Uma deliciosa conversa ao pé do fogo!

Amo as estrela, pois mesmo tão distantes nunca perdem seu brilho, espero um dia me juntar a elas, e estar presente a cada anoitecer alegrando o olhar daqueles que amo

sábado, 28 de março de 2015

Seu nome é Ângela. Uma pioneira.



Conversa ao pé do fogo.
Seu nome é Ângela. Uma pioneira.

                    Um recado para mim no face: - Chefe eu vou a São Paulo no próximo mês, gostaria de conhecê-lo pessoalmente. – Uma honra para mim Ângela. Quando chegar me avise para combinarmos de você vir a minha simples morada. Alguns dias depois lá estava ela a me avisar que chegou. – Quando podemos encontrar? Tenho vontade de conhecer o Senhor e família. Bem minha voz no telefone não é suave. Muitas vezes atendo rispidamente. Quem não me conhece desliga logo. Risos. Gosto disto é o dia inteiro alguém querendo me vender às tecnologias do mundo moderno que eu não quero. Quando ganhar na Mega Sena vou contratar umas vinte atendentes Escoteiras para telefonar: - Olá somos Escoteiras, estamos convidando você e seus filhos para serem como nós! – Já pensou? Assim tenho certeza que passaremos em breve dos cem mil Escoteiros. Mas isto são planos utópicos. Agora é pé no chão porque a Ângela chegou.

                    Se me perguntarem vou ser sincero. Eu não acreditava muito que ela tinha coragem de me visitar. Moro longe, tenho pé grande e uma tosse de matar. Muitas vezes recebo de amigos por todo o Brasil recados que dizem ter muita vontade em me conhecer. Não sei se é verdade, mas sinto-me orgulhoso. Sempre respondo que ficaria feliz em abraçá-lo. Alguns até dizem que já estão em Sampa, e dou meu telefone. Quando digo que não tenho como buscá-los e como poderia vir a minha choupana de ônibus ou trem a maioria desiste. Sempre tento ser servil, amigo, fraterno e Escoteiro com quem me liga e me escreve. Sei que muitos se decepcionam quando digo que não tenho motorista, sou eu mesmo que dirijo, minha carta está vencida e uma linda catarata está tomando conta dos meus lindos olhos negros. Não querem arriscar. Ainda bem que dirijo por instinto sem bússola, mapa ou percurso de Giwell para me orientar. Risos. Ângela não. Hã! Esqueci, outro amigo de Brasília se arriscou e veio. Mais três também. Sem citar nomes, pois me esqueci de um deles e falar dos outros três pega mal. Kkkkkk.

                    Celia sabe ser anfitriã. Perfeita minha linda esposa. Se alguém disser o contrário ligo para Chico Boa Morte um amigo meu pistoleiro do Vale do Rio Doce. Chico era o máximo. Acampamos juntos ele fugindo da policia de captura e eu da civilização. Disse-me ter matado mais de trinta! Putz Grila! Bem continuando, Fomos na Lapa buscar a Ângela. Ela vinha de trem. Estava em casa de parentes no Jaraguá. Ops! Não o pico o bairro. “Custemo”! Mas nos “incontremo”. Parei meu carrinho em local proibido. Acho que não houve multa. E lá vamos nós para minha cabana localizada Na Montanha do Vale Feliz do Marieta. Desculpe Jardim Marieta. Ângela tem aquele estilo simples, ela é da Bahia de todos os Santos (dizem que são milhares deles) Escoteira do mar e agora pioneira. Mora na Ilha de Itaparica, muito falada por androides que vão lá à procura de uma praia e lugar para descer os viajantes do espaço. Bem chegamos. Só eu falava. O primo que a acompanhava não abria a boca. Pobre de mim! A tosse veio arrasando. Corri para o meu xarope. Melhorou.

                      Conversamos. Célia fazendo aquela comidinha mineira. Claro, um almoço dos deuses! Ela contou causos do seu grupo, de sua vida Escoteira, do seu grupo e de Salvador. Eu botei a boca no mundo falando das minhas histórias, da minha meninice, da minha escoteirice da falta de crendice dos nosso Lobos Velhos da UEB. Não perco uma! Almoçamos e logo uma sessão de fotos e uma visita a minha mansão. Conheceu a Caverna do Compadre Marreco onde me escondo para falar com o mundo Escoteiro no Facebook. Mostrei a ela meu recando onde se avista boa parte de São Paulo. Ora de partir. A levei no primeiro ponto de trem e ela e seu primo se foram. Quanto tempo conhecia a Ângela no Face? Acho que ficamos amigos em 2.011. Muito tempo. Ela era Escoteira. Sempre conversamos. Pena que muitas outras jovens amigas daquela época se foram ou acharam melhor ficar longe deste chato, caricato, aborrecido, azucrinante, cansativo, maçante e monótono Velho Escoteiro.

                       Valeu a visita. Gostei de conhecer a Ângela pessoalmente. Alma simples e singela e melhor ama o escotismo como eu. Um sábado diferente quem sabe uma volta ao passado e um pulo no futuro que ainda não conheço. Dizem que bons amigos são amores que nunca morrem. Que seja. Muitas vezes me sinto só mesmo tendo a melhor esposa do mundo. Sinto falta de amigos e amigas Escoteiras, mas quem não sente? Melhor ficar com o Mario Quintana que dizia - o tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...


Obrigado Ângela, volte sempre! Já sabe “Me casa es su casa!

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