Lendas
Escoteiras
Laninho
escoteiro e a Festa no Céu.
Nada como ser um Escoteiro
sonhador. Deixar a mente voar e ser levada ao sabor dos ventos, sentir a brisa
da manhã no rosto e sorrir existe coisa melhor? Participar de lindas histórias onde
pode ser herói, onde pode voar conversar com os bichos as aves os peixes e
sentir seu coração bater de alegria em todos os momentos? Pois assim era
Laninho. Puro nos seus pensamentos nas suas palavras e nas suas ações. Na
Patrulha o chamavam de “Voador”, estava sempre sorrindo e olhando o céu, os
pássaros que voavam perto, os insetos e jurou que um dia fez amizade com um
Quati cinzento. Quem duvidaria?
A tropa estava acampada no
Sitio do Beija Flor. Um lindo local, uma cascata gostosa, muitas arvores
frondosas, e bambus. Como tinha bambu. As Patrulhas adoravam. Laninho era dos
Tigres Brancos. Um ano lá com eles. Promessado e tinha a simpatia de todo
mundo. Ao seu modo colaborava com a Patrulha, mas era franzino e todos achavam
que ele só vivia “Voando” e não contavam muito com ele. Naquela tarde após o
banho todos foram ajudar o cozinheiro com a sopa do jantar. Laninho como sempre
sentou embaixo de uma aroeira frondosa e olhava em seus galhos se tinha algum
pássaro para conversar. Percebeu ao seu lado um Sapo Amarelo. Não o conhecia. O
Sapo Amarelo o olhou e disse – Você pode me ajudar? – Ajudar como disse Laninho
– simples, vai ter uma festa no céu. Convidaram todas as aves e eu não posso
ir. Só quem pode voar. Como me disseram que você é um Escoteiro Voador, quem
sabe me leva lá?
Laninho sorriu. Tinha lido um
conto da Festa no Céu. Nele foi um urubu quem levou o sapo uma tartaruga e um
esquilo que se esconderam em sua viola, pois o Urubu era um violeiro. Depois no
céu ele os descobriu lá escondido em sua viola e jogou a todos nuvem abaixo.
Quem levou a pior foi à tartaruga. Espatifou-se no chão. Mas Laninho ficou
pensando se não podia levar o Sapo. Afinal ele sempre sonhou com uma festa no
céu. Porque não ir? – Feche os olhos Senhor Sapo. Vamos para a festa você e eu!
Só abra quando eu mandar. Mas o sapo não obedeceu. Abriu os olhos quando
estavam sobre uma nuvem e ambos despencaram no espaço. Tiveram sorte. Caíram em
um riacho de aguas límpidas. O sapo mergulhou e voltou à tona xingando Laninho.
– Mas eu tentei te ajudar – falou. Nada disto. Você me soltou no espaço.
Laninho chorou muito e o sapo ficou triste também. Nesta hora o Urubu Rei viu
aquela choradeira e ficou com dó do sapo. – Deixa que eu levo você em minha viola.
Bem como o sapo foi não
preciso contar. Todos conhecem a história da Festa no Céu. Laninho despencou de
um galho e caiu com tudo no chão. Não machucou, mas quando abriu os olhos viu
toda sua Patrulha rindo. – Ele também riu. Contou para eles que estava chegando
ao céu e o sapo o jogou no espaço. Eles iam a uma festa no céu. – Todos riram a
valer. - Esse Laninho, falou o Monitor. O Sub Monitor rindo falou – Mas
Laninho, só você e o sapo? E a tartaruga? E o Esquilo? Eles não foram também? –
Laninho riu e disse – Melhor perguntar a eles, estão atrás de vocês! – A
Patrulha olhou espantada e viu um Esquilo e uma Tartaruga rolando pelo chão e
dando enormes gargalhadas!
Se Laninho e os bichos foram
com ele a festa no céu eu não sei, mas sei que até hoje ele conta como o Urubu
tocava sua viola e crocitava, fazendo coro com a Araponga e o Papagaio. Não
faltando a Gralha o Cisne, a Pomba e o sabiá que gorjeava como nunca. E assim
nunca mais a Patrulha de Laninho duvidou de suas histórias e todos os fogos de
Conselho deixavam-no falar, cantar e contar seus contos fantásticos. E como
digo sempre, toda a história tem um fundo de verdade, mas histórias são
histórias. Quem quiser mudar que conte outra. Que Laninho viveu feliz para sempre
eu sabia, pois o Escoteiro é Alegre e sempre sorri nas dificuldades!
Nenhum comentário:
Postar um comentário