Lembranças da meia noite.
Eu tenho os meus
segredos.
E quem não os tem? Ninguém
está imune a eles e sabe que não pode contar para ninguém. Eu tenho os meus.
Segredos que levarei para o túmulo. Errado? Pode ser, mas não são segredos que
prejudiquem ninguém. São aqueles que a gente mergulha na sombra e diz para si
mesmo – Porque foi assim? Não deveria ter sido diferente? Um poeta das Arábias
escreveu um dia que não devemos revelar ao amigo todos os nossos segredos: - Por
quê? Você não sabe se um dia ele se tornará um inimigo. Portanto não causes ao
teu inimigo todo o mal que lhe podes fazer. Por quê? Porque ele pode um dia
voltar de novo ser teu amigo.
Tem segredo que pesa.
Parece chumbo colocado em nossas costas. A gente tem vontade de contar, mas
fica pensando – Será que vale a pena? E se o outro não entender? Mesmo que tentemos
mostrar nossas razões a duvida fica. Vale a pena contar? Um amigo meu vivia bem
com sua família. Uma noite, todos cantando divertidos na sala de sua residência.
Era seu aniversário. Um grande bolo estava prestes a ser deglutido. Ele já com
alguns copos de vinhos fazendo efeito resolveu contar seus segredos. Chamou
todos e disse que nunca mais iria ter segredos com ninguém. Alguns anos depois
encontrei com ele maltrapilho, dentes cariados, cabelos grandes e barba sem
fazer – O que houve? – Meu amigo, resolvi contar todos os meus segredos para
minha família. Veja só no que deu!
Melhor ficar com
Voltaire que diz – “Quem revela o segredo dos outros passa por traidor. Quem
revela o próprio segredo passa por imbecil”. Acho que concordo com ele. Melhor
calar. Sei que não é fácil, mas muitas vezes é o melhor caminho.
Boa noite meus amigos e
minhas amigas. Durmam bem e amanhã tenham uma ótima reunião escoteira. Sejam
felizes e levem sua felicidade a todos os jovens do seu grupo.
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