundado em 1955 e jogado a Deus dará. Procurei o pároco e ele me olhou de esguelha. Pedi a chave da sede. Vou assumir o grupo – falei.  O padre franziu o cenho. Acho que não gostou. Aceitou por ter participado algumas vezes em cursos que dirigi e ele era um assistente religioso. Época que celebrávamos missas em cursos aos domingos. Assim começou meu inicio no quinto grupo escoteiro que participei em minha vida. No sábado seguinte o escoteiro tristonho estava lá sentado na escada. Abri a sede – Vou assumir eu disse – Vamos ver com quem podemos contar. Dois seniores e um Chefe. Pode avisá-los? No outro sábado éramos seis. E assim o grupo cresceu. Em 1988 chegamos a ter 180 participantes. Duas alcateias caminhando para a terceira. Duas tropas caminhando para a terceira. Uma tropa sênior e uma de Guias. Fomos o quinto grupo a ter a coeducação.  Era normal termos de dois a cinco jovens recebendo o Liz de Ouro e o Escoteiro da Pátria por ano. A meta era ter mais de dez.

O grupo cresceu assustadoramente. Quase vinte e seis chefes. Mais de dez pais atuando na diretoria. Todo ano um acampamento fora de SP junto com um grupo do interior. Fomos acampar em Minas Gerais. Sempre um acampamento a cada três meses. Pais super motivados. Uma atividade de pais por ano. Frequência de mais de 300 participantes (pais e convidados). Em 1990 problemas profissionais me obrigaram a deixar o grupo. Realizado o conselho de Chefe escolheram um substituto. O tempo passou e daqueles após minha saída ainda recebia visitas. Não ia lá frequentemente. Achava que podia atrapalhar. O tempo passou. Ninguém mais me procurou. Pensei comigo que aprenderam a andar com suas próprias pernas. Passaram para o uniforme azul mescla. Não disse nada, era um direito deles. A convite estive lá no ultimo aniversário. Dia de festa, de alegria e não deu para sentir a força do grupo apesar que muitos jovens mostravam estar motivados. Gostei de rever ao vivo a sede onde morei por onze anos. Se eram poucos ou muitos não sei, mas senti  que tinham sangue de raiz.

Agora mudaram para o caqui. Muito me alegrou. Nunca fui simpático aos demais uniformes e trajes. Quem lê meus artigos sabe disto, no entanto respeito à escolha de cada um. Dentro do possível irei retornar como antigo escoteiro do grupo. Um sábado por mês pelo menos. Apesar de não poder ficar muito tempo e nem conversar, pois a minha tosse hoje é uma boa companheira quem sabe se por sinal de fumaça ou semáforas possamos nos entender. Mais de vinte anos, só dois convites. Aprontando o meu retorno. Águias me esperem. Estou alegre. Muito. Meu abraço a todos Aguianos. Como dizem por aí vocês vão ter de me aguentar!


Boa noite meus amigos e minhas amigas, uma excelente semana para todos! 

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