Lembranças da meia noite.
O alegre despertar.
Não posso reclamar da
modernidade. Ela tem os prós e os contras. É difícil contradizer os
Politicamente Corretos do Escotismo com sua defesa ferrenha das normas atuais. Eu
conheço centenas deles. Tudo que você disser eles dirão o contrário seja lá o
que for. Parece que fecharam os olhos e nem querem raciocinar se o outro lado poderia
ser diferente. Nascemos sobre a égide destas normas estatutárias desde os primórdios
do escotismo. A não ser pequenos detalhes pouca coisa mudou. A sua essência sempre
foi à mesma. Ninguém nunca se inquiriu em saber se estamos em um regime
democrático e transparente. Poucos poderiam pensar que se fosse diferente estaríamos
bem à frente do que estamos hoje. Estes defensores só veem vantagens. Para eles
existem democracia, existem consultas, existem transparência, existem pesquisa
em todos os atos assumidos pela direção nacional. Falar o que?
Mas está crescendo o número
de insatisfeitos. Eles não querem abandonar a fileira da UEB onde nasceram.
Eles acham que precisamos mudar. Nos sites escoteiros, de relacionamento, redes
sociais, enfim em todo lugar onde se fala de escotismo os insatisfeitos com a
direção aumenta dia a dia. Não importa o estado. Sempre tem aqueles que querem
respostas, querem ser consultados, cobram as pesquisas e já falam abertamente o
que estão pensando. Antes só alguns mais velhos e dentre estes muitos que já
estavam fora do movimento tinham coragem de se expressar. Eles sabem como é ser
perseguido. Claro a UEB nunca se preocupou com eles. Ela a UEB prefere os mais
novos, pois faz e desfaz de tudo que acredita para mudar, pois estes já
entraram no escotismo sabendo como ele é.
Acredito que o novo
traje foi à gota d’água. São antigos, novos, jovens de ambos os sexos que não
estão engolindo facilmente esta medida arbitrária da UEB. Listas são passadas
de norte a sul. O Presidente tenta explicar o inexplicável. Porque mudou? Se
meia dúzia não gostava dos uniformes e trajes de outrora até então porque não
uma ampla consulta às bases? Não esta que alardeiam que fizeram. Foi mais de
dois anos desenvolvendo uma ideia a quatro chaves. Bombasticamente, como se
fosse uma apoteótica apresentação, no estilo Fashion Week o Congresso Nacional
apresentou os dezenove modelos de uniforme. Ela a UEB achou que assim todos
iriam aplaudir e amar as mudanças que estão por vir.
Quando isto aconteceu
listas e mais listas contrárias apareceram. Claro nunca a UEB responde a ninguém.
Ela se faz de onipotente. Dona da verdade. Agora os preços estão aí em vários sites,
e parece que ela é detentora da marca que só ela vende. Um excelente negócio.
Os preços assustaram boa parte dos associados. Os mais humildes perguntam o que
vão fazer, os mais abastados falam pouco. Os comentários que o escotismo é só
para ricos estão aí em todo lugar. Alguns politicamente corretos defendem que
não existe almoço grátis. A insatisfação cresce a cada dia. O que fazer como
fazer ainda é uma incógnita para mim.
Teria muita coisa para
mudar, quem sabe uma volta às origens seria um bom caminho para começar tudo de
novo. Mas os donos do poder nem pensam nisto. Como sempre não dão satisfação a
ninguém, pois acostumaram a decidir sem consultas e as bases sempre engoliram
tudo que fizeram. Até quando? Desde que comecei a ser contra tudo isto que os
dirigentes nunca arredaram o pé. Afinal se seguram em 0,5% do nosso efetivo com
voz e voto que aplaudem todos os atos que eles fazem. No entanto eu confesso
ver uma luz no fim do túnel pela primeira vez. Gostaria de estar aqui para ver
a grande mudança. Isto se ela acontecer. Vai ser difícil, mas deixo nas mãos de
Deus.
Boa noite meus amigos e
minhas amigas. Durmam bem.
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