Lembranças
da meia noite.
O
estranho funeral do Chefe Gafanhoto ou a Saga de uma Saudade?
Um frio
de oito graus. Sentado na excelente e charmosa sala de espera do Posto de Saúde
cujo ar refrigerado estava excelente (poucas pessoas um milagre) e esperando a chamada
da enfermeira linda e simpática, minha mente fervilhava. Eu gosto dela. Da
minha mente. Ela pensa e isto me anima. René Descarte um grande filosofo já
dizia que se penso, logo existo. Portanto enquanto chamavam um e outro
educadamente eu pensava. Meu amigo, eu dizia para mim, não está na hora de
escrever o seu terceiro livro? Pensei e pensei. E porque não? Lembrei que
andava sem ideias. Lembrei que meu último terceiro livro estava com setenta folhas
e inacabado. Como era o nome dele? Lembrei. A Saga de uma Saudade. Quando
comecei as ideias fervilhavam. Seis irmãos apaixonados pela mesma mulher
através dos tempos. Durante anos se matavam, eram presos, alguns enforcados e
nunca ninguém conseguiu ficar com ela.
Havia um ódio profundo um do outro. Agora irmãos e Escoteiros a mulher
amada apareceu como uma guia escoteira e colocada na patrulha deles. Todos
sonhando com ela. A briga começou. A mãe deles desesperada. A menina com medo
começa a lembrar de suas encarnações anteriores. Foge e sem perceber é seguida
por um deles. Pluf! Parei de escrever, as ideias sumiram. Seis meses sem
escrever.
Mas hoje,
congelado em uma cadeira de um posto de saúde outra ideia surgiu. Comecei a
pensar a martelar. Esqueci porque estava ali. Não ouvia nada nem o zum, zum
dizendo que a Dilma era uma grande presidenta. Supimpa! O nome da história do meu novo livro
surgiu como um passe de magica. O miolo da história apareceu. Seria meu livro
um novo Best seller? Não sabia, mas precisava começar. Lá estava o titulo – “O
estranho funeral do Chefe Gafanhoto”. Uma cidade pequena, ele um líder desde
pequeno, tinha um brilho especial nos olhos. Andava como um rei. Todos o admiravam
e tinham medo dele. Mas era um Chefe Escoteiro. Dos melhores. Todas as moças
correndo atrás e ele escolheu uma empregadinha de fazenda. A cidade riu e
esnobou as moçoilas. A escoteirada batia palmas. Trinta anos de fatos, aventuras,
e por fim Pedra Azul chegou a se orgulhar por ter seus filhos queridos quase
todos passados pelas fileiras escoteiras. O prefeito foi. O Juiz foi. O
delegado foi. Tudo graças ao Chefe Gafanhoto. Como todos um dia morrem ele
morreu também. Seu funeral aconteceu fatos fantásticos. Ninguém acreditava no
que via. Alguns riam, outros choravam. Pedra Verde conheceu o maior funeral de
todos os tempos!
– Cheguei
em casa animado e cantarolando. Liguei o micro correndo. Pluf, plaf, pluf, plaf.
Os dedos escorregavam. Uma página, duas, cinco, oito, quinze e parei. Parei
para almoçar. Voltei à tarde, mais... Meia página. Meia? Isto mesmo. E as
ideias que estavam à flor da pele? Ah! Gafanhoto me ajude, por favor, esta
noite. Não posso parar. Meu terceiro livro tem de sair. Tem de ser melhor que a
Patrulha da Esperança. Será? Agora estou murcho de ideias. Sumiram? Não sei.
Vamos ver amanhã. Peço a Deus que não seja o terceiro que não houve. A Saga de uma
Saudade ficou na história que ainda vai ser contada. Quem sabe um dia vai. E a história
do Chefe Gafanhoto? Se conseguir escrever mais oito páginas amanhã o livro poderá
surgir. Vamos ver. Quem viver verá! Risos. Sabem do meu medo? É mudar para o primeiro.
Afinal se tenho dois iniciados devo decidir por um deles. Decisões? A minha mente
é quem manda!
Boa noite
meus amigos e amigas. Uma linda noite, uma sexta feliz e um fim de semana
espetacular. Durmam bem.
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