Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Jogando conversa fora. Jogos


Conversa ao pé do fogo.
Jogando conversa fora. Jogos

              - Sempre me disseram isto. Eu nunca tive este problema – Mas o que você faz para resolver? – Simples converso com os Monitores, eles discutem na Patrulha e pronto. Conseguimos ter um bom número de jogos para o mês. Eles escolhem o que gostam. Eu sempre tenho uma surpresa. Só um por reunião. – E dá certo? - Para mim sempre deu. Não sei se isto vai dar certo na Alcatéia. – Espere aí! Matheus! (o garçom) e os chopes? – Saindo? Obrigado. Não esqueça uma porção bem grande das calabresas com alho óleo e cebola. – Todos riram. Estavam em quatro. Sempre os mesmos. Terminava reunião e lá iam eles para a pizzaria do Matheus. Garçom e dono. – Tentei na Alcatéia com os lobos. Foi um fracasso. – Mas você testou os jogos? – Claro que não. Uma escolha deles é impossível de colocar em prática. – Devia ter feito pelo menos um. Mesmo confuso. Sem testar não pode dizer que não dá certo. Quem sugeriu ficou decepcionado.

                  O chope chegou. Cada um pegou sua taça e bebeu gostosamente. Ao fazerem plim, plim um Chefe disse – Um brinde a cerveja, a solução e a causa de todos os nossos problemas. O outro remendou – Se a sua vida for azeda, acrescente cachaça e gelo e aproveite uma boa caipirinha! – todos riram a vontade. – E sempre tem uns que acham que nós damos mal exemplo. Não acho. Se somos jovens e podemos bater um bom papo tomando um chopinho vai fazer mal a alguém? – Ninguém disse nada. Depois de algumas “bicadas”, pois a calabresa estava uma delicia continuaram o papo. – Um Assistente deu novo rumo na conversa – Sua sugestão é interessante – Quem vai jogar? Eles, os jovens e não nós. Quem tem de gostar dos jogos? Eles e não nós. – Acredito que vocês estão certos disse outro. – Para dizer a verdade fazer jogos para que toda a Patrulha ou a matilha participe não é fácil. E a competitividade?

                  - Procuro muito dar jogos onde os primeiros lugares são da equipe e não individualmente. Mas não podemos fugir da individualidade sempre. Se prepararmos bem todos vocês sabem que o jogo ajuda e completa no desenvolvimento e na sua formação. Sem esquecer o ideal da Lei Escoteira. Se não pensarmos assim sempre teremos aquele que é bom no jogo e aquele que se sentirá perdedor – Um silêncio – Outro gole. Outro petisco – A akelá concordou – Gosto muito de jogos onde a confiança é tudo. Nos jogos do Kim me divirto e ao mesmo tempo serve para ver os leais ou não. Depois do jogo tendo um tempinho chamo o lobo e digo a ele – Lobo, você sabia que na Jângal não se admitia lobos que não fossem leais? – O que eu fiz akelá? – Você abriu o olho e a ordem foi para não abrir. – Olhe, vem cá. Me dá um abraço e prometa que não fará mais isto. – Interessante falou o Chefe Sênior. - Mas com os maiores não é fácil. – Porque não? – Acho que em qualquer idade o aconselhamento deve ser sempre uma constante. Aconselhar em particular. Nunca junto aos demais. – Ei Matheus! Mais uma rodada e traga uns bolinhos de bacalhau!

                   - Consegui fazer um programa simples de jogos no meu PC. Sem dar trabalho vou criando, aprendendo e anotando no programa. Sempre coloco as datas dos jogos, avaliação dos Monitores. Custo a repetir mesmo se foi sucesso – Boa ideia, disse a Assistente de tropa. Não se esqueça de me dar o programa. – Eu também quero! – Agora estamos fazendo mais, continuou – Deixamos que um Monitor escolhido pelos demais dirijam sempre um jogo nas reuniões. – Os acertos e os erros são discutidos depois. – Uma pausa, o chope chegou. Nunca bebiam demais. Era uma rotina que gostavam. Terminava a reunião de sábado lá estavam eles. Grandes amigos. Muitos deviam a continuidade no grupo aquela amizade – Outro dia fiz esta experiência na Alcatéia. Dois primos dirigindo o jogo – Funcionou! – Para dizer a verdade, disse o chefe da tropa, eu acho que se o programa foi bom, se o que estava sendo aplicado e foi avaliado oportunamente deu certo, os jogos são apenas complementos e não o principal.

                  - Um dia eu li que você pode descobrir mais a respeito de uma pessoa na hora de um jogo do que num ano de conversação – Concordo com você. – Minha mãe dizia que o jogo é jogado e lambari é pescado, portanto faça o jogo, se não conseguir tente de novo, sem esmorecer. – Um silêncio. – Matheus! A saideira! – Já? São onze horas da noite – Preciso deitar cedo. Amanhã tenho um grande jogo com a tropa. Será feito fora da cidade – Conte! Como vai ser? Deixe para eu contar quando testarmos. Quem planejou foi o Monitor da Lobo. Discutiu com a patrulha. Deu-me as coordenadas. Achei complicado, mas o que é complicado se não testar? Não foi Roosevelt que disse que não devemos ter medo de errar? Afinal só aprendemos a não cometer duas vezes o mesmo erro se não errarmos pelo menos uma vez.

                      A despesa foi dividida. Cada um foi para sua casa. Como sempre deixaram seus veículos em casa. Racharam um taxi e só a Akelá foi de ônibus. Morava no outro lado da cidade. Ops! Esqueci-me de dizer – Todos solteiros!


“Ei amigo leitor, se você não bebe socialmente não critique quem gosta. Desde que ele saiba até onde ir. Afinal não leve a vida tão a sério. Você não vai sair vivo dela mesmo”.  Risos. 

Nenhum comentário: