Lembranças da meia noite.
O tempo passa e nós
passamos com ele.
De vez em quando dou umas “rebuscadas” no passado deste que
entrei nesta onda “Facebookana”. Risos. Onde andam eles e elas? Aquela turma
que dizia que nunca deixaria o escotismo? Tenho alguns anos aqui no face que
faziam juras de amor para toda a vida. Comecei minha jornada de fazer amigos
virtuais no Orkut. Ainda estou lá, mas não frequente. Mas voltemos aqui no
Facebook. E lá também claro. Quantos me juraram que seriam Escoteiros e
escoteiras para sempre? Centenas. Moças, rapazes, jovens pioneiros, chefes
enfim uma gama enorme. Sempre dizia para eles – Cuidado com falsas promessas,
estou de olho, vou cobrar. Risos. Quando do termino do Jamboree do Rio de
Janeiro eram centenas deles aqui. Falando maravilhas. Pensava comigo será que
vai durar para sempre? Eu sabia que era uma fogueira de “Pata Tenra”. Ao
terminar esta fogueira nem brasas sobrariam delas. Diferente de boas atividades
escoteiras, bons programas, grandes jornadas, acampamentos, bivaque e muitas e
muitas atividades ao ar livre que amarra a gente no escotismo para sempre. Mas
agora me pergunto: - Quem sou eu para exigir ou cobrar deles? Hoje? Não os vejo
aqui mais. Sempre aparecendo novos. Como aqueles do passando também fazem
promessas mil. Rezo para que eles não abandonem as fileiras escoteiras. Eles
dizem – Amo o escotismo em qualquer lugar. Até quando?
Eu gostaria de ajudar. Dizer algumas palavras. Dizer que
desistir não faz parte do sangue escoteiro. Mas eu sei que o mundo não gira em
função do escotismo. São tantas coisas belas que passam a nossa frente que a
chama escoteira vai diminuindo. Poderia enumerar dezenas delas, mas não sou o
dono da verdade. Sei que isto é ruim e não poderia acontecer. Sempre disse que
tudo neste mundo devemos ir devagar, comer demais um doce enjoa. Correr muito
cansa. Escotismo demais não é bom. Tem aqueles que o escotismo fica marcado em
seu coração para sempre, mas tem aqueles que o escotismo ficará na lembrança
como uma doce lembrança, nada mais. Eu que o diga. Desde 1947 quando entrei
várias vezes meu coração balançou. Quantas vezes pensei em sair? Ainda bem que
fui insistente. Aprendi que o sol sempre chega depois das tempestades. Deixar a
cabeça descansar no travesseiro e esquecer. Um Chefe meu amigo um dia me disse –
Chefe Osvaldo, quando a tristeza chegar, quando o desanimo te encontrar não se
desespere. Pegue eles e coloque atrás da porta ou trancado no armário e quando
a tempestade passar vá até lá, deixe-os ir embora e que o vento do norte o leve
para sempre.
Minha Matilha, minha Patrulha escoteira, minha Patrulha Sênior,
meus amigos do Clã, meus chefes que nunca esqueci. Seria bom se todos pudessem
falar assim. Seria uma jornada gloriosa. Fazendo escotismo sem querer que o
escotismo seja um modo de vida. Não é. Ele não dura para sempre, mas pode ficar
sempre presente em tudo que um dia formos fazer. Bem vindo àqueles que se foram
e quem sabe um dia vão retornar. Parabéns aqueles que participam sabendo pisar
em terreno firme. Bem vindo todos, pois não importa, onde cada um de vocês
esteja eu tenho certeza que o escotismo está presente na mente e no coração de
cada um!
Boa noite meus amigos e minhas amigas, um sono excelente e uma
semana melhor ainda.
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