Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Fim do dia.



 Lembranças da meia noite
Fim do dia.

Mais um dia. Assim eles vão passando. Cada um uma experiência nova. Novos amigos, novos contatos e saber que o mundo gira e não para. Dizem que estamos sempre aprendendo. Não importa se os anos estão passando, se eles são como as escunas que navegaram os setes mares no passado e no presente. O presente de hoje já é passado quando eu terminar de escrever. Planos? Muitos. Escrever o quanto puder. Meu legado? Não sei. Quem sabe minhas historias que aqui deixei poderão servir no futuro aos novos membros escoteiros? A cada dia descubro coisas novas.

Chego à conclusão que os amigos as amigas estão fazendo um bom escotismo. Gosto disto. Se Deus quiser mês que vem começarei minhas visitas a uns poucos grupos que me convidaram. Interessante de fora do estado mais de cem e da capital oito. Risos. Mas vou fazer tudo para atendê-los. Preciso colocar minhas asas enquanto a vida me sorri. Preciso voar novamente e sentir a alegria de uma Alcateia, de uma tropa. Não posso demorar, pois tenho medo que as mudanças aconteçam rápidas demais e posso chegar a um grupo e a saudação e o aperto de mão estejam alterados. – Chefe não tem jeito, agora é SAPS! Ordem dos homens lá de cima! Se isto acontecer dou meia volta e vou chorar as magoas em minha morada.

Mas chega dos entretantos e vamos aos finalmentes. Não tem jeito tenho que esticar o esqueleto na cama. Hora de dormir. E quem não dorme? Eu conheci um Preto Velho que morava nas barrancas do Rio das Velhas que não dormia. Quando ia a cidade passava pela fazenda (eu era um administrador, espécie de gerente) e ficava horas contando causos de sua vida. Eu gostava de ficar ouvindo. Um preto Velho que não sabia assinar o nome, mas tinha tantas coisas a me ensinar. E como aprendi com ele a lidar com a fazenda. Não acreditei quando me disse que tinha mais de 110 anos. Contou-me que tinha mais de vinte anos que não dormia quase nada. Perguntava por que Deus lhe deu aquela missão. Não sabia responder. “Sabe seu Osvardo, quando eu morrer eu vou para o céu e lá quero dormir muito. Não sei se os anjos vão deixar”.

Um dia bem de tardinha passei de barco em frente a sua casa de taipa e o vi pescando. Ele tirou o chapéu de palha e fez uma reverencia. Sorri e gritei uma boa tarde. Ele desde que Dona Aninha falecera a mais de trinta anos morava sozinho. Nunca me falou de filhos e nem perguntei. À noitinha vieram me dizer que ele estava morto. Morrera sorrindo na noite de terça feira e estava sendo velado na casa do Totonho Peixe Grande (contava pataca que pescou o maior dourado do Rio das Velas com quase oitenta quilos. Putz! Dourado danado). Impossível eu disse, eu o vi na barranca da sua casa hoje à tarde! Todos me olharam como eu fosse louco. Falar o que?  Bem eu hoje estou sem sono, mas o corpo pede cama. Vamos atendê-lo. Ele merece. Que a segunda feira de todos vocês tenham sidos maravilhosos. Que tenham lindos sonhos e que Deus esteja com vocês sempre.

Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta! Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância para a minha companhia
Não baixava aquela estrela? Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda responder que assim fazia
Para dar uma esperança mais triste ao fim do meu dia.



Boa noite meus amigos e amigas. Uma feliz semana cheia de sucessos!  

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