Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

sábado, 8 de junho de 2013

O amanhã nunca morre.

Lembranças da meia noite.
 O amanhã nunca morre.



Não digo que os sábados são tristes. Não são. Mas ponham-se em meu lugar. Mais de sessenta anos onde todo sábado preparava meu uniforme, checava meu programa, imaginava cada jogo cada adestramento e via em minha mente via a preocupação de um Monitor, o sorriso de um noviço ao ser apresentado a Tropa, as bandeiras farfalhando ao vento, olhos voltados para o cerimonial, peito arfante e sentimento patriótico e hoje isto não mais existe. Não posso mais. Não tenho nenhuma tristeza por não ir. Mas sempre me lembro de um ou outro fato e quem sabe é isto que deixa meus sábados um pouco tristes.

Quantos e quantos sábados os problemas apareciam, corria daqui, corria dali, resolvia um pedia ajuda de outro Chefe para resolver, um pai choroso, uma mãe com o olhar para o filho que corria num belo jogo mostrando uma alegria que poucos jovens podem ter. Era bom. Era ótimo. Virou rotina para mim. Quantos e quantos sábados! Mil? Dois mil? Com sol? Com chuva? Risos, chuvas? Não, não, chuvas não, meu Deus! Lá vinha o tal do Lampião do Conselho. Improvisar esquetes, canções, jograis e no final contar uma história – Era uma vez, um lobinho e um Escoteiro ambos valentes, aventureiros, saíram para acampar...

Os sábados com saída para o campo – Monitores podemos partir? Nos dê cinco minutos Chefe, temos atrasados. Ah! Os atrasados. Eles estão sempre ali. Mas no ônibus os sorrisos, as canções a vontade da moçada em chegar, sentir o vento, o sol quente, descobrir e preparar sua nova morada, cada um altivo, facão ou machadinha na mão (eles adoravam isto) um bambu aqui, passar a mão no rosto, tirar o suor era bom demais.

Hoje nas tardes quentes ou chuvosas, sentado em minha varanda, eu fico pensando quantos amigos meus estão vivendo todos os sábados o que vivi. E quando retornam as suas moradas eles sabem que outros sábados virão. E os perseverantes sabem que serão milhares e milhares de sábados. Sem saber eles são felizes. Pois só quem tem a honra de estar perto de nossa juventude, fazendo estripulias, correndo, brincando e cantando é que fazem o escotismo que encanta e sempre os encantou em um Grupo Escoteiro. E você meu amigo e minha amiga, pense bem no que o Dalai Lama nos brindou com suas palavras:
“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”. E eu aproveito para dizer que tenho orgulho de você, do seu trabalho, de sua perseverança em colaborar e ser mais um de nós neste luta sem trégua e sem fim. Parabéns!


Boa noite meus amigos e minhas amigas. Um ótimo domingo cheio de paz e alegria.

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