Novo rumo, novo Azimute, vamos lá pegar estrelas?
Hoje não tem histórias.
Não têm poemas, quem sabe algumas palavras para encantar nossa noite após o
natal. Um poeta disse que quando vier à primavera, se estiver morto às flores
florirão da mesma maneira e as árvores não serão menos verdes e a estrelas
ainda continuarão no céu. Mas e melhor estar vivo, escrever versos alegres e
tristes, escrever, por exemplo, que a noite está estrelada, e os azuis dos
astros lá ao longe olham o vento da noite que gira no céu e canta. Dizem que é
proibido rir dos problemas, não lutar pelo que se quer... Abandonar tudo por
medo, mas não podemos transformar nossos sonhos em realidade? Porque não
demonstrar amor a quem se ama, esperar da vida sem reclamar. A vida não é feita
de ilusão, ninguém pode morrer na solidão. Aprender a tirar a pedra do caminho,
sentir o perfume da flor sem medo dos seus espinhos. É preciso saber viver.
Dizem que tudo de bom na
vida tem seu preço. Se pudermos pagar, pagamos se não... Partimos em busca dos
nossos sonhos transformando-os na vida real ou imaterial. Quanto custa ser feliz? Bendito seja quem
encontra a felicidade em pequenas nuances que o tempo nos dá a cada segundo que
vivemos. Partiremos agora célere a uma felicidade que muitos conseguiram ter
neste maravilhoso mundo dos escoteiros. Hã! Deitar na relva, respirar o ar puro
do campo, da floresta encantada, sentir a brisa cair suave no rosto, olhos
fixos nas estrelas cintilantes no céu como a dizer que seu brilho vai nos fazer
felizes para sempre. Quantos de nós não sorrimos nas noites de acampamento em
volta de um de um encantador Fogo de Conselho? É surpreendente estar ali, olhar
fixos no fogo, ou mesmo quando as chamas vão crescendo parecendo querer
alcançar o céu. Os sorrisos, as paixões, a vontade de ficar ali para sempre.
Quem sabe ter asas para voar sobre aquela clareira, ver do alto os amigos
cantantes, canções errantes displicentemente cantadas por lábios que aprenderam
a entoar o Rataplã. Voltar novamente a terra, olhos vidrados no Contador de
Histórias. Ah! O Contador de Histórias. Indispensável na vida escoteira de
todos nós.
Histórias nos encantam. Fazem-nos
viver sonhos que ainda não conseguimos realizar. Dizem que contar histórias é
uma arte, uma arte gostosa, palatável de agrado geral. Histórias se contam em
todos os lugares, mas nos Fogo de Conselhos elas têm seu lugar. A fogueira
alta, o Contador de História sorrindo a história surgindo seus gestos
acompanhando, todos de olhos fixos tentando viver os personagens daquela
história maravilhosa. Os olhos da moçada não pisca. Mesmo aqueles que já
estiveram ali por muitas vezes são atraídos como os grilos e pirilampos com
suas luzes brilhantes e saltitantes parecem querer também participar da
história. É lindo estar ali com amigos, vendo um céu de estrelas, ouvindo o
piar de uma coruja escondida em um carvalho com seus olhos grandes, negros sem
piscar em um galho qualquer.
Vamos
dormir. A noite vai alta. Aceitem meu boa noite, meu abraço, meu sorriso e
desculpe por não estar presente, pois se estivesse eu te daria um abraço
daquele forte e gostoso como todo Escoteiro dá. Durma com Deus.
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