Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Conversa ao pé do fogo. Hinos canções Ajuris e o escambal.


Conversa ao pé do fogo.
Hinos canções Ajuris e o escambal.
“No grande jogo da vida, a Lei do Escoteiro é a nossa Lei”.
Chefe João Ribeiro dos santos.
                                                                                        
Viemos do norte, do sul e do leste, viemos do oeste,
de todo Brasil. Das praias, dos papas, Dos campos dos montes e
Dos horizontes de todo Brasil. Das grandes cidades,
Das vilas mais belas, Das casas singelas De todo Brasil.
Mochila nas costas bandeiras ao vento.
Para o acampamento de todo o Brasil 

        Eu gosto de cantar. Saudades de uma viola, uma harmônica a tocar em uma clareira em uma noite de luar. Ouvir sinfonias Escoteiras as mais belas no piscar das estrelas e junto a amigos queridos. Ninguém esquece as horas que passamos em volta de uma fogueira, vendo uma ave trigueira a passar por ali... E sorrir batendo suas asas ao sabor do vento e partir. O Escoteiro e rápido em entender os ruídos da noite, as fagulhas que dançam como fantasmas amigos e desaparecem no céu. – De onde é você? Sou do norte diz um escoteiro em alto e bom som. – E eu do Sul diz sorrindo um gaúcho qualquer.  – Não se esqueçam de mim sou do leste e este é meu amigo do oeste. Viemos de longe de todos os horizontes do rincão brasileiro. Tem muitos de nós a voar por aí nas asas ligeiras da imaginação e dizer: - Nasci em grandes cidades, morei nas vilas mais belas, em casas singelas de meu Brasil brasileiro. Sou peão sou boiadeiro e hoje Escoteiro com minha bandeira solta ao vento, eu estou indo para o acampamento de todo Brasil!

Se ele é gaúcho. Você do amazonas, De baixo da lona são todos irmãos
Qualquer cor ou classe,  Qualquer raça ou credo
Despertam bem cedo são todos irmãos
Fazendo a comida universitários Peões e operários
São todos irmãos. Nascido em palácio, nascido em favela
Lavando a panela, são todos irmãos.

                  Escotismo é assim, a gente dá as mãos, um sorriso, um sempre alerta gostoso, e se ele é gaúcho valente, ou se é um amazonense, não importa, pois debaixo das lonas são todos irmãos. Não importa quem você é, se é escoteiro é amigo sincero, e não importa sua classe ou cor, seja de que raça ou credo for. Esperamos alegre o amanhecer, agora somos todos irmãos, e quando formos fazer a comida, se eu sou peão de boiadeiro e você universitário brioso brasileiro não importa somos todos irmãos. Olhe ali aquele, nasceu em um palácio de ouro e o outro na favela dos anzóis, mas agora juntos cantando no riacho, lavando as panelas eles dão as mãos, pois são todos irmãos. Aqui não se chora, aqui se ama, corremos pelos campos, brincamos de farol, na praia do arrebol. É bonito demais, a Escoteirada jogando a laçada fazendo mais amigos seja de onde for.

O Ajuri Nacional, Do Rio de Janeiro,
É o marco triunfal do ano escoteiro,
Comemoramos o centenário de Baden-Powell o fundador,
E do escotismo o cinqüentenário,
Do acampamento da Ilha de Browsea,
Na Ilha do Governador.

              É uma epopeia que poucos puderam viver. Viver nas campinas, nas praias mais lindas, sentindo o sabor do vento, nos acampamentos de todo Brasil. Quem não foi viveu lá também. Se nasceu em outra era está lá também. Afinal esta toada, tocada em noite enluarada encantou os céus do Brasil. Não existe ninguém que se vestiu Escoteiro e cantou o ano inteiro não se lembre desta prosa, que de tão formosa ficou para sempre no coração de todos nós. Podemos um dia nesta terra querida aprender outra canção, mas igual a esta, desculpe eu não sei não!


Nota – Em comemoração ao centenário de nascimento de B-P e os 50 anos da fundação do Escotismo, a UEB realizou em fevereiro de 1957 no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador Zona Norte do Rio de Janeiro, o II Ajuri Nacional, cuja a Canção “AJURI NACIONAL” composta pelo Chefe João Ribeiro dos Santos, falecido em 19/03/1970, aos 59 anos, é lembrada até hoje nos cancioneiros escoteiros. 

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