Conversa
ao pé do fogo.
Jogando
conversa fora. Jogos
- Sempre me disseram isto. Eu
nunca tive este problema – Mas o que você faz para resolver? – Simples converso
com os Monitores, eles discutem na Patrulha e pronto. Conseguimos ter um bom número
de jogos para o mês. Eles escolhem o que gostam. Eu sempre tenho uma surpresa.
Só um por reunião. – E dá certo? - Para mim sempre deu. Não sei se isto vai dar
certo na Alcatéia. – Espere aí! Matheus! (o garçom) e os chopes? – Saindo?
Obrigado. Não esqueça uma porção bem grande das calabresas com alho óleo e
cebola. – Todos riram. Estavam em quatro. Sempre os mesmos. Terminava reunião e
lá iam eles para a pizzaria do Matheus. Garçom e dono. – Tentei na Alcatéia com
os lobos. Foi um fracasso. – Mas você testou os jogos? – Claro que não. Uma
escolha deles é impossível de colocar em prática. – Devia ter feito pelo menos
um. Mesmo confuso. Sem testar não pode dizer que não dá certo. Quem sugeriu
ficou decepcionado.
O chope chegou. Cada um pegou
sua taça e bebeu gostosamente. Ao fazerem plim, plim um Chefe disse – Um brinde
a cerveja, a solução e a causa de todos os nossos problemas. O outro remendou –
Se a sua vida for azeda, acrescente cachaça e gelo e aproveite uma boa
caipirinha! – todos riram a vontade. – E sempre tem uns que acham que nós damos
mal exemplo. Não acho. Se somos jovens e podemos bater um bom papo tomando um
chopinho vai fazer mal a alguém? – Ninguém disse nada. Depois de algumas
“bicadas”, pois a calabresa estava uma delicia continuaram o papo. – Um
Assistente deu novo rumo na conversa – Sua sugestão é interessante – Quem vai
jogar? Eles, os jovens e não nós. Quem tem de gostar dos jogos? Eles e não nós.
– Acredito que vocês estão certos disse outro. – Para dizer a verdade fazer
jogos para que toda a Patrulha ou a matilha participe não é fácil. E a
competitividade?
- Procuro muito dar jogos
onde os primeiros lugares são da equipe e não individualmente. Mas não podemos
fugir da individualidade sempre. Se prepararmos bem todos vocês sabem que o
jogo ajuda e completa no desenvolvimento e na sua formação. Sem esquecer o
ideal da Lei Escoteira. Se não pensarmos assim sempre teremos aquele que é bom
no jogo e aquele que se sentirá perdedor – Um silêncio – Outro gole. Outro
petisco – A akelá concordou – Gosto muito de jogos onde a confiança é tudo. Nos
jogos do Kim me divirto e ao mesmo tempo serve para ver os leais ou não. Depois
do jogo tendo um tempinho chamo o lobo e digo a ele – Lobo, você sabia que na Jângal
não se admitia lobos que não fossem leais? – O que eu fiz akelá? – Você abriu o
olho e a ordem foi para não abrir. – Olhe, vem cá. Me dá um abraço e prometa
que não fará mais isto. – Interessante falou o Chefe Sênior. - Mas com os
maiores não é fácil. – Porque não? – Acho que em qualquer idade o
aconselhamento deve ser sempre uma constante. Aconselhar em particular. Nunca
junto aos demais. – Ei Matheus! Mais uma rodada e traga uns bolinhos de
bacalhau!
- Consegui fazer um programa
simples de jogos no meu PC. Sem dar trabalho vou criando, aprendendo e anotando
no programa. Sempre coloco as datas dos jogos, avaliação dos Monitores. Custo a
repetir mesmo se foi sucesso – Boa ideia, disse a Assistente de tropa. Não se
esqueça de me dar o programa. – Eu também quero! – Agora estamos fazendo mais,
continuou – Deixamos que um Monitor escolhido pelos demais dirijam sempre um
jogo nas reuniões. – Os acertos e os erros são discutidos depois. – Uma pausa,
o chope chegou. Nunca bebiam demais. Era uma rotina que gostavam. Terminava a
reunião de sábado lá estavam eles. Grandes amigos. Muitos deviam a continuidade
no grupo aquela amizade – Outro dia fiz esta experiência na Alcatéia. Dois
primos dirigindo o jogo – Funcionou! – Para dizer a verdade, disse o chefe da
tropa, eu acho que se o programa foi bom, se o que estava sendo aplicado e foi avaliado
oportunamente deu certo, os jogos são apenas complementos e não o principal.
- Um dia eu li que você pode
descobrir mais a respeito de uma pessoa na hora de um jogo do que num ano de
conversação – Concordo com você. – Minha mãe dizia que o jogo é jogado e lambari
é pescado, portanto faça o jogo, se não conseguir tente de novo, sem esmorecer.
– Um silêncio. – Matheus! A saideira! – Já? São onze horas da noite – Preciso
deitar cedo. Amanhã tenho um grande jogo com a tropa. Será feito fora da cidade
– Conte! Como vai ser? Deixe para eu contar quando testarmos. Quem planejou foi
o Monitor da Lobo. Discutiu com a patrulha. Deu-me as coordenadas. Achei
complicado, mas o que é complicado se não testar? Não foi Roosevelt que disse
que não devemos ter medo de errar? Afinal só aprendemos a não cometer duas
vezes o mesmo erro se não errarmos pelo menos uma vez.
A despesa foi dividida.
Cada um foi para sua casa. Como sempre deixaram seus veículos em casa. Racharam
um taxi e só a Akelá foi de ônibus. Morava no outro lado da cidade. Ops! Esqueci-me
de dizer – Todos solteiros!
“Ei amigo leitor, se você não bebe
socialmente não critique quem gosta. Desde que ele saiba até onde ir. Afinal
não leve a vida tão a sério. Você não vai sair vivo dela mesmo”. Risos.
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