Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

domingo, 7 de junho de 2015

Porque usamos o lenço Escoteiro.


Conversa ao pé do fogo.
Porque usamos o lenço Escoteiro.

                      Se reparares, não são só os escoteiros que usam lenço. Em muitos países os vaqueiros em seus trajes nas fazendas, campeando ou cavalgando têm um lenço (normalmente com adorno, enfeites) Eles se sentem elegantes e gostam de chamar a atenção. (No sul do país é comum e cada um tem suas história) E se pensarmos em figuras que nos são familiares: Além dos cowboys; o 7º Regimento da cavalaria (e o resto do exército americano); os camponeses dos retratos e quadros; os carteiros de certas cidades e infelizmente ou felizmente os guerrilheiros.

                        Em comum temos duas coisas: profissões ao ar livre e em ambientes de poeira e sol (ou cavaleiros). O lenço protege o pescoço do sol, do frio,  dá para limpar o suor e serve para tapar a boca por causa do pó. Não sei se o exército colonial britânico o usava, mas sei que a South-África Mounted Police o tinha no seu uniforme. Ora esta polícia, copiada dos "Mounties" canadianos, foi criada por BP. De raiz, tendo este criado o seu regulamento, implantação, estrutura, uniforme, etc. Desta experiência tirou muitas coisas para o uniforme escoteiro: o chapéu, o lenço e a flor-de-lis são talvez os mais conhecidos.

                  Mas isto de usar lenços ao pescoço é muito mais antigo. Ora se vê nos livros do Asterix os legionários em uniforme de gala. Aliás, do tipo de pano que se usava, do seu uso (prático ou decorativo) e das várias formas de prendê-lo nasceram variantes, como o cachecol, o xaile, o laço, o papilon (gravata borboleta) e as rendas e... A gravata!

                            Podemos completar que a origem do lenço escoteiro esta na participação de Robert Baden-Powell na Segunda Guerra Matabele, em 1896, onde trabalhou com Frederick Russell Burnham, o batedor (scout) americano a trabalhar para o exército inglês. Burnham usava no seu uniforme um lenço triangular ao pescoço que servia para prevenir queimaduras solares, o qual Baden-Powell adaptou, sugerindo também que o lenço triangular aberto deveria ter o tamanho ideal para servir para primeiros socorros.

                              No lançamento do livro “Escotismo para Rapazes”, Baden-Powell propôs que cada grupo/patrulha tivesse a sua cor de lenço e que este deveria ser sempre mantido limpo e aprumado, pois nele estava depositada a honra do grupo/patrulha. Hoje em dia, o uso das cores dos lenços é diferente entre associações e países, mas a honra que lhe devemos será sempre igual. Usado geralmente em cerimônias, o lenço é enrolado, colocado ao redor do pescoço e então preso com um anel. Cada organização escoteira tem liberdade para definir as cores e o emblema de seu lenço. É uma tradição em acampamentos e eventos ao redor do mundo trocar lenços com outros escoteiros, sendo que alguns chegam a formar verdadeiras coleções.

Outro dia tem mais.

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