Conversa ao pé do fogo.
Quanto custa ser honesto?
Um homem andando pela rua encontra um envelope pequeno, destes para guardar
documentos. O apanha e abre para ver o que tem dentro. 600 reais em dinheiro e
algumas contas para pagar no total de 580 reais. Ele deduz que o dinheiro seria
para pagar a conta. Foi trabalhar e no horário do almoço se dirigiu a uma
lotérica e pagou todas as contas. Sobraram 20 reais. Olhou bem as contas e viu
que estava em nome de uma senhora chamada Cecília. Na conta telefônica viu o número
e ao chegar em casa ligou para ela. Explicou o que aconteceu e que as contas
estavam pagas e sobraram 20 reais. Ele fazia questão de devolver e pediu a ela
se podia encontrar com ele no dia seguinte próximo onde ele tinha encontrado o
envelope. Ela uma senhora de mais de 70 anos sorria sem parar e contou para
todas as amigas, todos os filhos enfim contou para Deus e o mundo. – Diziam que
estamos vivendo com marginais, bandidos, ladrões, mas não é assim dizia ela.
Estes são uma pequena, mas bem pequena parcela, no mundo têm muitas pessoas
honestas!
A imprensa falada e escrita sempre colocam em suas manchetes os casos mais
escabrosos, os roubos e os assaltos com morte. Tomemos o caso da grande São
Paulo. Mais de 17 milhões de habitantes. Veja a porcentagem dos assassinatos,
roubos etc. Uma parcela mínima está aí incluída. No entanto as coisas boas não
dão ibope, portanto não são publicadas. Claro que casos com o acima descrito
dão manchete, mas quantos a imprensa utiliza como notícia? Somos milhões de
pessoas honestas. O número é incrível de pessoas que lutam, que trabalham,
sofrem e estão aí com seu caráter a toda prova. A cada segundo, minuto milhões
colocam sua honestidade acima de tudo. Portanto acredito que não estamos
partindo para o caos e sim para um mundo melhor. Qualquer boa ação não tem
preço. Nunca devemos fazer uma pensando que teremos algum em troca.
A boa ação faz parte do nosso movimento Escoteiro. Os jovens desde cedo estão a
aprender a ajudar o próximo e fazer diariamente sua boa ação. Isto se tornando
um hábito de comportamento vai trazer para ele vantagens enormes e ele sabe que
as faz não para mostrar a coletividade, mas sim para provar a si mesmo que sua
consciência está em paz consigo mesmo. Como dizia nosso Senhor, sem boas obras
as portas do céu estarão fechadas para nós. Os poetas sempre dizem que a beleza
da vida não está em se moldar ao que os outros esperam de você, e sim na
simplicidade em viver de acordo com sua verdade. Ser gentil tem de ser a
essência do ser humano. Quem não é suficientemente gentil não é suficientemente
humano. Devemos pensar que Deus está olhando para nós o tempo todo. Está
olhando agora e vai olhar por toda a sua vida. Não adianta falar, mostrar,
realizar se dentro de si como Escoteiro não tem a felicidade que nos trás em
ajudar o proximo.
Nosso papel como Chefe Escoteiro é simples, mostrar aos jovens a vantagem de
ser honesto, de ser altruísta, de ter um caráter ilibado e dizer a sua própria
consciência e para aqueles que precisam ouvir: - “podes acreditar, eu sou um
Escoteiro e o Escoteiro tem uma só palavra” Não preciso acrescentar que ele tem
honra, tem alma limpa e reconhece que seus valores são dignos de todos que
estão a sua volta. Honestidade se pratica e não se veste não se mostra e nem se
faz alarde. Um Escoteiro tem de dar este exemplo sempre. Não basta dizer que
sou Escoteiro. Tenho de parecer um Escoteiro que toda a sociedade acredita! E
cá prá nós, como disse Homero, se o desonesto soubesse a vantagem de ser
honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.
E terminando o nosso bate papo, relembro Rui Barbosa
o que ele disse sobre felicidade: - Onde está a felicidade? No amor, ou na
indiferença? Na obediência, ou no poder? No orgulho, ou na humildade? Na
investigação, ou na fé? Na celebridade, ou no esquecimento? Na nudez, ou na
prosperidade? Na ambição, ou no sacrifício? A meu ver, a felicidade está na
doçura do bem, distribuído sem ideia de remuneração. Ou, por outra, sob uma
fórmula mais precisa, a nossa felicidade consiste no sentimento da felicidade
alheia, generosamente criada por um ato nosso.
Sempre Alerta meus amigos!
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