Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

terça-feira, 4 de junho de 2013

Em algum lugar do passado.

Lembranças da meia noite.
 Em algum lugar do passado.



Um sorriso me alcançou de pronto. Eu vi coisas que nunca poderia imaginar. Pensei estar vivendo em outras eras, mas era verdade. Quanto mais eu via mais eu me orgulhava de ser escoteiro. Minha mente viajava no tempo, um tempo que não sabia qual. Poderia ser em algum lugar do presente ou em algum lugar do passado. E tudo que via era bonito de se ver. Um ônibus, uma fila e dois escoteiros. Deixaram as senhoras e velhos passar na frente. Entraram ser pisar ou empurrar ninguém. Pagaram suas passagens calmamente. Um banco vazio um sentou. Um senhor idoso com um embrulho entrou no ônibus e logo o lugar lhe foi oferecido. Eu me sentia deslumbrado. Agora estava no metrô, um empurra, empurra. Uns querendo sair outros querendo entrar. Um lobinho e um sênior de uniforme sorrindo e dizendo – calma, vamos dar a vez para os que saem. E cá pra nós, eu vi um Chefe de Alcateia sendo fechado bruscamente por outro veiculo. Ele encostou, suspirou e disse: - Que Deus ilumine seu caminho.

São coisas que marcam. Ver o Chefe ensinando a não jogar papeis na rua, e ali na fila do cinema uma patrulha esperando sua vez para entrar na maior ordem e sabem mais? Eles desligaram o celular. Uma moça carregando varias sacolas e dois lobinhos acorrerem para ajudar. Um menino simplório, mal vestido olhando aquela guia com olhos vidrados no seu Big Mac e ela? Não se fez de rogada. O chamou e o levou até o balcão e pagou para ele o mesmo lanche que comia. Em uma esquina topei com uma patrulha de sêniores e guias. Não estavam em fila indiana. Eles sabiam como proceder em marcha de estrada ou de cidade. Não precisava de chefes a fiscalizá-los. E aquele Chefe e sua namorada? Desciam do carro, carro velho, não era novo, mas ele correndo foi abrir a porta para ela. Ao entrar no restaurante puxou a cadeira para ela. Toda vez que ela levantava para ir a toalete ele levantava também em sinal de respeito. Não houve despesas divididas. Ele convidou. Pediu a conta para si. Era um cavalheiro. Fazia questão de proceder assim. Cavalheirismo! Onde anda você?

E aquela Tropa a dizer? Sim senhor Chefe. Sim senhor moço. Sim senhor Papai. Sim senhora Professora. Melhor foi na escola. A professora entrar e todos de pé em uníssemos dizendo – Bom dia Professora. E enquanto ela não autorizasse não sentavam. Sabiam no recreio usar o banheiro, dar a descarga, limpar a sujeira que outros fizeram. No pátio não jogavam papel no chão. Vi um lobinho pegar um papel de carta que um jovem jogou no chão e dizer – É seu? Quer que jogue n lata de lixo para vaocê? Será para mim um prazer. O bom de tudo isto era o sorriso deles. Palavrão? Não vi ninguém dizer. Os meninos com o maior respeito com as meninas. As mãos limpas, as unhas aparadas. Cabelos penteados e gritar ou falar alto entre si? Nunca! Gostei mesmo do que vi. Isto sim era escotismo. Ninguém sem camisa a mostrar um físico que não tem. Andar sem camisa fora dos locais próprios ou tirar foto assim eles sabiam que não era papel de um Escoteiro cavalheiro. A modernidade de apetrechos pelo corpo que não era bem recebida pelos pais nenhum deles fazia ou usava. Todos sabiam ajudar os colegas que não eram Escoteiros a aconselhar das drogas que só destruíam e quem usava não tinha futuro.

Foi um dia significativo. Orgulhei-me de ser um escoteiro. Sorria de orgulho em ver uma juventude sadia, fazendo um escotismo que todos nós podíamos orgulhar. Seria um sonho? Seria em algum lugar do passado ou em algum lugar do presente? Não sei. Mas procuro ver isto nos jovens, não importa os de ontem, os de hoje e os de amanhã. Acredito neles. Vale a pena acreditar...


Boa noite meus amigos. Durmam bem!

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